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A Agrotecnologia em Lugares Hostis

Por:   •  18/11/2018  •  Trabalho acadêmico  •  525 Palavras (3 Páginas)  •  296 Visualizações

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Questionamento: Como a Engenharia torna possível a agricultura em áreas hostis e de difícil cultivo?

Um dos maiores desafios para a agricultura mundial é produzir mais em menos espaço e com pouca água, uma vez que a população é cada vez maior, os recursos hídricos mais escassos e a desertificação, junto às mudanças climáticas, se tornam mais intensas. Frente a este cenário, pesquisadores e agricultores investem em tecnologias como a fertirrigação, o cultivo protegido em estufas e o uso da informática para possibilitar e aumentar a produtividade em áreas inóspitas.

O país que investiu de forma pioneira nessas tecnologias foi Israel, que desenvolveu técnicas de reuso da água (hoje em dia já reutiliza 85% da água que produz), como sistemas de filtragem e até reciclagem da água de esgoto. Além disso, é amplamente utilizada a irrigação subterrânea, que consiste em uma rede de mangueiras enterrada no solo onde gotejadores liberam a água já com doses de adubo. A durabilidade da rede é de 15 anos, e resulta na economia de recursos hídricos e de adubo uma vez que a irrigação é diretamente na raiz da planta, aumentando assim a absorção.

Em parceria com Israel está a Jordânia, que sofre ainda mais com a desertificação e também com a salinização do solo. Engenheiros trabalham em uma fazenda sustentável que combina energia solar, dessalinização da água do mar, energia eólica e monitoramento à base de computadores para tirar proveito de cada gota de água e para revitalizar o solo estéril de regiões que estiveram áridas por séculos.

Através de painéis solares, o projeto da fazenda absorve água do mar e utiliza um filtro para formar gotas de água doce, que evaporam e aumentam a umidade de uma estufa, o que reduz a necessidade de água para o cultivo. O segundo pilar do projeto busca formar cultivos ao ar livre, inicialmente com o uso de plantas adequadas ao solo do deserto, como arbustos florais e palmeiras, para que retornem nutrientes e umidade ao solo, criando assim uma barreira para o crescimento da desertificação e possibilitando o início do plantio de culturas ao ar livre.

Outra inovação tecnológicas para essas áreas é o uso de sensores para examinar as condições de solo e clima ao redor das raízes, enviando dados para nuvem que também são interpretados por algoritmos avançados, que por sua vez comandam um controlador responsável pela irrigação e fertilização automática e customizada para cada cultivo. As decisões são tomadas automaticamente, enquanto o software permite ao produtor monitorar o sistema e identificar problemas. Mais uma alternativa que está sendo pesquisada é o uso da nanotecnologia. Basicamente são acrescentadas nanopartículas de argila nos grãos de areia do deserto, transformando solos arenosos de baixa qualidade em terras agrícolas de maior rendimento produtivo, uma vez que a argila tem alto poder de absorção de água, ao contrário da areia. Esta técnica já está sendo aplicada em fazendas no deserto dos Emirados Árabes.

Essas tecnologias poderiam ser aproveitadas no Brasil onde há pouco recurso hídrico ou o ambiente não seja propício para desenvolvimento agrícola, apesar do nosso país ter muitas áreas agricultáveis, muito ainda pode ser feito para o máximo aproveitamento, com maior rentabilidade e menor impacto ambiental.

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