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A Construção de Paredes Resistentes de Alvenaria

Por:   •  8/8/2018  •  Relatório de pesquisa  •  770 Palavras (4 Páginas)  •  254 Visualizações

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Construção de Paredes Resistentes de Alvenaria

13 Outubro, 2010.

A utilização da alvenaria resistente na construção, praticamente obrigatória no passado, tem diminuído continuamente de alguns anos a esta parte. A falta de normalização e regulamentação relativamente às alvenarias estruturais é uma das principais razões para essa situação.

Se bem que não houvesse, no passado, métodos científicos que permitissem o desenvolvimento de materiais com bons desempenhos a vários níveis (o conhecimento do comportamento mecânico, muitas vezes baseado no empirismo, era suficiente) as exigências que se requeriam destes materiais também não iam muito além desta função primária.
Contudo, hoje em dia, a mudança do ritmo de vida das pessoas, a concentração nas cidades, a maior exigência de conforto e economia exigem também das alvenarias respostas adequadas.
No que respeita às unidades de alvenaria são importantes: a composição, a resistência, as dimensões, o formato, a facilidade de assentamento e a tecnologia de produção. Em relação à ligação entre estas unidades são relevantes: a composição e resistência das argamassas, as dimensões e formato da juntas e os sistemas de ligação.

A característica fundamental da alvenaria resistente no que diz respeito ao seu desempenho mecânico é a sua capacidade de resistir à compressão, uma vez que a maioria das outras características estão directa ou indirectamente relacionadas com o modo como a alvenaria se comporta a esforços de compressão.
A resistência à compressão é influenciada por diversos factores:
- resistência das unidades;
- resistência da argamassa;
- características de deformação das unidades;
- características de deformação da argamassa;
- geometria das unidades;
- espessura das juntas;
- aparelho da alvenaria;
- tipo de parede;
- condições de execução.
O mecanismo de rotura da alvenaria depende, em grande medida, das características mecânicas (resistência e deformabilidade) das unidades e da argamassa. Deste modo, a alvenaria quando sujeita à compressão rompe geralmente com o desenvolvimento de fendas de tracção paralelas à direcção da carga, ou seja, como resultado de tensões de tracção perpendiculares à força de compressão. Por outro lado, é conhecida a menor resistência à compressão da alvenaria quando comparada com a resistência à compressão das unidades de que é feita.

[pic 1]

[pic 2]

No que diz respeito à geometria das unidades verifica-se que quanto menor for a relação altura-espessura da unidade maior resistência terá a alvenaria. No caso das unidades com furação, a percentagem de furação também influencia a capacidade resistente da alvenaria, correspondendo a percentagens de furação elevadas unidades mais frágeis.
A espessura das juntas faz também variar a capacidade resistente da alvenaria, verificando-se que esta é tanto maior quanto menor for essa espessura. De acordo com estudos realizados a este respeito, ao passar de juntas de 10 mm de espessura nominal para juntas de 15 ou 20 mm podem ocorrer reduções de resistência da ordem de 30%.

Relativamente ao tipo de parede, é sabido que no caso de paredes de dois panos a resistência da parede conjunta é inferior à soma das resistências individuais de cada um dos panos. As razões que justificam este fenómeno são:
- a dificuldade em assegurar que a carga seja igualmente distribuída pelos dois panos de
parede;
- a dificuldade em garantir que as juntas dos dois panos de parede fiquem igualmente
preenchidas;
- a resistência da parede de dois panos é condicionada pela resistência do pano mais
fraco.

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