A Economia Empresarial

Matriz Análise de oferta e demanda e o seu impacto nos negócios

Disciplina: Economia Empresarial

Módulo: 1, 2, 3, 4

Aluno: Marcelo Maduro Gonçalves Junior

Turma: 0821-1_9

Tarefa: Análise de oferta/demanda do setor aéreo sob a ótica dos impactos causados pelo COVID-19

INTRODUÇÃO

Apresente o setor econômico escolhido e fala sobre o seu trabalho em linhas gerais.

O objetivo deste trabalho é descrever os impactos causados pela pandemia causado pelo COVID-19 no setor de transporte aéreo, que segundo o Governo Federal [1], foi o segundo setor mais afetado durante a pandemia.

Será feito uma análise macroeconômica, onde analisaremos os principais indicadores e fatores que impactaram indiretamente o setor. Em seguida, será exposto uma análise microeconômica, analisando o consumidor, as empresas e o Mercado do setor aéreo.

Contextualizando o setor, e fazendo uma análise micro e macroeconômica, será apresentado a perspectiva de oferta/demanda do setor e os possíveis desafios para o setor.

CONTEXTO DO SETOR

Apresente número e índices relacionados à oferta, à demanda, à produção e aos demais indicadores necessários à contextualização.

Maio, 2021. A aproximadamente 1 ano após o inicio da pandemia da COVID-19, os dados divulgados pela ANAC, referente ao mês de Maio de 2021, se comparado ao mesmo mês de Maio pré-pandemia, em 2019, são assustadores e justifica o grande impacto causado no setor:

• Queda de 43,4% na demanda por novos voôs;
• Queda de 50% no número de passageiros transportados;
• Queda de até 88% na demanda por voôs

No setor aéreo, existem dois indices muito comumente utilizados que bem entendidos podem trazer significados valiosos sobre o momento do Mercado:

ASK (Available Seat Quilometers) 🡪 Número de assentos disponíveis multiplicados pelos quilômetros voados;

RPK (Revenue Passenger Quilometers) 🡪 Passageiros pagantes transportados em um quilômetro. Pode ser calculado através  do número de passageiros pagantes pela quantidade de quilômetros voados

Através da figura abaixo, retirado do site da ANAC, é possível visualizar a queda brusca , a partir de 2020, do número de passageiros transportados e de voôs disponíveis.

[pic 3]

A queda se justifica, basicamente, pelos fatores abaixo:

• Baixo índice de cobertura vicinal;
• Fechamento de fronteiras e retrição de viagens a turismo;

Comparado aos níveis pré-pandemia, houve uma redução de 61% e 85% na demanda doméstica e internacional, respectivamente. A demanda internacional se justifica principalmente pelo fechamento das fronteiras nos países, com o intuito de frear a disseminação do virus.

ANÁLISE MACROECONÔMICA

Detalhe todos os indicadores macroeconômicos que possam auxiliar a sua análise.

Os indicadores macroeconômicos são importantes para referenciar financeiramente um conjunto de variáveis que compõem  o momento atual de uma determinada economia [1] Estes dados, interpretados pelo Governo, pode auxiliar na análise e direcionar para futurastomada de decisão. Os quatro principais indicadores são: PIB, taxa de cambio, IGP-M e Taxa de desemprego e serão aqui explicados sobre o significado de cada índice e a análise durante o período pandêmico e como isso pode influenciar na retração do setor aéreo.

1. PIB: A contribuição do setor aéreo para o PIB brasileiro recuou, se comparado a 2019, próximo a 4x, visto que em 2019 representava 1,4% do PIB e em 2021 representa, aproximadamente, 0,3%. Números que justificam essa queda:

1. Arrecadação de tributos, com uma queda superior a 70%.
2. Total de salários pagos: Queda de 42 bilhões para 13 bilhões.

1. IGP-M: O IGPM, que é o índice geral de preços do mercado, é um indicador que reflete a variação de preços da economia nacional. Tal medição engloba: Matérias primas, agrícola, industriais, ou produtos e serviços finais. Tal indice é utilizado para reajuste de aluguel e energia elétrica. Conforme a figura abaixo, extraida do portal da FGV, é possível afirmar que o índice IGP-M teve um crescimento muito elevado se comparado com outros anos, o que fez crescer de forma considerável o custo do brasileiro com aluguel e com energia elétrica, por exemplo. Com isso, podemos afirmar que o poder de compra da população em geral, para gastar com viagens a lazer, diminuiu, o que justifica a queda da demanda em viagens com intuito de lazer.

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[pic 4]

1. Taxa de Cambio: O real foi a sétima moeda que mais desvalorizou durante a pandemia perante ao dollar, e em média, 60% do custo das companhias aéreas são dolarizados. Isso faz com que o custo real da companhia aérea no Brasil aumente de forma significativa.

1. Taxa de Desemprego: É um indicador que é medido pelo IBGE, sendo divulgado mensalmente o número de desempregados e o comparativo com o mês anterior. Após a pandemia, houve um recorde negative de mais de 14,8 milhões de desempregados no Brasil. Um aumento do número de desempregados impacta diretamente a demanda por produtos e serviços, pois menos pessoas estão em posse de recursos para consumir, o que justifica também a queda no número de viagens domésticas ou internacionais realizadas pela população.

ANÁLISE MICROECONÔMICA

Apresente como o impacto direto na oferta e demanda do setor e a estrutura de mercado a qual pertence são influenciadas pelos mercados interno e internacional.

A análise microeconômica é capaz de determinar o comportamento das empresas dentro do setor, de modo a analisar as decisões tomadas pelas empresas que mudam a relação com o mercado e com o consumidor, principalmente para determinar se a mudança de seus serviços, geram externalidades negativas ou positivas.

O Mercado de transporte aéreo pode ser considerado como um oligopólio, pois poucas empresas operam nessa indústria. Para se ter uma idéia, em 2017, 99,8% do transporte aéreo era representado por GOL, Latam, Avianca e passaredo). Em 2020, a Avianca decretou falência e foi removida do Mercado.

Em 2021, esses números são mais expressivos. De acordo com a ANAC, AZUL, LATAM e GOL, juntas, representam 99,7% do Market Share no balanço dos últimos 12 meses, tomando como referência Maio/2021.

[pic 5]

Algumas medidas foram tomadas pelas empresas, visando se recuperarem da COVID, devido a demanda ter sido reduzida basicamente por 3 itens: Oferta (ASK), demanda e capital insuficiente para evitar a resceção prolongada. Dentre eles, as principais medidas que foram tomadas:

1. Adoção de uma nova política de reembolso de passagens aéreas;
2. Definição de malhas essenciais;
3. Autorização para uso menos frequentemente de slot sem punição da ANAC;
4. Medidas de segurança sanitaria;
5. Diferimento no pagamento das tarifasde navegação aérea;

A expectative é de que, com a evolução da taxa de vacinação, possibilite a retomada da viação, seja por fins de lazer ou a trabalho.

CONCLUSÃO

Apresente uma conclusão justificando a sua análise.

O Setor aéreo, sem dúvida nenhuma, teve um grande impacto causado pela pandemia. E é um setor que irá precisar realmente se reinventar, pois o modelo de negócios pós pandemia irá se alterar. Pensamos pela seguinte ótica: Devido a muitas empresas terem se adaptado ao home office, através do suporte de ferramentas ponderosas, como teams, que permite reuniões on-line, muitas empresas não verão mais a necessidade de reuniões presenciais, treinamentos presenciais. Isso faz com que o volume de atividades remotas creça, e consequentemente o Mercado de viagens a negócio, caia consideravelmente.

Paralelo a isso, outro fator que prejudicou muito o setor aéreo foi a moeda americana, que cresceu próximo a 40% no período pandêmico, e pelo fato dos custos das empresas serem dolarizados, somado a redução da receita, fez com que o impacto sofrido pelas empresas fosse acentuado.

Esperasse que, com o avanço da vacinação e a atenuação dos casos de COVID, as fronteiras serão reabertas a todos e a população poderá voltar a agendar suas viagens normalmente. Porém, novo normal, para o setor aéreo, promote ser bem diferente do momento pré-pandemia..