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A INFLUÊNCIA DA OTAN NOS CONFLITOS INTERNACIONAIS E SUA RELAÇÃO NA POLÍTICA ENERGÉTICA MUNDIAL

Por:   •  11/8/2019  •  Artigo  •  4.321 Palavras (18 Páginas)  •  239 Visualizações

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 A INFLUÊNCIA DA OTAN NOS CONFLITOS INTERNACIONAIS E SUA RELAÇÃO NA POLÍTICA ENERGÉTICA MUNDIAL

Leandro Vieira Borges

leovborges@gmail.com

RESUMO

Diversos motivos levam os envolvidos em conflitos internacionais ao estado de Guerra Global onde se utilizam da guerra para demonstrar superioridade em escala global, principalmente quando o foco é o mais importante recurso energético do planeta, o petróleo. No bojo da discussão, são destacados elementos como ponto de problematização, tais como a relação entre a política energética e intervenção militares; a legitimidade das intervenções militares e sua relação com o estado de exceção, muitas vezes permanente. Objetivos e elementos obscuros sob a máscara de ideiais democrática capitaneado por diversos momentos pela OTAN, demonstrando a crueldade do imperialismo das grandes nações mundiais.

Palavras chave: Conflitos internacionais, OTAN, Petróleo.

 

ABSTRACT

Several reasons lead those involved in international conflicts to the state of Global War where they use war to demonstrate superiority on a global scale, especially when the focus is the planet's most important energy resource, oil. At the heart of the discussion, elements are highlighted as a point of problematization, such as the relation between energy policy and military intervention; The legitimacy of military interventions and their relation to the state of exception, which is often permanent. Objectives and obscure elements under the mask of democratic ideals captained by various moments by NATO, demonstrating the cruelty of imperialism of the great world nations.


Key words: International conflicts, NATO, Oil.

INTRODUÇÃO

 

As decisões de impactos globais nas últimas décadas influenciaram diretamente na forma como a sociedade interage e prioriza suas necessidades. Diversas demonstrações de força bruta e influência forçada nas politicas internas dos países são exercidas sob a bandeira da democracia e garantia dos direitos humanos. A proposta central do artigo é refletir sobre a configuração mundial do poder e entender seus desdobramentos no campo da Política energética e suas consequentes influências nos conflitos internacionais.

As grandes guerras da humanidade ocorreram principalmente devido a forte apelo e repercussão popular, o que dificultaria na ocorrência de conflitos na busca da segurança energética dos países. Em contrapartida, para aprofundar neste direcionamento e para tratar com propriedade a sobre a conjuntura política do cenário internacional, foi realizado um estudo bibliográfico - em autores como Eric Hobsbawm (1995, 2008, 2007), Michel Hardt e Antoni Negri (2010, 2005), Antonio Negri (2005), John Agnew (2008), David Harvey (2009) e Chomsky (2004) -, nos quais se pode constatar que a ordem mundial de poder apresenta-se com diversas formas de reprodução em seus diversos momentos. Formas que se alimentam, ao mesmo tempo, das redefinições espaço-temporais dos velhos atores – novas políticas de Estado e das Organizações Internacionais, de fenômenos - como a guerra e a forma de obtenção da mais-valia, e da ascensão e estratégia territorial de figuras de repercussão extremistas, tais como: Adolf Hitler, Napoleão, Benito Mussolini, na conjuntura atual, tal papel ganhou destaque entre os grupos terroristas.

Segundo Gilberto Dupas (2008) emergência do “terrorismo global” detonou formas brutais de intervenção e alimentou um posicionamento que, ao mesmo tempo, redefinia os papeis na ordem de poder global. Essa redefinição expunha a dúvida que sobrevinha ao novo quadro da hegemonia mundial, que poderia se consolidar por uma multipolaridade - pensando a perspectiva do comércio mundial e os centros de poder capitalistas (HAESBAERT, 2001). Ou por uma unipolaridade - centralizada no poderio bélico-militar Norte-Americano (HUNTINGTON, 2008). Perspectivas que se revelam atualmente, calçadas num acrônimo destes dois: unimultipolaridade. A perspectiva da unimultipolaridade é inclusive ressaltada por Samuel Huntington (2008, p. 138) quando escreve que “atualmente está atravessando uma ou duas décadas de sistema unimultipolar”, posto pelo visível declínio da uma hegemonia Norte-Americana.

O petróleo representa desde a segunda revolução industrial a principal matriz energética no mundo, e desde então é responsável por diversos conflitos, uma vez que as principais reservas de hidrocarbonetos estão diretamente relacionadas a países cujo politica externa está constantemente em conflito, havendo influência direta dos grandes consumidores de petróleo e consequentemente conflitos de interesses financiado e destinados a conflitos armados intermináveis. Neste sentido, segundo John Agnew (2008), existe um grande esforço recente dentro da geografia política para superar a oposição problemática entre normalmente um território estatal isolado e soberano com interesses em conflito com o imperialismo da subordinação territorial dentro de um império.

[pic 1]

Gráfico 01: Maiores reservas provadas de petróleo do mundo em 2015 em bilhões de barris. Fonte ANP

Nota-se que os dez países com as maiores reservas do mundo, juntos representam aproximadamente 70% da reserva comprovada do mundo. Em contrapartida, das grandes economias mundiais, apenas os Estados Unidos e a Rússia possuem grandes reservas de petróleo, além disto, existe uma grande concentração de hidrocarbonetos na região do oriente médio, que possui diversos conflitos associados, devido a política de estado e a ameaça terrorista. Além disto, a maior reserva de petróleo, a Venezuela, possuí um estado ditatorial com política contrária a estabelecida pelas nações imperialistas.

Diante do apresentado, o artigo propõe uma discussão no que tange a relação entre a soberania estatal, a dependência e influência do petróleo como catalisador de conflitos armados, constituição deste estado de Guerra Global como conjuntura de análise para a Geografia Política tendenciando para uma análise fora do contexto bibliográfico ao analisar-se-á como exemplo o papel e a estratégia da Organização do Tratado do Atlântico Norte – OTAN em intervenções militares, focado nas intervenções pós o atentado data em onze de setembro de 2001.

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