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A Implantação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Por:   •  9/9/2022  •  Trabalho acadêmico  •  4.195 Palavras (17 Páginas)  •  89 Visualizações

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Implantação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável como ferramenta de competitividade de uma indústria do Polo Industrial de Manaus

Karen da Costa Rezzuto(1); Karla Nunes da Silva(2)

(1) Graduanda do curso de Engenharia Ambiental da Uninorte Laureate.

(2) Professora graduada em química, Mestrado em Bioteconologia (Universidade do Estado do Amazonas), Mestrado em Ensino de Ciências (Universidade do Estado do Amazonas).  

Resumo

Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) fornecem uma aspiração ousada por um futuro próspero e equitativo. O objetivo do presente artigo é desenvolver um estudo para implantação dos ODS como estratégia de negócio, com o intuito de contribuir para o alcance dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. Este estudo utilizou uma abordagem qualitativa, de cunho exploratório e descritivo com base em um estudo de caso. Ferramentas foram então analisadas em um modelo genérico do processo de gestão estratégica, a fim de determinar sua utilidade impactando a estratégia organizacional. Um pequeno número de ferramentas foi utilizado para se alinhar aos estágios iniciais do gerenciamento estratégico, como levantamento dos ODS e suas metas, definição das prioridades, matriz de alavancagem, maturidade da Empresa diante dos ODS, levantamento de indicadores e estabelecimento de metas por meio do Plan, Do, Check, Action (PDCA). Conclui-se que o papel das organizações na consecução da meta dos ODS é enorme. Não apenas relacionados aos cinco objetivos aqui destacados, mas também com outros objetivos, como saneamento e meio ambiente, inovação e parceria global. Portanto, grandes esforços são exigidos por todas as organizações através do desenvolvimento de gerenciamento baseado em ODS com várias estratégias.

Palavra-Chave: Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. Competitividade. Ferramentas.

Introdução

Existe um amplo consenso de que a trajetória atual da sociedade moderna é insustentável ambientalmente. Durante décadas, práticas insustentáveis prevaleceram: as populações estão aumentando, os ambientes são degradados pela atividade humana e o flagelo da desigualdade permanece incontrolável. A insustentabilidade presente no paradigma atual não deixa de ser reconhecível, com medidas preventivas que ocorre a uma taxa promissora, mas ainda insuficiente. Nos últimos anos, esse esforço foi liderado pela unificação em torno dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Formalmente ratificado como uma agenda pelas Nações Unidas (ONU) em 2015, os ODS consistem em 17 metas globais para que todos os estados membros da ONU trabalhem até 2030 (CAMARGO FILHO, 2018; IPEA, 2018; ALVES, 2015).

A estrutura dos ODS fornece um modelo para um futuro sustentável com objetivos que contextualizam: pobreza, saúde, educação, mudanças climáticas, florestas, oceanos e cidades. O verdadeiro consenso sobre os ODS é difícil alcançar devido à aplicabilidade quase universal das metas, mas, de maneira geral, a agenda dos ODS é percebida como uma ferramenta valiosa para aplicação; reunindo os povos do mundo em torno de uma visão central para um futuro melhor. A intenção dos objetivos não é simplesmente fornecer um guia compartilhado, mas mobilizar mudança social e canalizar investimentos e estratégias para problemas globais urgentes. Mais especificamente, a agenda da ONU que prescreve os objetivos declara que passos ousados e transformadores são urgentemente necessários para mudar o mundo para um caminho sustentável e resiliente (ONU, 2019; OKADO e QUINELLI, 2016; ARICÒ, 2014).

A transformação necessária para alcançar os ODS exige uma abordagem unida de todos os níveis da sociedade. Um componente essencial da implementação da agenda é o papel do setor privado e ação organizacional. A ONU se refere explicitamente a esse papel no parágrafo 41 da agenda dos ODS, afirmando que “o papel do setor privado diversificado, variando de microempresas a cooperativas a multinacionais é importante na implementação da nova agenda”. Os objetivos exigem um vasto montante do financiamento a atingir antes do prazo de 2030 (ROMA, 2019; BEMBENEK, 2015).

Diante disto, surge a seguinte problemática: Como as organizações podem se envolver com os ODS a fim de fomentar a competitividade e trabalhar para alcançá-los? Com os objetivos voltados para o futuro, qualquer ação organizacional em relação aos ODS exige algum nível de planejamento e estratégias.  Portanto, uma ação organizacional tangível em relação aos ODS exigiria, de maneira semelhante, que as metas fossem incorporadas ao longo do processo estratégico. Sem essa integração na gestão estratégica nesse processo, as ações dos ODS tomadas pelas organizações podem permanecer como esforços triviais ou "projetos" isolados, sem permitir que a organização entregue um impacto consistente e contínuo dos ODS.

Neste artigo, procura-se responder a essa pergunta, e identificar eventuais lacunas nas ferramentas disponíveis para as organizações, proporcionando um impacto positivo fundamental nos ODS. Reconhecemos o valor e a utilidade das ferramentas de competitividade que estão sendo desenvolvidas rapidamente na academia e nas comunidades de prática. Mas também sustenta-se que, no futuro, precisa-se dar um passo atrás, examinar criticamente as ferramentas existentes e posiciona-las dentro de processos estratégicos mais amplos nas organizações.

Tendo em vista a necessidade de ações territoriais e regionais e a necessidade de mecanismos de apoio e monitoramento dos ODS, neste trabalho tem o objetivo de  desenvolver um estudo para implantação dos ODS como estratégia de negócio quer seja no âmbito dos serviços quer seja no de produtos, pois além de ajudar de forma socioambiental, aumenta o valor de competitividade diante de outras empresas, com o intuito de contribuir para o alcance dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.

Metodologia

Foi utilizada uma pesquisa qualitativa que segundo Pope e Mays (2009) que este tipo não se preocupa com representatividade numérica, mas, sim, com o aprofundamento da compreensão da problemática levantada.

Foi utilizado um procedimento exploratório, na qualidade de parte integrante da pesquisa principal, como o estudo preliminar realizado com a finalidade de melhor adequar o instrumento de medida à realidade que se pretende conhecer. A pesquisa descritiva exige do investigador uma série de informações sobre o que deseja pesquisar.

Esta pesquisa foi conduzida por meio da pesquisa bibliográfica e estudo de caso.

Para Gil (2012, p. 115) “a análise de documentos ou análise de conteúdos consiste no exame sistemático de informes ou documentos como fontes de dados”.

A presente pesquisa constituiu-se em levantamentos bibliográficos utilizados como fonte de estudo para realização do trabalho, sem a interferência da pesquisadora no resultado.

Desta forma, a pesquisa bibliográfica é aquela em que documentos primários e secundários são utilizados para a produção da pesquisa.

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