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A Modernidade e a consolidação do individualismo possessivo

Por:   •  23/4/2018  •  Resenha  •  1.353 Palavras (6 Páginas)  •  421 Visualizações

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Sobre a gênese da contemporaneidade

A modernidade e a consolidação do individualismo possessivo

        

        A modernidade moderna começa a ser visualizada a partir de uma forma em que as relações sociais identificam o homem como um ser que demonstra, entre os seus, a liquidez destas relações. A vida moderna se condicionou a diminuir os valores tradicionais oriundos nas relações entre os seres humanos. Fica notável a necessidade que existe da reciprocidade nas relações, porém, o mundo de hoje  permite o isolamento de tais relações e esse mesmo isolamento se torna parte integrante do novo modelo social que se apresenta a partir da formação do indivíduo.

        Mas, qual o sentido de modernidade? Para Lima Vaz, citado pelo autor, a modernidade pode ser compreendida como o agora, o presente. Ele afirma que a modernidade só existe quando há uma rebeldia da estruturação tradicional. Para ele, só existe modernidade quando há uma ruptura das ações repetitivas  e uma abertura à modernidade, porém, não se torna necessário a possibilidade de se colocar completamente contra ao que já existia, mas se abrir frente a novas possibilidades.

        O texto apresenta o nascimento de uma modernidade desde o período da antiguidade quando o tempo deixa de se apresentar como aspecto físico e se mostra como razão, como filosófico. Dessa forma, passa a se perceber que existe uma contraposição e entre a antiguidade e o tempo cristão, condição posta em xeque a partir do advento do Iluminismo, no século XVIII.

        O século XVII é apresentado nesse texto como o começo de uma nova era, a era da modernidade quando a Revolução Científica se apresenta para o mundo, dessa forma, o tempo histórico transcende o tempo religioso.

        A modernidade é o período histórico  onde o homem é posto como centro do universo, fato inerente ao Renascimento Comercial e Urbano. Fica evidenciado nesse período  o antropocentrismo e a figura humana passa a ter um valor diferenciado na sociedade. Assim, o ato de filosofar passa a ser imanente ao próprio sujeito e fazer parte de seu objeto social.

        Nesse período, o ser humano se dá conta que a “Lei da Selva”, presente no seu cotidiano deixa de existir, pois, para esse período, é necessário que o homem seja reconhecido por sua condição racional e que consiga sobreviver em uma sociedade estruturada a partir de pensadores que percebiam o pensar como uma grande relação de poder.

        Não se pode deixar de citar, que ao mesmo tempo que o homem se descobre como parte integrante de uma organização social, ele se descobre como um escravo da mesma sociedade que o construiu. Esse ser humano passa a observar certas amarras sociais e essas amarras não o permitiriam voltar a suas paixões animais. Nessa condição, o homem passa a ser visto como um senhor da natureza e não mais como parte integrante do meio.

        Por esse motivo, os renascentistas afirmam que o homem moderno não nasce, mas é modelado (pela sociedade) e de forma alguma, pode-se dizer que ele é modelado pela natureza, mas por estruturas sociais que definem os seus passos e as suas atitudes, fato que permitiriam a colocação do ser humano no centro do universo, lugar que dantes, só pertencia a Deus.

        Outra observação que deve ser feita, está expressa no momento em que o homem, que passa a ter conhecimento, deixa de ser o selvagem, ou seja, existe um abismo entre o que é e o que se passa a ser depois que se adquire conhecimento. O conhecimento e o reconhecimento de suas atitudes embasam as relações sociais de poder e coloca a razão como capacidade humana universal.

        Não se pode deixar de citar que esse conhecimento tão almejado pelo ser humano não pode ser construído a partir do empirismo, mas deve ser algo promovido na universidade, com seres pensantes e que desenvolvem práticas que se tornam atitudes adequadas para a sobrevivência em um grupo social. Essa condição, colocou os tais seres pensantes como pessoas que estavam acima do clero e seres responsáveis pela promoção da moralidade.

        Mesmo diante de todas essas características, o autor descreve que a natureza humana ainda não nasceu, mas que apenas o conhecimento permitiria esse reconhecimento e contribuiria para a realidade humana, condicionando para o progresso que se apresenta como algo alcançável.

        A partir do século XVIII e com o advento  capitalista, a condição de trabalhador se consolidou no homem moderno, fazendo de um ser pensante, um ser trabalhador que vê o trabalho parte fundamental da vida humana. Esse trabalho consegue diferenciar as escolhas que são feitas por esse trabalhador e que demonstram as faces do seu caráter.

        Os homens que detêm o conhecimento, produzem regras regem o restante da sociedade e que demonstra o que o homem é e o que ele deve ser. Assim, as identidades começam a se formar apoiadas em um contexto que são ações que permitem uma convivência social a partir do que foi estabelecido (por quem tem o poder). Esse homem, que atende a essas regras sociais, é , de certa forma, capturado por uma dependência libertadora, nas palavras do autor, porque, ao mesmo tempo que não pode deixar de pertencer a um organismo social, não pode burlar as regras estabelecidas.

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