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A Intenção De Ruptura E Modernidade

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Por:   •  23/5/2013  •  809 Palavras (4 Páginas)  •  8.186 Visualizações

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Intenção de Ruptura e Modernidade em sintese

A partir da crise do final da ditadura, surge a perspectiva que por falta de melhor designação chamamos de Intenção de Ruptura. Emerge no cenário político-social, no quadro de estrutura universitária no início dos anos 70. Sua formulação inicial, e mais abrangente, tem por cenário a Escola de Serviço Social da Universidade Católica de Minas Gerais, onde permanece como inteiramente marginal até o fim de 70. Só na passagem dos anos 70 para os 80, processo no interior do Serviço Social no Congresso da Virada no ano de 1979, é que ganha repercussão para além dos muros da academia e começa a rebater a categoria profissional. A proposta da perspectiva da intenção de ruptura é romper com as práticas tradicionais do Serviço Social, vinculadas aos interesses da classe dominante, ela discute a relação entre o Serviço Social e a sociedade capitalista.

Nesse momento, as elaborações teóricas beneficiaram-se da produção teórica anterior, da crise na ditadura e do movimento de abertura da sociedade. Até o início da década de 1980, as pesquisas na perspectiva da intenção de ruptura ainda não se pautavam nas fontes originais do marxismo, apesar do seu rigor intelectual. Por isso, as pesquisas realizadas com base nas fontes teórico-metodológicas originais do marxismo clássico representavam um avanço. Assim o avanço dessa perspectiva é visível nas contribuições teóricas que desvelaram e desvelam o Serviço Social brasileiro e latino-americano, pautadas em fontes originais. São produções teóricas que vão das origens da profissão até o Serviço Social na sua contemporaneidade, sem contar, ainda, outros eventos que a ela se reportam.

Contudo a perspectiva da intenção de ruptura discute a relação entre o Serviço Social e a sociedade e se manifestou no âmbito dos movimentos democrático e/ou das classes exploradas e subalternas, do início dos anos 1960. Os assistentes sociais, portanto, que fizeram a opção política de trabalhar em favor dos explorados e subalternos, conceberam as primeiras idéias da perspectiva da intenção de ruptura. Mas esse processo foi interrompido com o golpe de 1964. Essa perspectiva emergiu de 1972 a 1975, com a experiência do grupo da Escola de Serviço Social da Universidade Católica de Minas Gerais, que desenvolveu o “Método BH” durante a ditadura, que veio a ser um trabalho de crítica teórica-prática ao tradicionalismo.

O fato central é que esta perspectiva possui sempre um caráter de oposição em face da autocracia burguesa, e este, tanto a distinguiu enquanto vertente do processo de renovação do serviço social no Brasil das outras correntes profissionais quanto respondeu pela referida trajetória. Esta perspectiva se mostrou funcional, e depende mais que as outras de um clima de liberdade democráticas para avançar no seu processamento.

A TEORIA SOCIAL CRÍTICA NO SERVIÇO SOCIAL

Após quase quatro décadas de conservadorismo teórico-metodológico, o Serviço Social conseguiu avançar numa elaboração literária que subdiasse seus profissionais na leitura da realidade que o permitisse ir além da aparência da manifestação da questão social. A ruptura foi possível com o ingresso do marxismo enquanto referencial hegemônico. Essa aproximação não se deu sem entraves, ao contrário,

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