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ANÁLISE DO CONFORTO AMBIENTAL NA VERTICALIZAÇÃO DO ESPAÇO URBANO

Por:   •  31/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  3.019 Palavras (13 Páginas)  •  252 Visualizações

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 ANÁLISE DO CONFORTO AMBIENTAL NA VERTICALIZAÇÃO DO ESPAÇO URBANO

MELLER, Gabriela[1];

OLIVEIRA, Tarcísio Dorn de[2];

DRESCH, Fernanda[3];

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

A população, em função do rápido processo de urbanização das cidades tornou-se alvo da falta de planejamento, apresentando como principais consequências a degradação do meio ambiente e da qualidade de vida (BARROS, 2000).

De acordo com Silva (2008), várias áreas das ciências sociais consideram que um dos grandes problemas detectados nas grandes cidades brasileiras é a demanda social por habitação e como resposta a essa questão, diretrizes de planejamento urbano multiplicam-se indicando o adensamento como uma maneira de amenizar tal déficit.

Adensamento é entendido aqui no momento em que uma intensificação na ocupação do solo urbano em via de verticalização. Esta intensificação da verticalização, não é decorrente apenas da demanda por habitações, mas também de uma rede de relações econômicas, sociais, técnicas que se entrelaça criando novas paisagens na cidade e como o próprio termo indica, verticalização é a construção destinada à residência ou concentração de escritórios, composta de vários pavimentos, capaz de revolucionar a paisagem urbana (SILVA, 2008).

Desta forma, a intensificação do uso e ocupação do solo continua crescendo, em função da terra já se apresentar quase que completamente edificada, observa-se a necessidade da verticalização das residências.

Com este necessidade de verticalização, Ramirez (1997) a conceitua como criar novos solos sobrepostos, lugares de vida dispostos em andares múltiplos, possibilitando, o abrigo em local determinado, de maiores contingentes populacionais do que seria possível admitir em habitações horizontais e, por conseguinte, valorizar e revalorizar estas áreas urbanas pelo aumento potencial de aproveitamento.

Para buscar uma melhor qualidade de vida, juntamente com a verticalização, é necessário analisar os aspectos quanto ao conforto ambiental, pois com o adensamento do espaço urbanizado, aumenta-se o número de fontes de ruídos existentes no perímetro urbano, como alarmes, sirenes, atividades comerciais e serviços, trânsito automotivo, indústrias, obras de construção civil e também, há o aumento gradativo da temperatura em virtude do aquecimento global e da poluição, que têm contribuído para o surgimento de ambientes sonoros e acústicos cada vez mais desagradáveis, interferindo na realização de atividades, quer seja o estudo, trabalho, lazer ou ainda descanso (GUEDES, 2005; PAIXÃO, 2002).

Ante o exposto, vê-se a imprescindibilidade de planejamento vertical urbano que a cidade está carecendo, com isso, busca-se apresentar o comportamento da verticalização no Brasil e consequentemente, as necessidades que a acompanham que cada vez mais, visa à sustentabilidade em conjunto com o conforto ambiental.

METODOLOGIA

O artigo baseia-se em estudos e levantamentos de dados, obtidos através de pesquisas bibliográficas em artigos, monografias, teses e dissertações sobre a verticalização urbana que está ocorrendo no país, e o conforto ambiental que foi carecido em virtude disso.

DESENVOLVIMENTO

Verticalização do espaço urbano

A sociedade (o homem) anima as formas espaciais atribuindo-lhes um conteúdo, em que se tem como concepção de que espaço é a síntese, sempre provisória, entre o conteúdo social e as formas espaciais (SANTOS, 2002).

Assim, o autor nos leva a compreender que o espaço vai ser transformado em cidades somente após uma sucessão determinada de tempo e de trabalho humano que vão resultar na sua transformação e na sua instrumentalização, tornando este espaço humanizado.

Desta forma, o espaço pode ser compreendido como uma materialidade e, desse modo, não têm condições de provocar mudanças, apenas de participar da história viva (MORIGI e HAHN, 2012).

        Nucci (1999) menciona que as propostas de planejamento urbano, geralmente, citam o adensamento como resposta às demandas sociais, cujo adensamento, seria a intensificação do uso e ocupação do solo, sendo relacionado à disponibilidade de infraestrutura e às condições do meio físico. Assim, como a área urbana de uma cidade já está horizontalmente toda edificada, resta como solução da intensificação do uso e ocupação do solo, verticalizar as construções.

O período de inserção da verticalização nas cidades brasileiras deu-se em decorrência da transferência de tecnologia para a construção civil brasileira que possibilitou a produção dos grandes edifícios, como será visto mais adiante. Essa verticalização ocorre, muitas vezes, a partir da demolição e substituição de edificações antigas, se materializando através da anulação de referenciais históricos e é nesse embate constante entre o novo e o moderno, entre a conservação e a ampliação que os edifícios verticais vão ocupando a cidade em detrimento das residências horizontais (SILVA, 2008).

 Segundo Scussel e Sattler (2009), tais processos alteram consideravelmente a configuração das cidades, promovendo a quebra do tecido urbano já enraizado, como também as práticas de apropriação e uso desses espaços, comprometendo sua sustentabilidade, o que reforça a importância de se avaliar os impactos ambientais, sejam eles físicos ou psicológicos na qualidade e conforto ambiental no qual se inserem estes novos edifícios que encontram-se com um porte cada vez maior, o que faz o impacto ser diretamente proporcional caso não planejado corretamente.

Dessa forma, como o próprio termo evidencia, verticalização é a construção composta por vários pavimentos, instituída à habitação ou a espaços comerciais, capaz de revolucionar a paisagem urbana por conta de suas largas transformações morfológicas no contexto urbano, tendo em vista que a importância do planejamento acústico e térmico não é um fato recente, sendo demonstrado por gregos e romanos, desde sua antiguidade.

Análise do conforto térmico

Cada vez mais, a urbanização, verticalização e desenvolvimento do meio urbano, principalmente das metrópoles nos últimos cinquenta anos, tem como consequência negativa preponderante o aquecimento desta área, no qual nestes locais se formam as chamadas “ilhas de calor”, que se caracteriza pelo aumento considerado na temperatura do ar se comparado ao meio rural, a mesma comparação também ocorre comparando-a à cidades vizinhas de porte menor no qual se tem, geralmente, menor quantidades de edificações de grande porte os quais permitem maior dissipação do calor armazenado entre os edifícios, reduzindo o cerne de aquecimento (CHAGAS, 2005).

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