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ANÁLISE MORFOMÉTRICA DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO JUCU-ES E ESPACIALIZAÇÃO DA PRECIPITAÇÃO MÉDIA ANUAL PELO MÉTODO IDW

Por:   •  16/4/2021  •  Artigo  •  2.866 Palavras (12 Páginas)  •  309 Visualizações

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RECURSOS HÍDRICOS E SANEAMENTO

ANÁLISE MORFOMÉTRICA DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO JUCU-ES E

ESPACIALIZAÇÃO DA PRECIPITAÇÃO MÉDIA ANUAL PELO MÉTODO IDW

Mariana Carneiro Viana – marianacviana@outlook.com Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Grasielly Gusmão Rocha – grasiellygusmao@gmail.com Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Victor Hugo Morais Silva – eng.vhms@hotmail.com Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Alison Silva dos Santos – alisonss@outlook.com Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

  1. RESUMO

O presente estudo objetivou obter as características morfométricas da bacia hidrográfica do rio Jucu, localizada no estado do Espírito Santo, utilizando dados através da Shuttle Radar Topography Mission (SRTM), em ambiente de Sistema de Informações Geográficas (SIG). De posse do Modelo Digital de Elevação (MDE) e da delimitação da bacia, foram obtidos diferentes aspectos morfométricos e a precipitação média. A área de drenagem encontrada foi de 2.056,50 km² e o perímetro de 351,92 km. A bacia do Rio Jucu apresentou coeficiente de compacidade de 2,17, comprimento do rio principal 146,13 km e comprimento total dos cursos d’água 1.605,72 km. As densidades de drenagem e de confluência obtidas foram de 0,78 e 0,36 km/km², respectivamente. A declividade média da bacia foi de 32%. Após a análise dos resultados alcançados, concluiu-se que a bacia possui formato irregular, densidade de drenagem regular e baixa susceptibilidade a enchentes em condições normais de precipitação. As técnicas de geoprocessamento aplicadas e os dados SRTM utilizados se mostraram eficientes na obtenção das características morfométricas, sendo os resultados obtidos de forma rápida e confiável.

Palavras-chave: hidrologia, lâmina precipitada, sistema de informação geográfica.

  1. INTRODUÇÃO/OBJETIVO

Uma bacia hidrográfica pode ser definida como uma unidade captadora de água da chuva e uma unidade de planejamento e gerenciamento ambiental, que possibilita avaliar as atividades antrópicas e suas alterações no ambiente e no equilíbrio hidrológico (CARVALHO, 2010).

Para realização de um diagnóstico ambiental local e regional, a caracterização morfométrica de uma bacia hidrográfica é uma das principais metodologias executadas e tem como objetivo esclarecer o entendimento da dinâmica ambiental local e regional. As configurações geométricas de uma bacia permitem concluir sobre os sistemas ambientais, sendo relacionado ao arranjo estrutural e à influência mútua entre as vertentes e a rede de canais fluviais (CHRISTOFOLETTI, 1999 apud MACHADO et al, 2011).

A análise morfométrica corresponde a um conjunto de procedimentos que caracterizam aspectos geométricos e de composição dos sistemas ambientais, servindo como indicadores relacionados à forma, ao arranjo estrutural e a interação entre os aspectos e a rede de canais fluviais de uma bacia hidrográfica (CHRISTOFOLETTI, 1999), que por sua vez evidenciam situações e valores que extrapolam as questões hidrológicas e geomorfológicas.

Atualmente, com a evolução dos Sistemas de Informação Geográfica (SIGs), que englobam uma combinação de tecnologias que vão desde o sensoriamento remoto e geoprocessamento aos Modelos Digitais de Elevação (MDE), tem sido permitido mapeamentos e caracterizações com consideráveis índices de confiabilidade e precisão (GUEDES E SILVA, 2012). Os SIGs possibilitam a espacialização de dados obtidos pontualmente sobre a superfície terrestre e a realização de diversas análises espaciais de dados, constituindo-se uma importante ferramenta no campo das geociências. (Druck, 2004).

Diante do exposto, o presente estudo objetivou determinar as características morfométricas e a precipitação média da bacia hidrográfica do rio Jucu, que é uma fonte hídrica imprescindível para a população da região metropolitana da grande Vitória.

  1. METODOLOGIA

  1. Caracterização da área de estudo

O local do presente estudo é o Rio Jucu, pertencente à bacia hidrográfica 5, do Atlântico Leste. Neste rio, considerando o sistema de projeção Universal Transversa de Mercator (UTM), está contido na zona 24S, entre os paralelos N: 7770611 – 7724726 e meridianos E: 276767 – 360808, sendo inteiramente situado no estado do Espírito Santo. Apresenta características adequadas para seu enquadramento dentro da classe II, segundo resolução CONAMA 357/05.

O rio Jucu, possui ottocodificação 7714, sendo sua nascente localizada no município de Domingos Martins, desembocando no oceano Atlântico, através da barra do Jucu. Ao longo da sua extensão, a bacia do rio Jucu abrange os municípios de Vila Velha, Viana, Cariacica, Marechal Floriano e Vitória (Figura 1).

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Figura 1: Municípios que integram à Bacia Hidrográfica do Rio Jucu.

A bacia hidrográfica do rio Jucu tem seus limites físicos com a baía de Vitória a leste, ao norte com a bacia do rio Santa Maria da Vitória, a sudoeste com a bacia do rio Itapemirim e ao sul com as bacias do rio Benevente e Guarapari.

Em relação ao clima, dois tipos climáticos predominam na bacia do rio Jucu, o tropical úmido de altitude, com temperaturas amenas no verão e intensas precipitações orográficas em vários períodos do ano e o tropical úmido das faixas litorâneas. Devido às chuvas orográficas, os índices pluviométricos da região serrana são mais elevados que os do litoral.

Na região serrana o Jucu apresenta dois braços: o braço sul, mais curto, com 67,43 Km de extensão e o braço norte, mais extenso, com 126,56 Km. Após a confluência de seus braços passa a ser chamado apenas de Jucu, em seguida percorre 42,94 Km até atingir sua foz,

totalizando 169,5 Km de extensão. Entre seus principais afluentes estão os rios Barcelos, Ponte, Melgaço, Chapéu, Galo, Fundo, Jacarandá, Calçado e Claro.

  1. Processamento de Dados

Para a geração do Modelo Digital de Elevação (MDE) foram utilizadas imagens SRTM (Shuttle Radar Topography Mission), disponibilizadas no portal do Earth Explorer (USGS, 2017), estas foram encontradas no formato GEOTIFF, com resolução espacial de 30 metros. As cartas de conexão utilizadas para abranger a área delimitada pela bacia foram: s21_w041 e s21_w042. Para a manipulação dessas imagens foi utilizado o software ArcGis 10/ArcMap do ESRI.

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