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ARCO METROPOLITANO

Por:   •  30/11/2018  •  Artigo  •  1.867 Palavras (8 Páginas)  •  154 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO - UFPE

ARCO METROPOLITANO

Antonio Benicio de Sousa Júnior

Aluno da disciplina Ecologia Aplicada à Engenharia, turma CB.

Recife, 2015

Resumo

Esse trabalho tem como objetivo informar a necessidade de novas vias de transporte na região metropolitana do Recife, bem como mostrar os impactos ambientais que suas implementações acarretam, utilizando como base a construção do arco metropolitano e os estudos feitos em cima dessa grande obra.

  1. Introdução

O sistema rodoviário brasileiro está em situação quase crítica tanto no sentido de necessitar a concepção de novos projetos de rodovias, quando no reparo da integridade estrutural das rodovias já existentes. Tendo em vista o exposto, espera-se um grande investimento de capital para que nos próximos anos seja projetado o crescimento do país na área de transportes.

Rodovias, assim como obras viárias em geral, afetam o meio ambiente, acarretando em impactos positivos e negativos ao ambiente. Esses impactos ambientais no geral são abordados em três formas: socioeconômicos, bióticos e físicos.

No meio socioeconômico os impactos estão atrelados a mudanças nas atividades econômicas da região por onde passa o trajeto da rodovia. Isso pode provocar mudanças na situação de empregos e por consequência provoca mudanças na qualidade de vida dos habitantes. Nesse âmbito também está inserida a emissão de poluentes que afetam de forma direta os seres humanos e os animais.

No meio biótico estão mais evidentes os atropelamentos de animais que tentam atravessar a pista, isso também põe em perigo o próprio motorista. Além disso, temos a eliminação da capa vegetal que encobria a região onde se localiza a rodovia e a redução da cobertura vegetal em seu entorno.

No meio físico os principais problemas se mostram na instabilidade ao longo da pista e em alagamentos devido à má execução do projeto viário ou até mesmo obstrução do sistema de drenagem da rodovia, temos como exemplo os alagamentos na nossa Via Mangue.

Esses tipos de impacto são previstos por meio de Estudos de Impactos Ambientais (EIA). Esses estudos objetivam mitigas os impactos que se mostram negativos e evidencias os que se mostram positivos, os que trazem benefícios. Esses estudos cominam no chamado RIMA (Relatório de Impacto Ambiental), que é um suprassumo de todos os estudos feitos, todos os dados coletados, todas as análises.

Nesse trabalho apresento as necessidades viárias do sistema de transporte da região metropolitana do Recife e faço a análise do EIA/RIMA do Arco Metropolitano, aprofundando todos os aspectos do advento de uma obra com esse porte.

  1. Necessidades de novas vias de transporte para RMR

Para a construção de uma rodovia devemos nos apoiar em três pilares básicos: planejamento, projeto e construção. No ato do planejamento, é onde se define a finalidade da via, a função principal: comercial, turística, militar. Cada finalidade tem características específicas para velocidade, densidade e volume do tráfego de veículos. De acordo com as informações coletados no planejamento podemos colocar nossas necessidades no papel e montar o projeto da obra. Cada finalidade de uso determina os materiais a serem usados, o traçado e a resistência a serem usados na construção.

A área de transportes da região metropolitana não precisa somente da expansão do número de rodovias, também é importante o prezo pela integridade física dos projetos viários implementados.

São necessárias:

  • Duplicações das vias, reduzindo o número de acidentes e acelerando as viagens;
  • Manutenção frequente de vias expressivas na região;
  • Acesso a portos e regiões industriais, evitando o aumento do fluxo de veículos de carga pesada circulando pela cidade e assim desafogando o trânsito;
  • Contornos, para que não seja preciso penetrar na região metropolitana quando se quer chegar a uma cidade circunvizinha;
  • Travessias urbanas, para a eliminação de pontos de estrangulamento nas regiões de alto fluxo;
  • Pavimentação de rodovias com capacidade para grande volume de tráfego, melhorando a qualidade do tráfego nas vias.

Efetuando todas essas necessidades requeridas, teríamos resposta imediata no número de acidentes que ocorrem de forma cada vez mais frequente. Além da segurança assegurada, também teríamos mais eficácia no sistema de transportes que circulam na região.

  1. Impactos de construção de rodovias em geral no Brasil e no mundo

Segundo a resolução Conama Nº001 de janeiro de 1986, o impacto ambiental é definido como qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam a saúde, a segurança e o bem-estar da população; as atividades sociais e econômicas; a biota; as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; e a qualidade dos recursos ambientais.

Para ter uma melhor visualização do conceito de impacto ambiental, basta analisar a figura abaixo:[pic 1]

Ou seja, impacto ambiental é a diferença entre uma mudança no ambiente sem estudo prévio (sem projeto) e mudança com estudo de impacto, com projeto. Esses impactos ambientais no geral serão abordados em três meios: socioeconômicos, bióticos e físicos.

No meio socioeconômico: Conflito de uso de ocupação do solo; alterações nas atividades econômicas das regiões por onde a rodovia passa; mudanças nas condições de emprego e qualidade de vida para as populações; segurança do tráfego, ruído, vibrações, emissões atmosféricas que podem ter efeito sobre a saúde humana; desapropriações; riscos ao patrimônio cultural, histórico e arqueológico; construções, escavações e descartes.

No meio biótico: impedimento dos processos de intercâmbios ecológicos por corte de áreas; riscos de atropelamento de animais; riscos a áreas protegidas e a biótipos ecológicos importantes; redução da cobertura vegetal; aumento da depressão sobre ecossistemas terrestres e aquáticos; incêndios nas faixas de domínio; poluição em ambientes aquáticos e riscos para a vida aquática;

No meio físico: Retirada de solos; indução a processos erosivos; rompimento de fundações; terraplanagem; degradação de áreas de canteiro de obras, trilhas e caminhos de serviço; rebaixamento do lençol freático; risco para a qualidade da água superficial e subterrânea por concentração de poluentes; assoreamento de terrenos naturais, bacias de drenagem e cursos d’água; alagamentos decorrentes do represamento obras e sistemas de drenagem mal posicionados.

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