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Administração Da Lubrificação

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Por:   •  20/11/2013  •  1.322 Palavras (6 Páginas)  •  454 Visualizações

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Administração da Lubrificação

Após sofrer sucessivas perdas de componentes de máquinas, uma empresa resolveu sanar o problema. As perdas de componentes causavam constantes paradas das máquinas com consequentes atrasos na produção e crescimento dos prejuízos. Após minucioso estudo realizado por uma qualificada equipe de manutenção recém-admitida, constatou-se que os principais motivos das falhas estavam relacionados com a lubrificação das máquinas e equipamentos, que até então era feita de forma aleatória e desorganizada.

Como a equipe de manutenção resolveu o problema de lubrificação das máquinas? A equipe efetuou algum planejamento? Será que a equipe elaborou algum programa de lubrificação?

Uma lubrificação só poderá ser considerada correta quando o ponto de lubrificação recebe o lubrificante certo, no volume adequado e no momento exato.

A simplicidade da frase acima é apenas aparente. Ela encerra toda a essência da lubrificação...

De fato, o ponto só recebe lubrificante certo quando:

• A especificação de origem (fabricante) estiver correta;

• A qualidade do lubrificante for controlada;

• Não houver erros de aplicação;

• O produto em uso for adequado;

• O sistema de manuseio, armazenagem e estocagem estiverem corretos.

O volume adequado só será alcançado se:

• O Lubrificador (homem da lubrificação) estiver habilitado e capacitado;

• Os Sistemas centralizados estiverem corretamente projetados, mantidos e regulados;

• Os Procedimentos de execução forem elaborados, implantados e obedecidos;

• Houver uma inspeção regular e permanente nos reservatórios.

O momento exato será atingido quando:

• Houver um programa para execução dos serviços de lubrificação;

• Os períodos previstos estiverem corretos;

• As recomendações do fabricante estiverem corretas;

• A equipe de lubrificação estiver corretamente dimensionada;

• Os sistemas centralizados estiverem corretamente regulados;

Qualquer falha de lubrificação provoca, na maioria das vezes, desgastes com consequências a médio e longo prazos, afetando a vida útil dos elementos lubrificados. Pouquíssimas vezes em curto prazo.

Estudos efetuados por meio da análise “Ferrográfica” de lubrificantes têm mostrado que as partículas geradas como efeito da má lubrificação são partículas do tipo normal, porém em volumes muito grandes, significando que o desgaste nestas circunstâncias ocorre de forma acelerada, levando inexoravelmente até a falha catastrófica.

Uma máquina, em vez de durar vinte anos, irá se degradar em cinco anos.

Um mancal de um redutor previsto para durar dois anos será trocado em um ano.

Os dentes de engrenagens projetados para operarem durante determinado período de tempo terá de ser substituído antecipadamente.

Se projetarmos estes problemas para os milhares de pontos de lubrificação existentes, teremos uma ideia do volume adicional de paradas que poderão ser provocadas, a quantidade de sobressalentes consumidos e a mão-de-obra utilizada para reparos.

Somente um monitoramento feito por meio da ferrografia poderá determinar os desgastes provocados pela má lubrificação.

É muito difícil diagnosticar uma falha catastrófica resultante da má lubrificação. Normalmente se imagina que se a peça danificada estiver com lubrificante, o problema não é da lubrificação. Mas quem poderá garantir a qualidade da lubrificação ao longo dos últimos anos?

Somente a prática da lubrificação correta, efetuada de forma contínua e permanente, garante uma vida útil plena para os componentes de máquinas.

Por fim, acrescentamos que, embora não percebida por muitos, a lubrificação correta concorre, também, para a redução no consumo de energia e na preservação dos recursos naturais.

Não estamos falando da energia que é economizada como consequência da redução de atrito, mas da energia embutida, isto é, a energia inerente ao processo de fabricação das peças desgastadas e substituídas.

Quando trocamos uma peça prematuramente, estamos consumindo toda a energia embutida no processamento e uma parte dos recursos naturais não renováveis, como os minérios.

Produtividade, qualidade, custo e segurança não são mais fatores isolados para o crescimento das empresas. Esses fatores estão inter-relacionados entre si e inter-relacionados com a lubrificação.

Por fim, uma lubrificação organizada apresenta as seguintes vantagens:

• Aumenta a vida útil dos equipamentos em até dez vezes ou mais;

• Reduz o consumo de energia em até 20%;

• Reduz custos de manutenção em até 35%;

• Reduz o consumo de lubrificantes em até 50%.

A existência de um programa racional de lubrificação e sua implementação influem de maneira direta nos custos industriais pela redução do número de paradas para manutenção, diminuição das despesas com peças de reposição e com lubrificantes e pelo aumento da produção, além de melhorar as condições de segurança do próprio serviço de lubrificação.

A primeira providência para a elaboração e instalação de um programa de lubrificação refere-se a um levantamento cuidadoso das máquinas e equipamentos e das suas reais condições de operação.

Uma vez concluído este primeiro passo, deve-se verificar quais

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