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Análisar a Doutrina espírita desde seu começo até sua expressão hoje no Brasil

Por:   •  28/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.606 Palavras (11 Páginas)  •  257 Visualizações

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Material para prova de Cultura Religiosa

Analisar de forma geral a constituição religiosa da sociedade brasileira.

Conteúdos

Religiões no Brasil. Texto autor - Pierucci
Cultos afro-brasileiros
Novas expressões do cristianismo

Objetivos

Analisar a doutrina espírita desde seu começo até sua expressão hoje no Brasil.

Conteúdos

História do Espiritismo
Princípios básicos
Obras básicas
Espiritismo no Brasil

Conteúdos (dia da prova)

Mostra, Sarau e Religiões no Brasil

Religiões no Brasil. Texto autor – Pierucci

A torto e a direito, a gente se flagra celebrando, brasileiros que somos, a diversidade cultural de nosso país.

Um pouco mais raramente, mas também com bela frequência, ouvimos intelectuais brasileiros comentando com agrado nossa diversidade religiosa.

Quando o contexto da conversa, ou da reflexão, é o 'entrelugar' da cultura latino-americana, as auto-referências multiculturais beiram as raias do ufanismo embevecido.

Basta, porém, o brasileiro parar um pouco e olhar à sua volta para quase só ver... cristãos. Outrora quase só se viam católicos, mas hoje se vêem também, por toda parte, os evangélicos. Cadê os outros? Cadê a alteridade cultural em matéria de religião?

Cadê nossa badalada diversidade religiosa? O gato comeu.

Na tabulação avançada do Censo Demográfico de 2000, divulgada em maio de 2002, nosso pluralismo religioso aparece bem desmilinguido: quase binário. Três décadas atrás, os três maiores grupos religiosos eram os católicos, os protestantes e os espíritas.

Hoje, os três maiores contingentes a figurar nas tabelas de religião do Censo são os católicos, os evangélicos e os sem religião. Se você retira os sem religião desse pódio, sobram somente aqueles que se declaram ou católicos ou protestantes - ou seja, os cristãos em sentido estrito.

É com grandes números para os cristãos e reduzidas contas de somar para os outros - quando não de subtrair - que o Censo vem mostrar que a diversidade religiosa brasileira, hoje, é quase nada.

Apesar de cantada em verso e prosa na imaginária exuberância (neo) amazônica de suas espécies e subespécies religiosas (formações nativas ou transplantadas, tão antigas essas quanto as caravelas e os piratas, ou tão recentes quanto a web, recém-chegadas de longe, de perto, de dentro, por dentro, recém-fundadas umas e repropostas outras, revisitadas, repaginadas que sejam, sincréticas muitas vezes, mas não todas, antropofagicamente híbridas ou não, neolocais, substitutas, devolutas, vigorosas ou declinantes), a variedade de religiões no Brasil, no fundo, é muito rala; bem mais rarefeita e bem menos resistente aos grandes empreendimentos religiosos pós-estatais do que a gente imagina ou acha que consegue enxergar.

Vejamos mais de perto o que traz o Censo: 73,8% dos brasileiros são católicos, 15,4% são evangélicos e logo a seguir vêm os sem religião, com 7,3% de autodeclaração.

Olhando para a soma de 96,5% que isso dá, pode-se constatar, não sem algum espanto, onde diabos foi parar aquela fabulosa diversidade religiosa de nossa religiosíssima população: numa apertada faixa de 3,5%.

Todas as outras modalidades religiosas que não as católicas e evangélicas se acotovelam nessa faixa, que é estreitíssima. Claro que são muitas as outras religiões citadas pelos entrevistados, e o Censo as discerne nominalmente, mas nelas se congregam populações muito pequenas, para não dizer ínfimas.

Os espíritas comparecem com apenas 2.337.432 adeptos, ou 1,38% da população. E estão crescendo. Ao contrário dos kardecistas, as religiões afrobrasileiras estão diminuindo: no Censo 2000 seus seguidores são só 571.329, ou apenas 0,34% dos brasileiros. Não é incrível?

Os umbandistas são pouco mais de 430 mil e os candomblecistas não chegam a 140 mil em todo o país. Não é surpreendente?

Os budistas são 245.870 (0,15%) e as outras religiões orientais (Seicho-No-Iê, Messiânica, Perfect Liberty, Shinto, Bahai...) têm 181.579 seguidores (0,11%). Os esotéricos são 67.288 (0,04%) e os hinduístas, 2.979 (0,00%).

Os de religião judaica são 101.062 (0,06%) e os muçulmanos, só 18.592 (0,01%).

As religiões de origem brasileira que o IBGE classifica como 'tradições religiosas indígenas' - Santo Daime, União do Vegetal, A Barquinha e outras - possuem pouco mais de 10 mil seguidores declarados (0,01%).

Se lermos a lista de religiões que aparecem no Anexo 1 do Censo 2000, ficaremos com a certeza de sermos um país não só plural, mas muito sortido em matéria de religião.

Só que essa variedade que consta da lista se acha distribuída entre menos de 6 milhões de uma população total de 170 milhões de brasileiros.

E se, após conferir suas míseras somas, tornarmos a observar os três grandes grupos no pódio, por efeito do contraste a ficha vai cair e nos daremos conta de que os católicos ainda são mais de 124 milhões e os evangélicos, mais de 26 milhões.

Ou seja, as duas grandes religiões representadas no pódio englobam mais de 150 milhões! Dá para comparar com os... 'outros'?

Vivemos, na verdade, num país '90% cristão' (89,2%). Isso quer dizer que, do alto de seus oligopólios e prerrogativas, o espectro do monoteísmo ainda ronda nossos confusos destinos pesadamente.

Eu bem que gostaria, neste fim de ano da transição, de dar a todos a boa notícia sociológica de que, no Brasil atual, as pessoas têm muito mais chances do que nunca de aderir às mais diferentes concepções do divino.

Oxalá fosse mesmo verdade que no cotidiano das famílias já fosse menos insustentável a leveza do conviver pós-tradicional de mãe católica reconvertida pela Renovação Carismática e filha jovem convertida ao budismo ou à União do Vegetal - encontros culturais que fossem, sem medo, confrontos culturais, fatos novos e densos que desdobrassem no mundo da vida de muitos mais aquilo que a sociologia contemporânea, pelo avesso, tem chamado de 'destradicionalização'.

Mas não, nossa diversidade religiosa ainda é balbuciante.

Oxalá nossos corações pudessem ouvi-la, em seus primeiros, pianíssimos acordes, dizer aos nossos corações que, calma, estamos só no começo de um longo processo de desfiliação geral que um dia há de dar, se aos deuses em luta aprouver, numa grande, maravilhosa dispersão.

Cultos Afro-brasileiros

Os cultos afro-brasileiros são sistemas de crenças herdados dos africanos, que foram trazidos como escravos para o Brasil a partir do século 16. A maior parte desses negros era proveniente da costa Oeste da África, onde predominavam dois grandes grupos: os Sudaneses e os Bantos.

Os sudaneses vêm da região do Golfo da Guiné, onde se situam hoje a Nigéria e o Benin. Pertenciam às nações Haussais, Jeje, Keto e Nagô, e foram os principais precursores do Candomblé.

Os bantos agregam as nações de Angola, Benguela, Cabinda e Congo. Dessas nações, herdamos, entre outros elementos culturais, a capoeira e a congada.

Os cultos religiosos trazidos por esses povos sincretizaram-se com o Catolicismo, dando origem aos chamados cultos afro-brasileiros.

Candomblé

Culto Vudú

Umbanda

Culto Vodu 

Tem sua origem entre os negros do Daomé (atual Benin) e se baseia em dois pilares principais: a incorporação dos próprios deuses pelos fiéis e a invocação dos espíritos dos antepassados, com o objetivo de se fazer consultas oraculares.Essa crença se disseminou largamente no Haiti, onde ganhou os contornos de uma religião afro-cristã repleta de mitos supersticiosos e demonstrações exageradas de força e poder.

No Brasil, esse culto não é tão popular quanto o Candomblé e a Umbanda, mas conta com um bom número de adeptos, sobretudo na região de São Luis do Maranhão. Foi lá que, em 1796, foi fundado o culto Mina Jeje, pelos negros fons, originários de Abomey (à época, capital do Daomé). A família real Fon trouxe consigo o culto às divindades (voduns, equivalentes aos orixás) e à Serpente Sagrada, denominada Dan (correspondente ao orixá Oxumaré).

A nomenclatura correta para a nação Jeje seria Ewe-Fon. Em seu dialeto, a casa de Candomblé é denominada kwe, e segundo sua tradição, ela deve ser construída em meio à floresta, numa área repleta de árvores sagradas e rios. Essa grande área é chamada de Runpame, que significa "fazenda". Os animais também ocupam papel de destaque na tradição Jeje, havendo inclusive cultos em que os voduns são identificados com certas espécies (leopardo, crocodilo, pantera, gavião, elefante e outros).

No Maranhão, a sacerdotisa - que equivaleria à mãe-de-santo do Candomblé - é chamada de Noche. Quando o homem ocupa este cargo, recebe a denominação de Toivoduno.

A mais famosa Noche da História do culto vodu maranhense foi Mãe Andresa. Acredita-se que tenha sido a última princesa de linhagem direta da família real Fon. Morreu em 1954, aos 104 anos de idade.

Alguns Deuses voduns 

Ayzan
Vodun da nata da terra.

Sogbô
Vodun do trovão.

Aguê
Vodun da folhagem.

Loko
Vodun do tempo.


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