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Análise Fisiográfica da Bacia do rio Potiribu

Por:   •  9/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.335 Palavras (10 Páginas)  •  747 Visualizações

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ESTUDO FISIOGRÁFICO E CARACTERIZAÇÃO DA BACIA DO RIO POTIRIBU (RS)

RESUMO - Este trabalho tem como objetivo avaliar os dados SRTM (Shuttle Radar Topography Mission), importante ferramenta utilizada para o mapeamento geomorfológico de bacias, e que possibilita a caracterização morfométrica de bacias hidrográficas. Os dados derivados do SRTM têm um amplo campo de aplicação e utilização nas ciências da Terra, como no auxílio da delimitação de bacias hidrográficas e extração de níveis hipsométricos.  O estudo foi realizado tomando-se por base a bacia hidrográfica do rio Potiribu, afluente da margem esquerda do Rio Ijuí, que por sua vez é contribuinte da bacia do Rio Uruguai, no planalto meridional gaúcho. Para isto, os dados foram tratados no software IDRISI 17.0 Selva e com o auxílio do AutoCad 2014, obteve-se o ordenamento dos rios conforme Strahler e o comprimento total da rede de drenagem da bacia hidrográfica.

Palavras-chave: Bacia Hidrográfica, caracterização morfométrica.

ABSTRACT – This study aims to evaluate the SRTM data (Shuttle Radar Topography Mission), an important tool used for geomorphological mapping basins and allowing the morphometric characterization of river basins. Those derived from SRTM data have a wide field of application and use in earth sciences, as in helping the delimitation of watersheds and extraction hypsometric levels. The study was conducted taking as a basis the watershed of Potiribu river, left bank tributary of the river Ijuí, which in turn is contributing basin of the Uruguay river, in southern Rio Grande do Sul plateau. For this, the data were treated in IDRISI Selva 17.0 software and with the help of AutoCad 2014 obtained the land of rivers as Strahler and the total length of the watershed drainage network.

1 INTRODUÇÃO

        A caracterização morfométrica de bacias hidrográficas é fundamental no desenvolvimento de estudos ambientais, e tem o objetivo de elucidar o entendimento da dinâmica local e regional. Segundo Garcez e Alvarez (1988) essas características desempenham um papel essencial no comportamento hidrológico de uma bacia, tornando-se necessário expressá-las em termos quantitativos. Ainda segundo os autores, bacia hidrográfica é uma área definida topograficamente num ponto do curso de água, tal que toda a vazão efluente seja descarregada através desse ponto, seu exutório.

        O comportamento hidrológico de uma bacia hidrográfica é função de suas características geomorfológicas (forma, relevo, área, geologia, rede de drenagem, solo, etc.) e do tipo da cobertura vegetal existente (LIMA, 1976).

        Atualmente, com o advento e consolidação dos Sistemas de Informações Geográficas e, conseqüentemente, o surgimento de formas digitais consistentes de representação do relevo, como os Modelos Digitais de Elevação (MDEs), métodos automáticos para a caracterização de bacias têm sido desenvolvidos desde então (GARBRECHT e MARTZ, 1999).  Os MDEs são obtidos através do radar SRTM, que tem o objetivo de obter informações altimétricas da superfície terrestre.

        Nesse sentido, o objetivo do presente trabalho foi realizar a caracterização morfométrica da bacia hidrográfica do rio Potiribu a partir do levantamento de alguns parâmetros físicos, sendo eles: área de drenagem da bacia, perímetro, número total de segmentos de drenagem, comprimento total da rede de drenagem, coeficiente de compacidade, índice de circularidade, curva hipsométrica, declividade média da bacia, densidade de drenagem e rios, extensão média de escoamento, coeficiente de manutenção e ordenamento dos rios conforme Strahler.

2 METODOLOGIA

Área de Estudo

        O estudo foi realizado tomando-se por base a bacia hidrográfica do Rio Potiribu, localizada ao noroeste do Estado do Rio Grande do Sul na posição central do derrame basáltico sul-americano (Figura 1). O Rio Potiribu é um contribuinte da margem esquerda do Rio Ijuí, sendo este último afluente de margem esquerda do Rio Uruguai. (Castro et al, 2000)

[pic 1]

Figura 1: Localização da área em estudo[1]

        A região é caracterizada pela atividade agrícola intensa, incluindo o cultivo de soja e milho no verão e aveia e trigo no inverno. Considerou-se como exutório da bacia em estudo o posto fluviométrico Ponte Nova do Potiribu, localizado a -53,88° de longitude e a -28,37° de latitude e o código é 75186000. A área dessa bacia é de 616,18 km². Na figura 2 pode-se observar a localização do rio Potiribu e o contorno de sua bacia hidrográfica.

        

[pic 2]

 Figura 2: Bacia Rio Potiribu (IDRISI 17.0 Selva)

Morfometria da bacia hidrográfica

        De posse dos resultados obtidos por meio dos dados SRTM, foram determinadas as seguintes características físicas da bacia hidrográfica em estudo: área de drenagem da bacia, perímetro, número total de segmentos de drenagem, comprimento total da rede de drenagem, coeficiente de compacidade, índice de circularidade, densidade de drenagem e rios, extensão média de escoamento, coeficiente de manutenção, declividade média da bacia, curva hipsométrica e ordem dos rios conforme Strahler.

        O coeficiente de compacidade (Kc) relaciona o perímetro de uma bacia hidrográfica e a circunferência de um círculo de área igual à da bacia. Dessa forma, segundo Garcez e Alvarez (1988), bacias hidrográficas idealmente circulares, possuem índice de compacidade igual a 1 e valores significativamente maiores do que 1 indicam uma bacia do tipo alongada, mais irregular. Estas bacias as quais possuem formas circulares tendem a converter o escoamento superficial para um pequeno trecho do rio principal. Dessa forma, quanto mais próximo a 1 for o índice de compacidade, mais suscetível a enchentes é a bacia.   O Kc é determinado baseado na equação 1:

 (1)[pic 3]

Sendo: Kc o coeficiente de compacidade, P o perímetro (m) e A a área de drenagem (m2).

        

        O Índice de Circularidade é outro parâmetro utilizado. Ele tende para a unidade à medida que a bacia se aproxima da forma circular e diminui à medida que a forma torna-se alongada. Para isto utilizou-se a equação 2:

 (2)[pic 4]

Sendo: Ic o índice de compacidade, A é a área em Km² e P é o perímetro em km. (Tonello, 2005)

        Os cursos d´água foram ordenados de acordo com Strahler (1964), que define que canais de primeira ordem são os que não possuem tributários, e por sua vez, os canais de segunda ordem, são aqueles que se originam da junção de dois canais de primeira ordem e, por sua vez, os canais de terceira ordem são aqueles que são originários da junção de dois canais de segunda ordem. (TUCCI, 2013)

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