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Biografia de Johannes Kepler

Por:   •  22/5/2016  •  Bibliografia  •  1.533 Palavras (7 Páginas)  •  692 Visualizações

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BIOGRAFIA DE JOHANNES KEPLER

       Em 27 de Dezembro de 1571, no sul da Alemanha, na cidade de Weil der Stadt (atualmente parte da região de Stuttgart), nasce o importante astrônomo, físico e matemático Johannes Kepler, cujo, é considerado por muitos como uma das figuras mais importante da revolução científica no século XVII. O astrofísico vem de uma família protestante e humilde, seu pai se chamava Heinrich Kepler e sustentava Johannes e seus três irmãos (dois homens e uma mulher) como um mercenário da cidade, porém abandonou o barco quando o garoto ainda era uma indefesa criança. Conforme cita o livro “A bruxa de Kepler”, de 2005, do autor James A. Connor, da editora Rocco, o lado materno de Johannes era muito mais polêmico, pois sua mãe, Khatarina Guldenmaan, além de ter um temperamento exageradamente explosivo, durante o período de 1613 a 1620 foi julgada por prática de magia negra num duro processo, esta, acabou falecendo por volta de 1622.

       Desde cedo era notório o dom de Johannes Kepler, pois mesmo nascendo de sete meses, tornando-se assim uma criança frágil, aos seis anos de idade já tinha uma facilidade enorme em lidar com a matemática. Em 1577 observou o seu primeiro evento astronômico, o famoso “grande cometa de 1577”, do qual, podia ser visto a olho nu devido à proximidade com que passou da Terra.

       Até os 16 anos de idade, Kepler estudou no Mosteiro de Maulbronn. Em 1589 com o auxílio de uma bolsa de estudos, rumou para a Universidade de Tübingen, onde cursou por dois anos bacharelado em teologia. Também concluiu dois anos de mestrado em artes (na época o curso tinha matérias de grego, hebreu, astronomia e física). Durante a vida de universitário Johannes Kepler se destacava dos demais, fazendo com que seu professor de teologia, matemática e astronomia, Michael Maestlin, o orientasse a aprender tudo sobre o sistema Ptolomaico (tese do geocentrismo) e o Copernicano (tese do heliocentrismo). Após analisar e estudar os dois modelos escolheu por defender ferozmente Copérnico, apesar de seu tutor defender o oposto.

       Segundo o site “sómatemática.com”, em 1594, Kepler recebeu um convite para ser professor de astronomia e matemática na Universidade de Graz, Áustria, cargo que acabou aceitando. À medida que ensinava Kepler também estudava bastante sobre astrofísica, geometria e matemática, a ponto de publicar o seu primeiro trabalho em 1596, conhecido como “Mistério Cosmográfico”. O livro defendia o sistema de Copérnico (o primeiro a defender publicamente esse modelo), além de falar sobre a geometria do Sistema Solar e tentar explicar o movimento de cada órbita planetária (este último sem sucesso). Tudo isso era proposto com base na relação dos cinco sólidos platônicos e o número de planetas descobertos até 1596, que eram seis: Mercúrio, Vénus, Terra, Júpiter, Marte e Saturno. Após um ano de lançamento do seu trabalho, Kepler decidiu enviar cópias da sua tese para os importantes astrônomos, tornando-se um dos astrofísicos mais reconhecidos e habilidosos da época.

       Por conta de uma perseguição da igreja católica, que no século XVII defendia com unhas e dentes o modelo Geocêntrico, Johannes foi forçado a se mudar para Praga em 1600, virando assim, assistente de Tycho Brahe, na altura conhecido por ter os melhores instrumentos de observação astronômica e ser o matemático do imperador Rudolph II. Em 1601, Brahe faleceu e com isso Kepler passou a sucedê-lo, tendo acesso aos mais diversos dados astronômicos, o que acabou sendo primordial para a revolução científica. Depois de analisar todo o conteúdo que tinha em mãos e estudar bastante, em 1609, Johannes finalmente conseguiu desvendar o problema das órbitas planetárias, criando assim, “uma nova astronomia”, trabalho que tinha duas das suas três famosas leis dos movimentos planetários. A primeira lei de Kepler, diz que os planetas percorrem órbitas elípticas com o Sol estando em um dos focos, e não órbitas circulares como dito na época. A segunda lei descreve que os planetas percorrem áreas iguais em intervalos de tempos iguais, andando mais rapidamente quando estão próximos do Sol. De acordo com o site “apprendremath.info”, Entre 1611 e 1612, o astrofísico viveu um de seus piores momentos, durante esse período o imperador Rudolph II, e sua primeira esposa, Barbara Kepler, vieram a falecer. Ao mesmo tempo a cidade de Praga vivia um momento de crise religiosa, e então, decidiu que o melhor a fazer era se mudar para Linz, na Áustria, para continuar sua vida.

       Em Linz, Johannes Kepler começou a dar aula de matemática no colégio distrital da cidade. Em 1613 casou-se com Susanna Reuttinger, casamento que deu fruto a seis filhos, três morreram ainda na infância, os outros atingiram a maioridade. A terceira lei de Kepler só apareceu por volta de 1619, no seu livro “Harmonices Mundi”, cujo, afirma que ao conhecer o período rotacional de um planeta, é possível determinar a distância que ele fica do Sol, pois existe uma relação entre o raio orbital e o seu período de translação. Entre 1617 e 1621 lançou os sete volumes do “Epitomae Astronomiae Copernican”. Em 1625 concluiu a tão esperada “Tabulae Rudolphinae”, porém não conseguiu divulgá-la, porque alguns dados do trabalho ainda pertenciam ao Tycho Brahe. Todas essas teorias de Johannes Kepler batiam de frente com as idéias Geocêntricas da contra-reforma da igreja católica, que passou a persegui-lo mais uma vez, incendiando sua casa e obrigando o astrofísico a se refugiar na Alemanha, mais precisamente na cidade de Ulm.

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