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Cadeia de Custódia FSC

Por:   •  21/6/2017  •  Seminário  •  1.955 Palavras (8 Páginas)  •  240 Visualizações

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ANA CAROLINA SATIE MORIMOTO

PAULA MORAES

Cadeia de Custódia: FSC

Guaratinguetá - SP

2017

1. INTRODUÇÃO

A competitividade das empresas não se resume somente em fatores econômicos, mas também está ligada a uma conduta socialmente valorizada. As empresas estão cada vez mais empenhadas em assumir condutas socialmente responsáveis. Entre essas condutas, é possível destacar a crescente preocupação com o meio ambiente, saúde e segurança de seus trabalhadores, bem como a sua responsabilidade social e ética perante a comunidade em que se inserem. (ALVES, R.R. et al., 2009)

São necessárias mudanças na estrutura e na estratégia empresarial, assim como uma modificação de valores, para que as posturas supracitadas sejam integralizadas na organização. (NARDELLI e GRIFFITH, 2003)

Segundo Nardelli (2001), as pressões relativas ao meio ambiente são claras, especialmente por conta dos desmatamentos. Isso incentivou campanhas ambientalistas, como o boicote aos produtos provenientes de florestas tropicais pelos países desenvolvidos. Não foi eficaz. Depois disso, utilizou-se uma estratégia distinta, que estimava os empreendimentos que promovessem o “bom manejo”. Essas práticas deveriam ser comprovadas através de sua certificação voluntária, atestada por um organismo independente e de credibilidade perante a sociedade, surgindo, assim, a certificação florestal.

O FSC (Forest Stewardship Council) é uma organização independente, não governamental e sem fins lucrativos, criada com o objetivo de promover o manejo florestal responsável, ambientalmente apropriado, socialmente benéfico e economicamente viável em todo o mundo - engloba o conceito do desenvolvimento sustentável, que por sua vez é baseado no triple bottom line ou Tripé da Sustentabilidade (Figura 1) - para tanto, criou um sistema de certificação que fornece padrões internacionalmente reconhecidos que proporciona uma conexão com credibilidade entre a produção e o consumo de produtos florestais (FRANCO, 2013; PUCCI, 2012).

Figura 1 - Desenvolvimento sustentável: O Triple Bottom Line[pic 3]

Fonte: iCast, 2017

A certificação de cadeia de custódia (CoC) assegura a rastreabilidade desde a produção da matéria-prima até chegar ao consumidor final. A certificação se aplica aos produtores que processam a matéria prima de florestas certificadas. As serrarias, os fabricantes, entre outros, que almejam usar o selo FSC em seus produtos, necessitam conseguir o certificado, para assegurar a rastreabilidade de toda a cadeia produtiva. (FSC, 2017)

2. FSC NO BRASIL

De acordo com relatório recente (maio 2017) do FSC, o Brasil possui 6.254.835 milhões de hectares certificados na modalidade de manejo florestal e envolve 115 operações de manejo, entre áreas de florestas nativas e plantadasO país ocupa o 7º lugar no ranking total do sistema FSC.

Na categoria de cadeia de custódia, o Brasil tem 1.057 certificados. (FSC, 2017)

3.  ETAPAS DO PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO CADEIA DE CUSTÓDIA

• Floresta certificada: a madeira é retirada da floresta conforme técnicas de manejo florestal responsável, respeitando critérios sociais ambientais e econômicos;

• Indústria certificada: levada até a fábrica, a madeira passa por várias fases de processamento até ser transformada em polpa de celulose e, depois, papel, papel-cartão, papelão, etc.
• Gráfica certificada: as fases na indústria gráfica incluem impressão, corte e acabamento. Para assegurar que a matéria-prima certificada não será misturada à matéria-prima não certificada, é necessário rastrear a matéria-prima por todo o processo produtivo por meio de documentação e separação física de estoques, por exemplo; O papel certificado se transforma em livros, revistas, folhetos, embalagens e outros materiais (também certificados). (FSC, 2017)

4. IMPLANTAÇÃO

A certificação é um processo voluntário no qual a certificadora faz uma avaliação de um empreendimento florestal e averigua os implementos de questões ambientais, econômicas e sociais que compõem os Princípios e Critérios do FSC. Esse processo pode ser sintetizado em cinco fases, apresentadas no Quadro 1. (FSC, 2013).

Quadro 1 - Cinco etapas do processo de certificação

Contato inicial

O empreendimento florestal contata a certificadora.

Avaliação

É realizada a análise geral do manejo, da documentação e da avaliação de campo. Objetiva preparar o empreendimento para receber a certificação. Nessa etapa são realizadas as consultas públicas, quando os grupos de interesse podem se manifestar.

Adequação

Depois da avaliação, o empreendimento deve adequar as não conformidades (se existirem).

Certificação da operação

O empreendimento recebe a certificação. Nessa fase, a certificadora elabora e disponibiliza um resumo público.

Monitoramento anual

Após a certificação é realizado um acompanhamento anual.

Fonte: adaptada (FSC, 2012).

O processo da certificação é realizado pelas certificadoras. O Conselho Brasileiro de Manejo Florestal não emite certificado. É responsabilidade das certificadoras avaliar operações de cadeia de custódia para conceder o uso do selo FSC nos produtos, e auditar as operações certificadas. Também cabe à certificadora precificar e cobrar por este serviço. O Conselho Brasileiro de Manejo Florestal não recebe nenhum subsídio ou repasse financeiro pelas certificações concedidas no país. (FSC, 2013)

4.1 CUSTOS

A certificação compreende custos financeiros, pois as operações florestais precisam se encaixar a algumas normas da certificação do FSC. Esses custos estão intrinsicamente relacionados à forma de gestão do empreendimento. Uma operação satisfatória, que segue os procedimentos legais, emprega técnicas de manejo apropriadas, entre outras ações que distinguem um bom gerenciamento, estará bem próxima de receber um certificado de origem, como é o selo do FSC. (FSC, 2017)

Ainda de acordo com o FSC (2017), quanto mais afastada a operação estiver em relação a tais aspectos, maiores serão os custos para se ajustar à uma certificação. Portanto, no FSC existem dois tipos de custos previstos: os custos relacionados ao processo de avaliação, licenciamento e monitoramento do uso do selo (custos diretos); e os custos relacionados às ações necessárias para atender as normas da certificação (custos indiretos).

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