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ESTUDO COMPARATIVO DO SISTEMA CONSTRUTIVO STEEL FRAME VERSUS MÉTODO TRADICIONAL DE CONSTRUÇÃO COMO ALTERNATIVA SUSTENTÁVEL NA INDÚSTRIA 4.0

Por:   •  6/3/2019  •  Monografia  •  9.973 Palavras (40 Páginas)  •  336 Visualizações

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UNIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA - UNOESC

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

ESTUDO COMPARATIVO DO SISTEMA CONSTRUTIVO STEEL FRAME VERSUS MÉTODO TRADICIONAL DE CONSTRUÇÃO COMO ALTERNATIVA SUSTENTÁVEL NA INDÚSTRIA 4.0

CHAPECÓ/SC, 2018



1        INTRODUÇÃO

        O setor da construção civil passou por inúmeros avanços a partir dos anos 90, após prover de uma história de defasagem de financiamentos para as populações brasileiras o que acarretava no desenvolvimento de projetos habitacionais de qualidade inferior as proferidas pelos demais países do mundo. A partir de então, abriram-se as portas da exportação para o setor, que trouxe consigo inúmeras inovações, quanto às tecnologias e métodos construtivos, fazendo com que agentes financeiros e investidores, tomassem providências para impulsionar e aquecer ainda mais o mercado. Desta forma, o setor da construção civil ganhou reconhecimento e passou a ser muito almejado por todo o país.

        Segundo a Fundação Getúlio Vargas, esse impulso manteve suas potencialidades, ganhando ainda mais resistência a partir de 2006, com a implementação de amparos legais, redução das taxas de financiamentos imobiliários e facilitação do acesso aos financiamentos para pessoas de baixa renda, o que proveu, como resultante, o aumento da demanda e, tão logo, atraiu migrantes para que estes pudessem ofertar e suprir esta demanda. Estes quais atendiam padrões construtivos de alta qualidade, passam então a adaptarem-se a atender os padrões construtivos para cenários mais econômicos (FGV, 2006).

        No entanto, a partir de 2007, com o mercado já aquecido e bem estruturado, novos problemas acabam surgindo para os profissionais da área, visto que, matérias-primas de baixa qualidade, sistemas construtivos problemáticos e processos administrativos e logísticos, exigiam reparos incisivos para que o setor continuasse a desenvolver-se sem empecilhos. Para isso, empreendedores, engenheiros e profissionais do ramo passam a desenvolver novos recursos e produtos que atendem com maior fidedignidade as deficiências até então existentes, surgindo então novos produtos e serviços baseados nas tecnologias do século XXI.

        Outro ponto a ser destacado acerca do mundo contemporâneo refere-se ao conhecimento dos riscos ambientais, onde o ser humano extraía matéria-prima, gerava resíduos e não adotava uma medida de descarte adequada para redirecionamento destes resíduos. Hoje, o homem passa a ser consciente e novas tecnologias visam conciliar os princípios de eficiência e eficácia mercadológica, qualidade da matéria e sustentabilidade. A sustentabilidade advém como princípio legitimo, a fim de impactar os segmentos de forma direta, para que se promovam estratégias de produção ecologicamente corretas. Na indústria da construção civil propriamente, há grande geração de resíduos sólidos que, muitas vezes não possuem uma política de auto reverse consistente. Nesse sentido, o setor se vê ansioso por tecnologias que corroborem com o processo produtivo e possam, de alguma forma, corroborar com a minimização dos resíduos gerados (CBIC, 2018).

Além disso, com os diversos marcos fundamentais do progresso do mundo moderno, passamos por três Revoluções Industriais, as quais trouxeram dinâmicas mais eficientes para todos os segmentos, desde o princípio da mecanização, aos avanços da aplicação da energia elétrica, a internet e as aplicações da digitalização. Hoje, vivencia-se o cenário da Indústria 4.0, conhecida como Quarta Revolução Industrial, visto que as tecnologias provenientes da robótica, digitalização e automação, apresentam potencial de suprir as sazonalidades, além de proporcionar sistemas construtivos mais eficazes e duradouros. Apesar de o setor da engenharia passar a desenvolver-se continuamente, a indústria da construção ainda não demonstra muito interesse pelas novas tecnologias do mercado que irão implicar mudanças significativas em todos os processos. As mudanças serão a longo prazo e repercutirão no ambiente da manufatura de forma efetiva, além de proporcionarem a prática da engenharia sustentável e aquecer não apenas o cenário econômico, mas também o cenário socioambiental (OESTERREICH; TEUTEBERG, 2016).

Neste sentido, visualizando-se algumas das defasagens que o setor da indústria da construção civil possui sob a mensuração da construção de forma tradicional, a alta geração de resíduos sólidos e a ausência de uma prática de descarte de resíduos ecologicamente correta, bem como as possibilidades de beneficiamento com as demandas tecnológicas existentes para contornar essas defasagens e impulsionar o setor, o tema deste trabalho é realizar um estudo comparativo entre o modelo de construção steel frame versus o modelo tradicional, visto que a proposta do steel frame é promover praticidade na execução da obra, qualidade, durabilidade, menor tempo e menores preços, aumentando consequentemente a produtividade e, tão logo, a competitividade no mercado.

        

  1. QUESTÃO PROBLEMA

Desde 2007, o setor da construção civil tornou-se um dos setores que mais movimenta o Produto Interno Brasileiro (PIB). Foram computados crescimentos potencializados, como por exemplo, no ano de 2010, em que seu ápice atinge os 11,6% de crescimento e em 2013, apresentando crescimento de 1,9% (IBGE, 2013).

No entanto, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o setor da construção civil fechou o ano de 2017 sofreu uma retração de 5% em sua contribuição com o PIB nacional. Retração esta que provém desde o ano de 2014, e somada com 2015 e 2016, totalizaram 20,2%. Os fatores que justificam tal defasagem no mercado são variados (IBGE, 2017). Alguns dos mais relevados é a dependência da população aos financiamentos habitacionais promovidos pelo Estado, o que, a partir de 2014, com a inflação, repercutiu em altas taxas de juros e fez com que o consumidor final repense suas estratégias de aquisição imobiliária (CAMPELO FILHO; SIQUEIRA, 2013). Outro fator é o modelo tradicional de construção que, apesar de sua qualidade indiscutível, já está ultrapassado e proporciona uma demora significativa na execução das obras, bem como na alta geração de resíduos sólidos sem um programa de sustentabilidade eficiente, fazendo com que as obras demorem anos a serem concluídas e onerem seus consumidores (OLIVEIRA; OLIVEIRA, 2012).

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