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Estudo da Variabilidade e das Tendências das Chuvas no Semiárido Baiano

Por:   •  16/6/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.987 Palavras (8 Páginas)  •  104 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

ESCOLA POLITÉCNICA

Estudo da variabilidade e das tendências das chuvas no Semíarido Baiano

Salvador

2015


Sumário

1. Introdução        3

2. Objetivo        4

3. Revisão de literatura        4

4. Metodologia        7

5. Cronograma de execução        7

6. Referências        8


1. Introdução

A atual delimitação do semiárido brasileiro é regida pela Portaria Ministerial nº 89, de março de 2005. Esta delimitação foi realizada conforme os seguintes critérios: média de precipitação pluviométrica anual inferior a 800 mm; Índice de aridez menor que 0,5, calculado através do balanço hídrico no período entre 1961 e 1990 e risco de seca maior que 60% tomando por base o período entre 1970 e 1990 (BRASIL, 2005).

Atualmente, a região semiárida brasileira abrange uma área de 980.133,079 km2, que corresponde a quase 90% da área da região Nordeste e uma parte da área setentrional de Minas Gerais.

As regiões semiáridas apresentam como características gerais a aridez do clima, o déficit hídrico agravado pela imprevisibilidade, temporal e espacial, das chuvas e solos pobres em matéria orgânica.

O semiárido brasileiro apresenta como precipitação média anual de 750 mm, porém em algumas áreas este valor é inferior a 400mm. A evapotranspiração média anual é da faixa de 2500 mm, fato este que contribui para o déficit hídrico, anteriormente citado.

A disponibilidade de recursos hídricos na região, mais especificamente a ocorrência de águas subterrâneas, é limitada pela predominância de formações cristalinas, caracterizada por solos poucos profundos, com baixa capacidade de infiltração e armazenamento.

Sobre o contexto acima e como crítica à forma de se planejar e implementar as políticas públicas voltadas para o semiárido, que até então foram focadas nas questões hídricas,  colocando em posição marginal a dimensão social do problema, modelo, este, que contribuiu para a concentração das terras e riquezas, surge a Declaração do Semiárido. Este documento trás como proposta o armazenamento da água de chuva em cisternas, beneficiando, assim, as famílias que, não raras vezes, consumiam água de má qualidade (BRASIL,2009). Esta proposta surgiu de experiências anteriores no semiárido com a construção de cisternas de placas e se consolidou com o Programa de Formação e Mobilização Social para a Convivência com o Semiárido - Um Milhão de Cisternas - P1MC.

O P1MC se tornou, então, um Programa de grande relevância para o abastecimento de água no semiárido brasileiro, apresentando como objetivo o acesso à água, para consumo humano, utilizando-se da tecnologia de cisternas de placas e da mobilização social buscando a convivência sustentável com o semiárido (BRASIL, 2009).

Por se tratar de um Programa de grandes ambições, percebe-se que a metodologia de dimensionamento das cisternas não contempla a variabilidade da chuva na região, considerando-a como uma grande área homogênea que apresenta uma série estacionária e bem definida de episódios de precipitação.

Este projeto se debruça sobre o estudo da variabilidade das chuvas no semiárido baiano, analisando para tal, tendências e periodicidades, contribuindo, assim, para a discussão a cerca do acesso a água e da eficiência e eficácia das Políticas Públicas no Semiárido pautadas na captação da água de chuva.

2. Objetivo

 2.1 Geral

Esta pesquisa objetiva o estudo da variabilidade das precipitações no semiárido baiano, buscando compreender, através das séries de dados disponíveis, o comportamento não estacionário dos episódios de precipitações da região.

2.2 Específicos

  • Estudar as tendências hidrológicas relacionadas às séries de precipitação disponíveis.
  • Verificar a ocorrência de mudanças climáticas abruptas que representem o comportamento não estacionário das precipitações.
  • Identificar eventos atípicos e as suas periodicidades em séries temporais não-estacionárias e a evolução ocorrida na periodicidade destes eventos.
  • Identificar áreas homogêneas no semiárido baiano quanto às características das precipitações, divisão está que se faz fundamental no planejamento de Políticas Públicas mais adequadas a cada uma das possibilidades hídricas encontradas.

3. Revisão de literatura

Apesar da distribuição irregular espacial e temporal das chuvas, a captação da água pluvial em telhados vem se apresentando como uma possível tecnológica no semiárido. O P1MC alia esta tecnologia social ao discurso da convivência com o semiárido, fomentando, assim, uma nova visão acerca de Políticas Públicas no Semiárido, valorizando os indivíduos contemplados, fugindo do caráter assistencialista e meramente tecnicista visto em outras Políticas Públicas voltadas para esta área.

Segundo o SIG Cisternas, o P1MC promoveu a construção de 550.486 cisternas no período de 2003-2013 (BRASIL, 2013).O padrão de construção destas cisternas, inicialmente, segundo Gnadlinger (1997), consiste-se em placas de cimento enterradas no chão com volume de 16.000 litros, o que configura um reservatório de forma cilíndrica tem medidas básicas de, aproximadamente, 3,4 metros de diâmetro e 2,3 metros de altura. Esta tecnologia apresenta como vantagem a disponibilidade dos materiais nas comunidades rurais, apresenta baixo custo de implantação e a água retirada possui temperaturas agradáveis à população.

No dimensionamento das estruturas relacionadas á captação e o armazenamento da água de chuva, considera-se como período critico os 8 meses de estiagem, ou aproximadamente 240 dias, através desta premissa é calculado o volume necessário de armazenamento das cisternas (Equação 1):

Vnescessário = n . c . p (m³)

Sendo:

Vnescessário = volume de água utilizado pela família nos meses de estiagem

n = número total de pessoas na residência

c = consumo médio de água por pessoa, por dia

p = período sem chuvas.

As cisternas de placas construídas pelo P1MC (16 m³) são capazes de abastecer as necessidades básicas de uma família de cinco membros pelos 240 dias de estiagem, considerando como consumo médio diário 14 litros de água por pessoa (Brito et al., 2007)

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