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Flotação um processo de beneficiamento através da separação de misturas

Por:   •  14/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.507 Palavras (7 Páginas)  •  339 Visualizações

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FLOTAÇÃO

Professor Dr. Juan Canelas Bosh Neto

Professor Dr. José Luiz Vieira Neto

Alisson Henrique Marques – 0945020-3

Fernando Fagundes – 0945007-7

Pedro Mascarenhas – 0945029-7

Samuel Sales – 0945002-5

Talitha de Souza Teixeira – 0845058-7

Ouro Branco, Março de 2013.

  1. Introdução:

Flotação é um processo de beneficiamento, através da separação de misturas, baseadas nos diferentes graus de hidrofobicidade de uma partícula mineral, consiste na introdução de bolhas de ar a uma suspensão de partículas. Com isso, verifica-se que as partículas aderem às bolhas, formando uma espuma que pode ser removida da solução e separando seus componentes de maneira efetiva.

A separação por flotação é caracterizada pelo envolvimento das fases sólida, líquida e gasosa. Desse modo, para a compreensão desse processo, é necessário estudar as propriedades físico-químicas de superfície, estabelecendo a natureza e a ligação entre as interfaces do sólido-líquido, sólido-gás e gás-líquido.

O importante nesse processo é que ele representa exatamente o inverso daquele que deveria ocorrer espontaneamente: a sedimentação das partículas. A ocorrência do fenômeno se deve à tensão superficial do meio de dispersão e ao ângulo de contato formado entre as bolhas e as partículas (DeSousa, 2003).

Um dos primeiros estudiosos que utilizou a flotação foi em 1886, Carrie Everson estudante de Química e Metalurgia, descobriu, por meio da experimentação, a possibilidade da ocorrência da flotação e registrou patente. Uma das patentes que mais lucrou foi à separação mineral e na extração do cobre a partir da calcopirita (CuFeS2).         Nesse processo, o mineral é pulverizado e combinado com óleo, agua e detergentes. As partículas de sulfeto esmagadas e moídas são molhadas por óleo. Então o ar é borbulhado através da mistura, uma vez que, o mineral está recoberto com óleo, ele adere na superfície da bolha de ar e flutua na superfície do fluido em forma de espuma que facilmente retirado.

  1. Desenvolvimento:

  1. Fundamentação Teórica:

  1. Hidrofobicidade

A definição de hidrofobicidade está veiculada a afinidade de partículas sólidas com a água. Partículas hidrofóbicas não têm afinidade com a água e na presença de uma corrente de ar, tendem a ir para superfície da solução. A hidrofobicidade de um sólido pode ser avaliada diretamente através do ângulo de contato entre as fases sólida, líquida e gasosa. A grande maioria das partículas não apresenta esta característica, portanto faz-se necessário a adição de um composto denominado como surfactante ou tenso ativo.

  1. Surfactantes ou tenso ativos

Os surfactantes são compostos em que as moléculas contêm um grupo hidrofílico (polar) em uma extremidade e um lipofílico (apolar) na outra, ligados entre si. Sendo assim, é utilizado em larga escala no processo de flotação com o intuito de tornar as partículas hidrofóbicas (através capacidade de alterar as propriedades superficiais e interfaciais de um líquido) para que em seguida possa ser “carreada” pelas bolhas de ar até a superfície. Outra propriedade fundamental dos surfactantes é a tendência de formar agregados chamados micelas que, geralmente, formam-se a baixas concentrações em água, tornando mais fácil a retirada das partículas na superfície do fluido.

A separação entre partículas naturalmente hidrofóbicas e partículas naturalmente hidrofílicas é teoricamente possível fazendo-se passar um fluxo de ar através de uma suspensão aquosa contendo as duas espécies. As partículas hidrofóbicas são carreadas pelo ar e aquelas hidrofílicas (partículas com afinidade com a agua) permanecem em suspensão. Este processo requer a produção de espuma (visando maior facilidade de remoção das partículas na superfície do fluido), de modo que seja criada uma interface ar-líquido de grande área que deve ser estável. Logo, para alcançar resultados satisfatórios utilizam-se espumantes e outros aditivos com finalidades diversas.

  1. Coletores

São reagentes, ao contrario dos surfactantes, que agem na interface sólido-líquido convertendo as partículas que são naturalmente hidrofílicas, em hidrofóbicas.

Tradicionalmente, os sistemas de flotação são divididos em sulfetos e não sulfetos. Os coletores empregados na flotação de sulfetos são conhecidos como tio-compostos. Já a classe dos não-sulfetos é mais complexa, pois abrange um número muito grande de minerais, sendo que a maior parte deles se enquadra na classificação de oximinerais.

De acordo com uma classificação mais detalhada dos não sulfetos mostra os seguintes grupos: óxidos e silicatos (geralmente de baixa solubilidade); minerais levemente solúveis (carbonatos, fosfatos, sulfatos, tungstatos, molibdatos, niobatos, etc.), sais solúveis, e uma classe à parte, constituída por carvão e grafita. Peres, 2006.

  1. Potencial Zeta

A grande maioria dos particulados quando entram em contato com um líquido adquirem uma carga elétrica em sua superfície. Essa carga pode aparecer de várias maneiras - a dissociação de grupos ionogênicos na superfície da partícula e a adsorção diferencial de íons da solução na superfície da partícula. A carga líquida na superfície da partícula afeta a distribuição de íons na sua vizinhança, aumentando a concentração de contra íons junto à superfície. Assim, forma-se uma dupla camada elétrica na interface da partícula com o líquido. Sendo uma região interna que inclui íons fortemente ligados à superfície e uma região exterior onde a distribuição dos íons é determinada pelo equilíbrio entre forcas eletrostáticas e movimento térmico. Dessa forma, o potencial nessa região decai com o aumento da distancia da superfície até, a uma distância suficientemente grande, atingir o potencial da solução. Esse potencial é convencionado como potencial zero.

Em um campo elétrico, como em micro eletroforese, cada partícula e os íons mais fortemente ligados à mesma se movem como uma unidade, e o potencial no plano de cisalhamento entre essa unidade e o meio circundante são chamados de potencial zeta.

Quando uma camada de macromoléculas é adsorvida na superfície da partícula, ela move o plano de cisalhamento para longe da superfície e altera o potencial zeta.

Dessa forma, o potencial zeta é função da carga superficial da partícula, de qualquer camada adsorvida na interface com o meio e da natureza e composição do meio que a circunda.

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