INSPEÇÃO DE RECEBIMENTO DE MATERIAIS    

I N D I C E

1. APRESENTAÇÃO

MODALIDADES ID-1, ID-2, ID-3.

          Este roteiro, totalmente baseado na norma da Petrobras N-464, visa orientar os candidatos a inspetor de dutos terrestres, nas modalidades: ID-1, ID-2 e ID-3, para que melhorem, revisem ou ampliem seus conhecimentos sobre a construção e montagem destes dutos, capacitando-os a submeterem-se a avaliação teórica que constitui parte do processo de qualificação constante no “Roteiro para qualificação de inspetores de dutos terrestres” elaborado pelo PETROBRAS / SEGEN / DIQUAL / SEQUI.

1. INTRODUÇÃO

          As interligações das fontes de produção, refinarias e centros de consumo de petróleo e derivados são feitas através de uma estrutura de transporte bastante peculiar. Dentre os meios de transporte utilizados, o dutoviário tornou-se o preferencial na maioria dos casos, devido a ser bem mais econômico e seguro.

          A utilização de dutos para transporte de líquidos data da antigüidade, os chineses usavam bambu, os egípcios e astecas, material cerâmico e os romanos, chumbo.  O primeiro oleoduto para transporte de hidrocarbonetos foi construído na Pensilvânia, em 1875.  Foi confeccionado em ferro fundido, com duas polegadas de diâmetro e oito quilômetros de extensão. A Figura n º 1 mostra o sistema de distribuição de dutos no Brasil, a malha de dutos passou de 2.000 quilômetros em 1995 com previsão de chegarmos a 15.000 quilômetros ao fim de 1999.

1. PROCEDIMENTOS

          A construção, montagem e testes dos dutos devem  ser executados de acordo com o procedimentos de execução, elaborados em conformidade com os documentos de projeto contemplando, no mínimo, as seguintes atividades:

1. Característica dos Equipamentos a serem utilizados.
2. Locação.
3. Terraplanagem, incluindo:  acesso, abertura de pista, desmatamento, corte,  aterro, desmonte de rocha e abertura de vala.
4. Manuseio, Transporte e distribuição dos Tubos.
5. Curvamento dos Tubos.
6. Ajustagem, Alinhamento e Fixação dos Tubos e Acessórios para Soldagem.
7. Procedimento  de Soldagem e respectivos Registros de Qualificação.
8. Tratamento de Consumíveis de Soldagem.
9. Inspeção por Ensaios Não-Destrutivos.
10. Revestimento Anticorrosivo e de Concreto de Juntas, Tubos e Acessórios.
11. Travessias e Cruzamentos.
12. Abaixamento e Cobertura na Vala, inclusive Proteção de Vala.
13. Detectação de Amassamento e Limpeza Interna dos Tubos pela Passage de "Pig's".
14. Teste Hidrostático.
15. Interligações (tie-in)  e Instalação de Complemento.
16. Restauração de Pista.
17. Sinalização da Faixa.

1. INSPEÇÃO DE RECEBIMENTO DE MATERIAIS

          Todos os materiais necessários à construção devem ser inspecionados antes de sua aplicação na montagem, e devem estar de acordo com os documentos de compra e especificações aplicáveis. Estes também serão devidamente identificados, a fim de serem avaliados durante a etapa de inspeção de recebimento.

          Todos os componentes de materiais metálicos, quando não devidamente identificados e certificados, devem ser submetidos aos testes de reconhecimento de aços e ligas metálicas, conforme a normalização técnica aplicável (Petrobras N-1591), confrontando seus resultados com a especificação do material da peça.

          Quando se tratar de materiais fundidos exame visual deve ser feito conforme critério estabelecido pelos padrões MSS-SP-55.

Tubos

Identificação dos tubos:

Todos os tubos devem Ter, pelo menos, a seguinte identificação:

( a ) Segundo os critérios do API 5L, item 11.1:

• Logotipo do fabricante
• Especificação do material (grau)
• Diâmetro
• Comprimento
• Espessura da parede
• Identificação do material por cores segundo Apêndice E do API-5L

( b )  Identificações adicionais:

• Número do tubo
• Revestimento (simples e duplo)
• Isolamento (alta densidade, baixa densidade)

          Os certificados de qualidade do material de todos os tubos devem estar de acordo com a especificação aplicável.

          Deve ser verificado, por amostragem, se as seguintes características dos tubos estão de acordo com as especificações indicadas no projeto ou as normas referenciadas:

( a )  Espessura, ovalização e diâmetro;

( b )  Chanfro e ortogonalidade;

( c )  Estado da superfície;

( d )  Empenhamento;

( e )  Estado do revestimento segundo a norma ou especificação aplicável;

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