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Impactos Ambientais: Uma questão não só natural, mas social e econômica.

Por:   •  27/3/2019  •  Artigo  •  1.347 Palavras (6 Páginas)  •  295 Visualizações

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Centro Educacional Barão de Mauá

Curso: Engenharia Ambiental

Aluna: Tamiris Ap. Martins Lima

Disciplina: Metodologia Cientifica e Tecnológica

Impactos Ambientais: uma questão não só natural, mas social e econômica.

Introdução:

Neste trabalho, apresento a relação entre o modo capitalista de produção e acumulação no qual o principal objetivo é a obtenção de lucro e os impactos por ele gerados ao meio ambiente. Além de evidenciar a diferença nos impactos causados por países ricos e pobres, e o que já esta sendo feito para tentar reverter à situação através de conferencias e protocolos assinados entre diversos países.

Desenvolvimento:

Nas ultimas décadas a questão ambiental no que se diz respeito a sua atual crise, vem sendo cada vez mais discutida por todos os setores, não só ambientais, mas também econômicos e sociais, uma vez que os impactos causados à natureza também geram impactos na economia e na sociedade de todo o planeta.

Para melhor compreensão da crise ambiental é preciso considerar o modo de produção que se firmou a partir da Revolução Industrial, séc. XVIII, iniciando a era do atual modelo econômico, o capitalismo (SCHONS, 2012). A partir de então houve grande crescimento de inovações em todos os processos de produção, trazendo benefícios à economia como a queda nos preços das mercadorias, mas por outro lado, a sociedade sofreu com as consequências de tais inovações, como altos níveis de desemprego, baixos salários e péssimas condições de trabalho, alem do aumento da poluição da água e do ar.

Com o capitalismo foram estabelecidos novos padrões de consumo, para atender a alta demanda de produção houve intensificação no uso de energia, assim como na exploração dos recursos minerais e matérias primas não renováveis (COSTA, 2008).

A alta na demanda de produção e a exploração dos recursos naturais só aumentaram, após a Segunda Guerra Mundial, o mundo se vê diante a uma serie de problemas, países praticamente inteiros devastados, a indústria em decadência e a população “faminta”, assim a prioridade passa a ser o crescimento e desenvolvimentos dos países, surge à divisão entre as nações desenvolvidas e as subdesenvolvidas, estas sofrendo mais com tais mudanças. (SCHONS, 2012). Desde então, toda a atividade humana vem sendo transformada em praticas capitalistas, ou seja, produtora de lucros, sendo assim, o meio natural passou a ser a principal vantagem do sistema, uma vez que os recursos naturais não custam nada e incorporados ao processo de produção reduzem seus custos e elevam seus lucros, reduzindo assim a natureza a uma simples peça de subordinação do capitalismo (AGUIAR E BASTOS, 2012).

Como já vimos, o capitalismo dividiu o mundo entre países desenvolvidos e países subsenvolvidos, e gerou um imenso abismo entre eles, o que pode nos mostrar isso é a distribuição da renda per capita, por exemplo, a distancia entre a economia mais rica, os Estados Unidos, e a região mais pobre, a África, é de um pra vinte na renda per capita. Para manter essa renda per capita cada vez mais alta os países desenvolvidos utilizam cada vez mais sem limites os recursos naturais, porém são os países subsenvovidos que sofrem com os impactos de tamanha exploração, por exemplo, os países ricos com apenas 15% da população global são responsáveis por metade das emissões de CO2 na atmosfera. Podemos também usar a crise da água para exemplificar a diferença dos impactos gerados entre os dois tipos de países, o mundo tem água suficiente para suprir as necessidades básicas de todos os países, porém os países mais pobres sofrem com sua escassez uma vez que encontram diversas barreiras para o acesso às infraestruturas que a fornecem, fazendo com que recebam menos e paguem mais por ela, alem do alto consumo ocorrido pelos países mais ricos, por exemplo, um espanhol necessita de 1 milhão de litros de água ao ano, enquanto um norte americano necessita de 2,5 milhões de litros e um chinês de 700mil litros, isso nos deixa claro também que quanto mais rico o país menos é a consciência da população (SCHONS, 2012).

O uso das matrizes energéticas também nos ajuda a dimensionar os impactos causados pelos países desenvolvidos, devido às dificuldades de encontrar saídas tecnológicas para a diminuição do uso de combustíveis fósseis, como carvão mineral, petróleo e gás natural, que são recursos não renováveis e emitem gases que geram o efeito estufa na geração de energia, por exemplo, somados America Latina, Japão, Oriente Médio e África tem consumo total de combustíveis fosseis de 15,2% já a America do Norte sozinha tem consumo total de 29,9% (CARNEIRO, 2007).

Assim chegamos às seguintes questões: Ate quanto à natureza ira aquentar tanta exploração? Para respondê-la iremos tomar como exemplo aquecimento global, entre 1800, inicio da Revolução Industrial, e 2012 as partes de gases do efeito estufa por milhão de partículas de ar aumentaram 100ppm (de 280 a 380ppm), se esta concentração chegar á 500ppm nada mais poderá ser feito para evitar um colapso total. E, será que o modelo capitalista superaria a falta de matéria prima a ser explorada pra alimentar sua produção? Apesar de o capitalismo não valorizar o meio ambiente não é possível separá-los uma vez que a destruição da natureza geraria crise no sistema capitalista podendo levá-lo ao fim (AGUIAR E BASTOS, 2012).

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