Inclusão Digital

Introdução

Embora a facilidade para adquirir computadores e similares tenha aumentado significativamente para todas as camadas sociais e a presença deles na rotina do indivíduo já seja realidade para quase toda a população brasileira, seu uso como ferramenta de apoio ao ensino é muito pouco difundido, principalmente nas comunidades de baixa renda onde raramente os alunos têm contato com essa tecnologia na sala de aula. Ocorre um problema ainda maior nos locais onde estas ferramentas estão disponíveis e são mal aproveitadas. Não é raro encontrar locais onde as salas de informática se tornam “lan house” devido à falta de mão de obra especializada para aproveitar corretamente os recursos e – em casos mais graves – viram depósitos de equipamentos que em pouco tempo viram sucata.

A Inclusão Digital

Quando falamos de inclusão digital, não falamos apenas de fazer interagir o componente humano (aluno) com o componente tecnológico (computador). Inclusão digital é mostrar para o indivíduo todas as possibilidades para que ele possa – com o auxílio da tecnologia – facilitar a própria vida. Compreender o que faz um editor de planilhas, de textos ou de slides que é uma tarefa simples. A proposta da inclusão digital precisa ser mostrada ao indivíduo, como ele pode aplicar essa tecnologia no seu dia-a-dia, no trabalho, em casa e até no lazer, seja controlando suas finanças através de planilhas, usando slides para facilitar na hora de falar em público e até a redigir um currículo.

Deve haver, também, um controle do que pode ser acessado pelos alunos para não desviar do objetivo principal das salas de informática. É preciso que haja também uma interação com outras disciplinas, estimulando os alunos, seja pesquisando a relação de causa e efeito (ciências), realizando pesquisas históricas, facilitando o entendimento da matemática, aprofundando os conhecimentos em literatura ou conhecendo modalidades esportivas, suas regras e curiosidades.

A Realidade Brasileira

De acordo com dados demonstrados por Marcelo Neri, da Fundação Getúlio Vargas, e Leila Loria, da Fundação Telefônica, a Inclusão Digital no Brasil está acima da média mundial em que 51,25% da população possui algum tipo de acesso as plataformas pesquisadas sendo que a média mundial é de 49,1%.

Entre as capitais ranqueadas, as três com melhor índice fazem parte da região sul do país. Florianópolis em primeiro lugar com 77,06% de abrangência em alguma plataforma digital, seguida de Curitiba em terceiro no ranking com 75,88%, e Porto Alegre em quinto, com 72,02%. Já nas capitais do sudeste Vitória é a segunda colocada com 76,6%, depois vem Belo Horizonte em quarto com 74%, São Paulo em sexto com 71,7% e Rio de Janeiro em sétimo com 71,5%.

O aumento do índice de inclusão surpreendeu especialistas, pois regiões menos favorecidas do estado do Rio de Janeiro e de São Paulo demonstrou índices altíssimos como o Complexo do Alemão, da Maré, a a Rocinha e o Jacarezinho, no Rio de Janeiro, possuem índices maiores, até mesmo, que o índice brasileiro. Os bairros de Moema e Jardim Paulista, em São Paulo, possuem índices de

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