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MERCADO DE TRABALHO DOS ENGENHEIROS ELETRICISTAS EM VITÓRIA DA CONQUISTA: um estudo de caso

Por:   •  5/10/2018  •  Bibliografia  •  3.199 Palavras (13 Páginas)  •  331 Visualizações

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MERCADO DE TRABALHO DOS ENGENHEIROS ELETRICISTAS EM VITÓRIA DA CONQUISTA: um estudo de caso

Débora Valim Sinay Neves*

Fábio Henrique Nascimento Ribeiro**

Matheus Barbosa Brito***  

RESUMO

Para muitos jovens e adultos, o fim de um curso universitário significa a promessa de uma nova fase de vida, marcada pelo início do exercício da profissão escolhida. No entanto, um dos principais problemas com os quais os recém formados engenheiros se deparam é a dificuldade de ingressar no mercado de trabalho de suas profissões. Há algumas décadas o diploma universitário era garantia para emprego bem remunerado ou boa colocação no mercado de profissionais autônomos. Atualmente, essa realidade tem sido diferente. Existe uma nítida redução no número de empregos oferecidos e inovações tecnológicas transformaram profundamente o campo das ocupações profissionais. Desta forma, esta pesquisa, tem por finalidade analisar a absorção e aceitação dos engenheiros eletricistas no mercado de trabalho conquistense. Os resultados parciais da mesma, apontam para o fato de que, em Vitória da Conquista existe uma boa aceitação dos engenheiros eletricistas. No entanto, as vagas oferecidas ainda são insuficientes se comparadas com a demanda no mercado de trabalho na área de Engenharia Elétrica.

Palavras-Chave: Formação universitária. Engenheiros eletricistas recém formados. Mercado de trabalho.

*Débora Valim Sanay Neves, é Professora da FAINOR/BA e FTC/BA, Mestre em Ensino de Ciências pela UNIVATES/RS, Especialista em Metodologias Inovadoras Aplicadas a Educação – FACINTER/PR, Especialista em Mídias na Educação, Graduada em Matemática pela UESB/BA. E-mail: deborauesb@gmail.com.

**Bacharelando em Engenharia Elétrica com ênfase em eletrônica pela Faculdade Independente do Nordeste - FAINOR. E-mail: fabiohenrique.nas@gmail.com

***Bacharelando em Engenharia Elétrica com ênfase em eletrônica pela Faculdade Independente do Nordeste – FAINOR, onde é aluno monitor. E-mail: matheus_mortugaba@outlook.com

1 INTRODUÇÃO

        O desenvolvimento científico e tecnológico, suporte fundamental da globalização, aumenta a complexidade do mundo e passa a exigir um profissional com competência para lidar com um número expressivo de fatores. A ênfase numa formação generalista e a ampliação das possibilidades de experiência prática durante o curso superior são avaliadas como alternativas para atender as exigências de um perfil multiprofissional e proporcionar a maturidade pessoal e a identidade profissional necessárias para agir em situação de imprevisibilidade, realidade a que estão sujeitas as organizações atuais.

        Nesse sentido, para muitos jovens adultos, o fim de um curso universitário significa a promessa de uma nova fase de vida, marcada pelo início do exercício da profissão escolhida. No entanto, um dos principais problemas com os quais os recém formados se deparam é a dificuldade de ingressar no mercado de trabalho de suas profissões. Há algumas décadas o diploma universitário era garantia para emprego bem remunerado ou boa colocação no mercado de profissionais autônomos, hoje a realidade é diferente. Existe uma nítida redução no número de empregos oferecidos e inovações tecnológicas transformaram profundamente o campo das ocupações profissionais.

        Por consequência, espera-se que o trabalhador seja mais flexível, apresentando maior repertório de habilidades e competências. Enfim, a conquista de um espaço no mercado não depende apenas de um diploma, mas também de características pessoais, competências específicas, redes de relações e capacidade de ajustar-se a diferentes demandas de trabalho. Assim, a organização universitária, como forma de educação formal, está desempenhando um duplo papel, o de educar – que se distingue da mera instrução – e o de preparar profissionais para atender às novas demandas do mercado de trabalho.

        Desta forma, esta pesquisa, tem por finalidade analisar a absorção e aceitação dos engenheiros eletricistas no mercado de trabalho conquistense. Para o desenvolvimento desta pesquisa, a metodologia utilizada possui abordagem qualitativa, com ênfase no estudo de caso, e está sendo realizada com duas empresas que contratam no setor de Engenharia Elétrica em Vitória da Conquista. Os sujeitos da pesquisa são compostos por dois funcionários da área de Recursos Humanos, sendo um de cada empresa investigada, responsável pela admissão de novos funcionários que se encaixam no perfil de estudo da pesquisa em questão. A análise e discussão dos dados estão sendo realizados em conformidade com os procedimentos metodológicos propostos, sendo analisados com base na Análise do Discurso proposta por Bardin (2009).

        

2 O PAPEL DO ENGENHEIRO, SUA FORMAÇÃO E ATUAÇÃO  

        O contexto social e econômico onde os engenheiros atuam mudou radicalmente desde a criação dos cursos destinados à sua formação, no final do século XVIII, mudança que se acelerou nos últimos decênios do século XX. Segundo Silveira (2005), novas tecnologias, como a pesquisa operacional, a informática, as telecomunicações e as biotecnologias, não só deram origem a novas ferramentas, exigindo uma formação complementar, mas alteraram profundamente os processos de trabalho e suas representações.  

        Novas questões passaram a afetar esta atuação, como as relacionadas aos impactos ambientais e sociais das atividades produtivas, criando novos problemas e novas áreas de trabalho – e novas regulamentações a serem consideradas (ou construídas). De acordo com Silveira (2005, p.1)

O mercado de trabalho estendeu-se para o setor de serviços – seja porque este foi trazido para dentro do planejamento da produção pela busca da qualidade total, pelo uso intensivo das redes de telecomunicação e da informática e pela modularização e terceirização de parte dos sistemas de gerenciamento e produção, seja porque os serviços em geral estão cada vez mais dependentes da capacidade de formalização e organização próprias à engenharia.  

        Nesse sentido, o mercado de trabalho pode ser tomado em sentido estendido como o conjunto de ocupações que podem ou vem sendo ocupados pelos egressos do curso de engenharia, ou em sentido estrito como o conjunto de posições ocupadas por estes egressos no setor industrial correspondendo à especialização técnica. Conforme compreende Silveira (2005), não apenas é multiforme (diferentes tipos de empresas e associações, com alcances geográficos e industriais variados e políticas gerenciais diversas), mas a consulta é feita a profissionais trabalhando nestas empresas, que respondem a diferentes tipos de formação (técnica e ideológica), sofreram um conjunto não homogêneo de experiências (o que altera sua percepção do conjunto), e possuem diferentes visões do mundo, dependentes das funções e cargos historicamente ocupados.          Um exemplo interessante de mudança no campo de atuação é dado pelos engenheiros eletricistas, especialistas em sistemas de potência. De acordo Gama (2002), no passado recente (há 20 anos) exigia-se que estes engenheiros fossem apenas competentes em projetar e gerenciar sistemas de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. Outras características, como liderança ou competência administrativa, eram apenas mencionadas como desejáveis, não como determinantes. Temas como previsão da demanda de energia elétrica, projeto de construção de novas usinas ou de novas linhas de transmissão, ou ainda a determinação dos fluxos de potência, eram da alçada puramente técnica destes engenheiros, no máximo dividindo a discussão com engenheiros civis (no caso da construção de barragens, por exemplo) ou economistas (para tratar de financiamentos). A competência e a responsabilidade exigidas eram essencialmente técnicas.  

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