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O ESTUDO DE VIABILIDADE DE CRIAÇÃO DE KIT PEDAGÓGICO DIRECIONADO AO ENSINO TECNOLÓGICO

Por:   •  9/3/2021  •  Artigo  •  3.813 Palavras (16 Páginas)  •  169 Visualizações

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ESTUDO DE VIABILIDADE DE CRIAÇÃO DE KIT PEDAGÓGICO DIRECIONADO AO ENSINO TECNOLÓGICO

Gabriel Xavier de Oliveira - g.oliveiraxavier@gmail.com

Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca

Av. Maracanã, 229 - Maracanã

20271-110 - Rio de Janeiro - RJ

Aline Gesualdi Manhães - aline.manhaes@ieee.org 

Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca

Av. Maracanã, 229 - Maracanã

20271-110 - Rio de Janeiro - RJ

Resumo: O presente trabalho buscou através da observação realizada em conjunto com a empresa Umaker tecnologia criativa, e seu curso ministrado em um colégio cliente, obter informações a respeito da viabilidade de produção de materiais pedagógicos para o ensino tecnológico, orientado nos movimentos DIY(faça você mesmo) e MAKER(construtor), que se orientam nos conceitos construtivistas para o ensino e processo de aprendizagem. As atividades observadas foram diversificadas e cada uma serviu como referência para o estudo. Foram considerados parâmetros, tais como: aquisição de componentes, alto custo de manutenção do material utilizado nas aulas, e as inviabilidades técnicas que ocorrem no ambiente de estudo. Foi observada também a dispersão dos alunos nas aulas devido ao grau de abstração por vezes necessário para a compreensão de alguma tarefa a ser realizada. O número limitado de kits e de computadores que a escola dispunha para as turmas impossibilitava o mesmo grau de compreensão da atividade para todos os presentes no grupo. Após o estudo sobre a problemática, pode-se concluir que existe viabilidade para a criação de um material pedagógico para o ensino de engenharia nos ensino fundamental I e II.

Palavras-chave: Educação, DIY, MAKER, Kit de ensino

1.        INTRODUÇÃO

        A indústria frequentemente passa por constantes processos de inovação, tanto em sua forma de trabalho, quanto nas exigências demandadas como qualificação para seus colaboradores. Quando olhamos para a escola, vemos que esse processo de inovação não ocorre de forma acelerada como no caso industrial, mas não podemos esquecer que antes do profissional temos o aluno, e o conjunto de experiências que este teve ao longo de sua vida estudantil, ou seja, seus inputs educativos, serão o reflexo de sua forma de lidar e encarar seu trabalho e função exercida.

        Atualmente vemos a engenharia inovando em diversas áreas, como médica, artes, econômica, industrial, informática, e cada vez mais esta vem adentrando a área da educação. Com a popularização do movimento DIY (do inglês faça você mesmo), onde o ator do processo de aprendizagem é o aprendiz, várias ferramentas tecnológicas foram adicionadas ao movimento, e com isso emergiu o então movimento MAKER (do inglês criador, construtor).

        A ideia por trás desses movimentos estão adequadas ao conceito construtivista (SERAFIM, 2006) da educação, conceito este especialmente associado ao campo pedagógico, derivado da pesquisa realizada por Piaget, onde foi observado que existe uma construção da consciência de um sujeito a partir da interação dele com o ambiente, dito isto, nos movimentos citados, tanto o movimento DIY e MAKER, o processo de aprendizagem tem como objetivo dar ao aprendiz o protagonismo de sua educação ao externalizar suas próprias ideias através da criação, e ao mestre é dado o papel de orientação deste processo de aprendizagem.

        Quando buscamos momentos mais propícios para melhor trabalhar o desenvolvimento de um sujeito, encontramos no início de sua segunda década de vida o momento ideal, pois é nela que ocorre a maturação de sua inteligência, bem como desenvolvimentos fisiológicos mais complexos e uma reorientação situacional (CASSONI, 2017). Dentro deste contexto, é necessário o uso de uma metodologia de atividades que ajustem-se a todo esse processo cognitivo. Para Cassoni a transição entre o fundamental I e fundamental II, reflete um aumento na capacidade de abstração do indivíduo, sendo este capaz de desenvolver novas habilidades com maior facilidade nesse período devido sua melhor capacidade de adaptação (CASSONI, 2017). Desta forma apresentar novos meios e métodos de aprendizagem nesse ponto de transição, tem uma maior probabilidade de conceber uma ampla evolução pessoal para os anos seguintes de sua educação e desenvolvimento pessoal.

        Com base no pensamento exposto, e após uma análise do que temos hoje no ensino fundamental e o que se espera no futuro, este trabalho possui o intuito de buscar formas de estimular um grupo de estudantes de ensino fundamental a compreender e praticar métodos criativos de resolução de problemas baseado em tecnologia, bem como de estímulo de aprendizagem, e assim iniciar o desenvolvimento de um material educacional para o ensino da engenharia e que seja capaz de se adequar a demanda observada em sala.

        As observações realizadas para estudo da elaboração do kit de ensino de engenharia para o ensino fundamental, foram feitas em conjunto com a empresa Umaker Tecnologia Criativa e em sua atuação com um colégio cliente de São Gonçalo, município do Estado do Rio de Janeiro, cuja identidade será omitida de acordo com as cláusulas de contrato. A equipe de ensino permitiu que essa pesquisa fosse efetuada em colaboração com as atividades realizadas no colégio em questão, onde foi então possível juntar material de estudo necessário, a partir das práticas realizadas nas aulas ministradas para as turmas de 1º a 7ºano do ensino fundamental I e fundamental II.

        Dentro do desafio de elaborar um kit, que atenda diversas faixas etárias e diferentes demandas de comunidades, bem como até mesmo, diferentes demandas disciplinares, o estudo do comportamento do indivíduo dentro de sala de aula se mostrou o melhor ponto de aquisição de informação, pois desta forma a confecção do kit se torna mais customizada e em conformidade com o que ocorre no ambiente de aplicação. Para esse estudo não foram observados fatores externos aos acontecimentos de sala, bem como localização do colégio, tampouco, estudos socioeconômicos a respeito da família e do ambiente social o qual os alunos observados estão inseridos. Mas para a montagem do kit tais fatores econômicos serão considerados, para que este seja adaptável e de fácil aquisição, visto que um dos principais objetivos dele é a melhoria na qualidade de ensino tanto público como privado.

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