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O Estudo de caso: Viabilidade econômica de Sistema Fotovoltaico

Por:   •  20/10/2023  •  Artigo  •  9.142 Palavras (37 Páginas)  •  35 Visualizações

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Estudo de caso: Viabilidade econômica de Sistema Fotovoltaico.

RESUMO

Este trabalho visa demonstrar a viabilidade econômica da instalação de um sistema solar fotovoltaico, em microgeração distribuída, conectado à rede elétrica de distribuição da concessionária local, em uma edificação comercial no bairro da Pituba, na cidade de Salvador, Bahia. Trata-se de um projeto de investimento, onde será proposto a inserção de um sistema de geração de energia elétrica através de painéis fotovoltaicos, com intuito de reduzir do consumo de energia da concessionária local e consequentemente gerar economia e vantagens financeiras. Realizada uma análise de atratividade econômica e retorno financeiro para justificar o, ainda alto, investimento no sistema, em edificações de cunho comercial, utilizando indicadores de viabilidade econômica como o Payback, Valor Presente Líquido (VPL), Taxa Interna de Retorno (TIR) e Índice de Lucratividade (IL). Em decorrência dessas análises foi possível demonstrar que o projeto apresenta fatores promissores, afora a rogativa de cunho ambiental e a contribuição para diversificação da matriz elétrica que, por sinal, possuem grande relevanção no Brasil.

Palavras-chave: Energia solar, sistemas fotovoltaicos, geração distribuída, engenharia econômica, viabilidade de investimentos, gestão financeira.

  1. INTRODUÇÃO

Na civilização moderna, todas as transformações tecnológicas ocorrem em grande velocidade e requerem cada vez mais a utilização de diversas formas de energia. É fato que as fontes fósseis de combustíveis são limitadas e não sustentáveis, por isso, há um expressivo apelo mundial para acelerar a transição das fontes energéticas não renováveis para fontes limpas e sustentáveis, que deixaram de ter a alcunha de fontes alternativas e passaram a ser reconhecidas como fontes de energia renováveis dado ao seu atual fator de relevância.

Os impactos da falta de energia, atualmente, são muito expressivos, visto que a energia elétrica é meio para qualquer prestação de serviço ou produção de bens. Há diversos estudos sobre gerações e conversões de energia, com destaque para o aproveitamento da energia solar. O aproveitamento energético dessa fonte de energia pode ser feito por painéis fotovoltaicos ou por processos heliotérmicos.  

Está em voga neste trabalho a análise econômica quando da implementação de sistemas solares fotovoltaicos para geração de energia elétrica limpa e renovável, na modalidade de Geração Distribuída (GD). Serão abordados conceitos técnicos concernentes ao panorama energético do Brasil, ao sistema fotovoltaico, fatores naturais, legislação, regulamentações, normas, métodos de medição e tarifação por parte da concessionária local, pré-dimensionamento, custos do sistema, atratividade e apresentar uma análise de viabilidade que possa subsidiar a tomada de decisão quanto ao possível investimento em energia renovável através de métodos de análises determinísticos.

  1. REFERENCIAL TEÓRICO

O referencial teórico traz uma breve perspectiva econômica sobre a utilização de sistemas fotovoltáicos. Para construção do estudo, faz-se necessário apresentar uma sucinta revisão da lituratura a ser dividida em duas seções:

A primeira seção discorre sobre Sistemas Fotovoltaicos, leis, regulamentações e normas técnicas.

A seção 2, descreve sumariamente a engenharia econômica, os indicadores de viabilidade e critérios para subsidiar a tomada de decisão baseada nas ferramentas apresentadas.

  1. Sistemas Fotovoltaicos

Atualmente é latente a dependência pela eletricidade e seu uso cresce vertiginosamente mundo a fora. Fontes renováveis e limpas de geração de energia clamam por mais espaço diante da necessidade da diminuição do uso de fontes não renováveis. Devido aos avanços tecnológicos no desenvolvimento dos materiais e escalabilidade da produção, o que propicia uma redução de custos considerável, as energias renováveis estão tornando-se mais viáveis e acessíveis ao grande público.

Segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE, 2022), atualmente a maior parte da energia consumida é oriunda de fontes não renováveis, petróleo por exemplo, devido a questões de custos e rendimento. Os principais fins são para a geração de eletricidade, combustíveis e sistemas de aquecimento.        

Dentre as fontes renováveis, os projetos baseados em energia solar, com ênfase aos efeitos fotovoltaicos, serão destaque neste trabalho.

Tecnologia formada basicamente por painéis compostos por células fotovoltaicas (materiais semicondutores) e equipamentos para transformação da corrente contínua (CC) em corrente alternada (CA), não gera resíduos sólidos, produz baixo ruído, não emite gases ou sequer libera qualquer outro agente poluidor ambiental. Logo, desponta como um fonte interessante de geração de energia, com considerável contribuição à sociedade.

No Brasil, a capacidade e possibilidade do consumidor de gerar energia oriunda de sistemas fotovoltaicos, ou qualquer outra fonte renovável, é regulamentada pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica). Geração Distribuída é o termo enquadrado pela própria Agência para designar uma fonte de energia elétrica interligada diretamente no sistema elétrico do distribuidor local.

PINHO E GALDINO (2014, p. 255) classificam os sistemas fotovoltaicos, de acordo com o modo de geração ou de entrega da energia gerada a rede consumidora, em isolados ou conectados à rede, subdivididos em OFF-GRID e ON-GRID.

CABELLO E POMPERMAYER (2013, p.9) discorrem         que os sistemas OFF-GRID são sistemas independentes, não conectados à rede de distribuição da concessionária local e “a energia consumida é totalmente gerada por um sistema de geração.”

Os sistemas ON-GRID, são conectados à rede local, atuando como unidades geradores de energia elétrica concomitante à concessionária de energia, onde o excedente produzido é injetado na rede de distribuição existente.

Será fruto desse trabalho, para efeito de análise de viabilidade econômica, a microgeração de energia, utilizando sistemas fotovoltaicos ON-GRID, instalados no local do consumo.

  1. Sistema de compensação de energia elétrica

Em 2012, a ANEEL, através da Resolução Normativa 482/2012 (já Revogada pela REN ANEEL 1.059, de 07/02/2023) instituiu o Sistema de Compensação de Energia Elétrica SCEE definido por:

Um sistema no qual a energia elétrica ativa é injetada por unidade consumidora com microgeração ou minigeração distribuída na rede da distribuidora local, cedida a título de empréstimo gratuito e posteriormente utilizada para compensar o consumo de energia elétrica ativa ou contabilizada como crédito de energia de unidades consumidoras participantes do sistema.”        

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