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O TRATAMENTO ALTERNATIVO DE ÁGUAS RESIDUAIS PELO SISTEMA DE ZONA DE RAÍZES

Por:   •  16/11/2017  •  Artigo  •  3.075 Palavras (13 Páginas)  •  349 Visualizações

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TRATAMENTO ALTERNATIVO DE ÁGUAS RESIDUAIS PELO SISTEMA DE ZONA DE RAIZES

Estudos e Experiências em Tecnologia e Informação

Engenharia e Meio Ambiente

Djeimilly Dorigon de Souza¹; Gustavo do Prado¹; Julia Trevisol Apolinario¹; Kellen Benedet Warmeling¹; Paulo Murillo Salvatto¹; Luciano Giassi¹

1.Instituição CENTRO UNIVERSITÁRIO BARRIGA VERDE – UNIBAVE

Resumo: Tendo em base o número de residências e suas grandes quantidades de resíduos de esgoto produzidos, percebeu-se uma considerável preocupação quanto à questão de tratamento das redes de esgoto. A deficiência desse tratamento acaba por desencadear problemáticas como a eutrofização de corpos hídricos, possibilitando um desequilíbrio ecológico e uma deteriorização da biota aquática. Portanto, com a intenção de contribuir com o desenvolvimento e implantação da prática da tecnologia do tratamento de zona de raízes, este trabalho visa a comparação de diferentes espécies de plantas introduzidas neste sistema.

Palavras-chave: Zona de raízes. Águas residuais. Analise. Sustentabilidade. Saneamento Básico.

1 Introdução:

Conforme o Ministério do Meio Ambiente, o Brasil passou no último século por um acelerado processo de urbanização. Nas primeiras décadas do século XX, a maioria da população brasileira vivia na zona rural e, em poucas décadas, com o processo de industrialização e a migração para os centros urbanos, o Brasil chegou ao final do século XX como um país predominantemente urbano. Em 2000, a população urbana chegou a 81,3% da população total. Essa rápida inversão provocou um enorme déficit no setor de saneamento, tornando-se um dos principais problemas ambientais brasileiros.

Esse êxodo rural acelerado, acabou resultando no inchaço das cidades, que por conseguinte acabou levando muitas pessoas que também buscavam melhores condições de vida, porém, que ou por causa de falta espaço nos centros ou por menores condições financeiras foram marginalizadas nos morros, lugares desabitados, justamente pela condição geológica desfavorável para moradia do homem. Esse crescimento desenfreado e repentino -que continua acontecendo-, acabou trazendo à tona a falta de planejamento das cidades, com enfoque principal na falta do saneamento básico, que por sua vez ainda é um problema, pois praticamente um século depois do início deste êxodo, o Brasil ainda apresenta graves deficiências em relação ao saneamento básico. Segundo a Pesquisa Nacional de Saneamento - PNSB 2008, pouco mais da metade dos municípios brasileiros (55,2%) tinham serviço de esgotamento sanitário por rede coletora, que é o sistema apropriado.

A estação de tratamento de esgoto por zona de raízes funciona como parte do filtro constituído pelas plantas, sendo assim um sistema físico – biológico. Através de uma rede de tubulações o esgoto bruto é lançado, essas instalações ficam logo abaixo da área plantada de zona de raízes, essa área vai ser dimensionada conforme a demanda do esgoto.

Nesse tipo de estação do tratamento de esgoto por zona de raízes, o primeiro passo é o tratamento primário do efluente, que geralmente é feito por uma fossa séptica, onde são retirados todos os sólidos sedimentáveis, após esse processo o efluente é transferido através de uma rede de tubulações até a ETE por zona de raízes.

2 Procedimentos Metodológicos

Na estação de tratamento de esgoto por zona de raízes, o princípio básico é a formação de biofilme aderido a um meio suporte e raízes das plantas, onde comunidades de microrganismos, em meio a zonas aeróbias, anaeróbias e anóxicas, promovem a degradação por meio de processos físicos e químicos. Sendo a espécie abordada a macrófita. Neste estudo iremos abordar quatro espécies de plantas para o ETEZR (Estação de Tratamento de Esgoto por Zona de Raízes).

No primeiro sistema que será apresentado, encontram-se as espécies Cymbopogon nardus Rendle e Canna indica Lily, que foram utilizadas simultaneamente no mesmo sistema. A Primeira espécie, por ter grande potencial repelente, conhecida por citronela e, a segunda por ser uma planta com potencial ornamental, conhecida pelo nome vulgar de cana índica ou bananinha de jardim.

No segundo sistema abordado, a espécie utilizada é a Zantedeschia aethiopica, também conhecida como copo de leite, possui potencial ornamental.

Já no terceiro, a espécie utilizada é a Cladium mariscus, mais conhecida como capim serra e foi escolhida por apresentar em sua estrutura aerênquimas em grande quantidade.

3 Zona de Raízes

As zonas de raízes ocorrem ou devem ser construídas em wetlands e é considerada segunda ou terceira etapa do tratamento de afluentes. As raízes de plantas darão o desenvolvimento de populações microbianas benéficas que digerem a poluição decompondo-a em produtos assimiláveis e sem odor. As plantas levam oxigênio às raízes e às bactérias ali existentes o que acelera o processo. As substâncias alvos desta fitorremediação incluem metais (Pb, Zn, Cu, Ni, Hg, Se), compostos inorgânicos (NO3, NH4+, PO43-), elementos químicos radioativos (U, Cs, Sr), hidrocarbonetos derivados de petróleo, pesticidas e herbicidas (antrazine, bentazona, compostos clorados), entre outros.

Para obter um bom desempenho das zonas de raízes é necessário um bom tratamento primário, geralmente, a fossa séptica. A relação área/pessoa influi fortemente na vida útil do sistema, podendo durar até 15 anos e o tempo mínimo requerido para o tratamento é de dois dias. A demanda de carga na área superficial em relação ao tratamento com plantas por meio de zonas de raízes é de dois a cinco metros quadrados por pessoa equivalente, dependendo da captação do esgoto.

3.1 Wetlands

Wetlands traduzida do inglês, significa áreas úmidas. São exemplos os pântanos, charcos e os mesmos podem ser permanentes ou temporários. Se encontram com altos níveis de saturação hídrica, frequentemente, por estarem em relevos abaciados ou planos. Esta situação estabelece uma alta capacidade de fixação de carbono que resulta numa elevada capacidade de retenção de água e de íons no solo, aumentando a eficácia na filtragem das águas e na regularização da vazão dos rios.

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