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O Terminal de Tubarão Vitória

Por:   •  7/2/2020  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.543 Palavras (7 Páginas)  •  162 Visualizações

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TERMINAL DE TUBARÃO - VITÓRIA/ES

Brasília

2019

1 INTRODUÇÃO

Neste capítulo introdutório serão apresentadas as características do porto/terminal hidroviário em estudo.

O Terminal de Tubarão, inaugurado em 1966, é um terminal graneleiro do Porto de Vitória, no Espírito Santo, controlado pela Vale S.A. É o segundo maior porto de exportação de minério de ferro do Brasil e permite o acesso de navios graneleiros de grande porte (G1, 2016).

1.1 Localização

Localizado próximo ao Porto de Vitória, no estado do Espírito Santo, o Terminal de Tubarão ocupa uma área de 18 km2, com quatro terminais marítimos: minério de ferro, praia mole, produtos diversos e granéis líquidos. É usado para movimentar minério de ferro e pelotas, carvão, grãos e fertilizantes e líquidos a granel (Vale, 2017).

Figura 1: Estrada de Ferro Vitória a Minas

Fonte: Vale Ferrovias, 2008.

Figura 2: Mapa aéreo do Terminal de Tubarão.

Fonte: Google Maps, 2019.

Na figura 2 pode-se observar os quatro terminais, sendo os Pier’s 1 e 2 exclusivos para carga e descarga de minério de ferro. Além da movimentação de minério de ferro, também fazem parte do Complexo o Terminal de Praia Mole (TPM), que atua na movimentação de carvão mineral, coque e manganês; o Terminal de Granéis Líquidos (TGL), onde são desembarcados combustíveis; e o Terminal de Produtos Diversos (TPD), responsável pela movimentação de grãos e fertilizantes (Vale, 2017).

O Terminal de Praia Mole é especializado em operações de descarga de granéis, principalmente combustíveis sólidos. É o maior terminal desse segmento no Brasil e atende às principais indústrias siderúrgicas, sendo os principais produtos o carvão mineral, coque de petróleo e coque metalúrgico (VLI, 2017).

1.2 História

A construção do terminal de Tubarão, segundo o G1 (2016), começou quando a Vale ainda era Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), antes da privatização da estatal, em 1962, ano em que foram assinados os primeiros contratos de longo prazo para fornecimento de minério de ferro para o Japão e a Alemanha, e sua construção foi totalmente paga com recursos do tesouro nacional.

O Porto de Tubarão se constituiu num projeto pioneiro - concebido por Eliezer Batista - que contribuiu para criar um novo processo logístico mundial no transporte de granéis sólidos e líquidos.

A história do porto no estado começa em 1996, com a transferência das atividades portuárias da Vale dos cais de Atalaia e Paul, em Vila Velha, para um novo local, capaz de atender à crescente demanda da época por minério de ferro.

Em operação desde 1996, em 2016 o terminal de Tubarão recebeu investimentos investimentos estruturais e revisões nos processos de manuseio dos graneis sólidos, com o objetivo de bloquear a fuga de material nas operações de carregamento e descarregamento das embarcações (Vale, 2017).

1.3 Órgão Gestor Responsável

O Terminal de Tubarão é administrado pela Vale, responsável também pelos serviços logísticos e investimentos no local. No Regulamento do Complexo Portuário de Tubarão e Praia Mole (Vale, 2016), está disponível o histograma da administração do Complexo, que demonstra Vale S/A, na condição de autorizatária doComplexo Portuário, dentro dos limites da autorização; cuja Autoridade Marítima: é a Marinha do Brasil; através de Contrato de Adesão (instrumento que formaliza a autorização para a exploração indireta, pela Vale S/A, das instalações portuárias do Complexo Portuário); detendo DES – Abreviação de Direitos Especiais de Saque, a unidade monetária do Fundo Monetário Internacional; e ETA: tempo estimado de chegada ao Complexo Portuário (estimated time of arrival).

1.4 Cargas transportadas e empresas

De terminal marítimo, nos anos 1960, Tubarão transformou-se em um complexo industrial onde foram construídas sete usinas pelotizadoras, duas das quais permanecem paradas. Uma oitava está em construção. O Terminal de Tubarão serve exclusivamente para a exportação de minério de ferro e pelotas e conta com três píeres para atracação de navios, um dos quais apto a receber os Valemax, mineraleiros com 400 mil toneladas de capacidade. Um estudo da Universidade de São Paulo (USP), de 2009, apontou Tubarão como o porto mais eficiente do mundo para embarque de minério de ferro. Mas Tubarão abriga ainda o Terminal de Praia Mole (TPM), com dois berços, por onde é importado 70% do carvão consumido pelas siderúrgicas brasileiras. Também opera no local o Terminal de Produtos Diversos (TPD) com um píer para embarque de grãos e outro para as importações de fertilizantes. O porto tem ainda um Terminal de Granéis Líquidos (TGL), que atende à Petrobras. 

Segundo o boletim portuário da ANTAQ (2012) o Terminal de Uso Privativo (TUP) Tubarão–ES movimentou 110,6 milhões de toneladas de cargas no ano de 2012, sendo a instalação portuária que mais movimentou carga no país. Especialista na movimentação de minério de ferro, tal produto representou 93,19% de todas as operações do terminal.

De acordo com o Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil (2017), em estudo sobre a movimentação de cargas nos portos e terminais brasileiros no período de 2010 e 2016, além das operações realizadas pela mineradora Vale no complexo de Tubarão, as principais empresas que utilizaram o Terminal foram ArcellorMital, com transporte de aço e Petrobrás, com transporte de petróleo.

1.4.1 Curiosidade

O Complexo de Tubarão opera com cinco viradores de vagões com capacidade de descarga de 7 mil toneladas cada um. Ao todo, são 350 toneladas descarregadas por dia. O terminal opera durante 24 horas e é responsável pela exportação de mais de 150 milhões de toneladas de minério por ano (Vale, 2017).

Com a intenção de melhorar a eficiência logística do Terminal, a empresa autorizatária informa as melhorias realizas no terminal, como mostrado na figura 3 abaixo.[pic 1]

Figura 3: Melhorias realizadas no Terminal de Tubarão em 2016.

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