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OA MATERIAIS TATEIS

Por:   •  2/5/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.658 Palavras (7 Páginas)  •  84 Visualizações

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ALINE NASCIMENTO DOS SANTOS

Ensino Matemático para Alunos com deficiência visual: Gráficos Estatisticos

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Rio de janeiro 2019

  1. INTRODUÇÃO

    No primeiro semestre do ano de 2017, iniciei a matéria de praticas de ensino de estágio supervisionado em matemática I. Pensando no aumento de alunos inclusivos na sala de aula, decidi fazer meu estágio em uma escola inclusiva, buscando agregar conhecimento na área. Pois é uma grande “aventura” para a maioria dos educadores, quando dentro de uma sala de aula lidam com um aluno com deficiência, por não saber como lidar ou até mesmo porque não tem o conhecimento necessário para lidar com o aluno. Analisando todos os estudos de inclusão, ingressei o estágio no Instituto Benjamin Constant.

“As escolas inclusivas propõem um modo de se constituir o sistema educacional que considera as necessidades de todos os alunos e que é estruturado em função dessas necessidades. A inclusão causa uma mudança na perspectiva educacional, pois não se limita a ajudar somente os alunos que apresentam dificuldades na escola, mas apoia a todos: professores, alunos, pessoal administrativo, para que obtenham sucesso na corrente educativa geral.”(MANTOAN,1997,p.121)

O Instituto Benjamin Constant nasceu do sonho de um adolescente chamado José Álvares de Azevedo que, em 1850, decidiu iniciar uma verdadeira cruzada no Brasil em prol das pessoas que fadadas à exclusão social pelo fato de não enxergarem.

Atualmente, o Instituto Benjamin Constant, localizado na zona sul do Rio de Janeiro, é mais do que uma escola que atende crianças e adolescentes cegos, surdo cegos, com baixa visão e deficiência múltipla; é também um centro de referência, a nível nacional, para questões da deficiência visual, capacitando profissionais e assessorando instituições públicas e  privadas nessa área, além de reabilitar pessoas que perderam ou estão em processo de perda da visão.

Ao longo dos anos, o IBC tornou-se também um centro de pesquisas médicas no campo da Oftalmologia, possuindo um dos programas de residência médica mais respeitados do País. Através desse programa, presta serviços de atendimento médico à população, realizando consultas, exames e cirurgias oftalmológicas.

O Instituto é comprometido também com a produção e difusão da pesquisa acadêmica no campo da Educação Especial. Através da Imprensa Braille, edita e imprime livros e revistas em Braille, além de contar com um farto acervo eletrônico de publicações científicas, segundo o site do instituto.

O sistema braile, Criado por Louis Braille em 1825, na França, é conhecido universalmente como código ou meio de leitura e escrita de pessoas cegas. Baseia-se na combinação de 63 pontos que representam as letras do alfabeto, os números e os símbolos gráficos. A combinação dos pontos é obtida pela disposição de seis pontos básicos, organizados espacialmente em duas colunas verticais com três pontos à direita e três à esquerda de uma cela básica denominada cela braile, desde sua criação passou por várias adaptações.

  1. DELIMITAÇÃO DO TEMA

“A educação especial deve garantir os serviços de apoio especializado voltado a eliminar as

barreiras que possam obstruir o processo de escolarização de estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.”(Artigo2.Decreto n°7.611)

     Pensando na importância que o  material didático na vida do aluno, o quanto cada detalhe durante a sua elaboração faz a diferença e pela falta de materiais relacionados a gráficos, decidi falar sobre a elaboração do mesmo.

     Na aula avaliativa do período de estágio, o professor regente comunicou que seria abordado o conteúdo sobre o estudo de gráficos estáticos e pensou em como planejar aulas que criassem oportunidades para os alunos da turma se compreendessem o conteúdo. Se o aluno for capaz de construir e visualizar um gráfico, facilitará a sua compreensão do conceito sobre a leitura e interpretação de gráficos. Pensando nessa hipótese, começou a procura de um material pedagógico adequado para estimular os alunos cegos nessa aprendizagem.

“Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais: I – currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades.”

  1. DEFINIÇÃO DO PROBLEMA

Através de nosso trabalho junto ao DPME(departamento de produção de material especializado), percebemos que organização de dados em forma de gráficos apresentam dificuldades para o aluno deficiente visual, gerando alguns questionamentos. No seu cotidiano ele se depara com gráficos? Os recursos disponíveis para a escrita braile facilita a elaboração de gráficos? Como é o modo de leitura táteis de cada aluno? Quando passamos um material com gráfico para a escrita braille, fica igual? Onde através dos estudos e elaborações sem sucesso, tiramos as conclusões de que, ele não tem acesso os gráficos encontrados facilmente nos jornais. Mesmo quando as embalagens apresentam alguma informação em Braille, está resumida e em forma de texto. Os recursos disponíveis na escrita em Braille, tanto com o uso da máquina Perkins, quanto a escrita manual com reglete e punção, não oferecem facilidades para a escrita gráficos. Por exemplo, fazer um traço vertical é possível, porém, é muito trabalhoso e pouco funcional. No seu cotidiano é comum eles fazerem leitura táteis da esquerda para a direita, sendo assim os gráficos de maior compreensão são os verticais. Quando passamos uma apostila para braille, na adaptação, os gráficos não ficam conforme planejado. Dificultando a compreensão do mesmo.

Pensamos em uma atividade que fosse realmente inclusiva, e que usasse questões do cotidiano ou seja, da qual todos pudessem participar e compreender, em igualdade de condições. Começamos com a construção de um gráfico de colunas para representar a frequência do número de pessoas que foram multadas e gráficos sobre o meio de transporte mais seguro. Os eixos foram feitos com barbante ,vendido a metro em grandes armarinhos e lojas para artesãos e as barras ou setores foram feitas com a borracha EVA (etileno vinil acetato).Porém todo trabalho antes de se encaminhado para o aluno, passa pela avalição do DPME, cuja a avaliadora também  é cega. A primeira elaboração dos gráficos não obteve muito sucesso, pois não atendia aos critérios estabelecidos.Com isso foi realizado a segunda elaboração da atividade onde tivemos a total assistência e paciência pela DPME, onde primeiro e realizado a confecção e impressão dos gráficos, e logo depois é colocado as texturas e a tradução em braile. Os alunos deficientes visuais tocaram todo o gráfico, fazendo a leitura e interpretação e logo após responderam questões sobre o mesmo.

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