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Patologias em Pavimento Asfáltico

Por:   •  18/11/2021  •  Monografia  •  2.829 Palavras (12 Páginas)  •  262 Visualizações

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UNIVERSIDADE POTIGUAR

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

PATOLOGIAS EM PAVIMENTO ASFÁLTICO

CAIO VINICIUS S. M. CARVALHO

Docente: Prof. Ewerton Campelo Assis de Oliveira

NATAL/2020

TRABALHO PLANEJAMENTO VIÁRIO

1 INTRODUÇÃO

A construção civil é uma das áreas modeladoras de paisagens, utilizando recursos renováveis e não renováveis, desta forma, gerando o acumulo de resíduos sólidos e emissões de gases à atmosfera, prejudicando assim, o meio ambiente e qualidade de vida da população. Buscando minimizar esses fatores, os materiais utilizados na pavimentação asfáltica vêm sofrendo modificações ao longo dos tempos, objetivando uma adequação às atuais necessidades, tais como; resistência, durabilidade, qualidade, redução de custos (DI GIULIO, 2007).

O objetivo de uma rodovia é prover, de maneira segura, confortável e econômico, o transporte de pessoas e mercadorias. Embora, a construção de rodovias também influencia positivamente para a economia regional e abre novos horizontes para o desenvolvimento daquela região (CNT, 2014).

O Brasil possui cerca de 203.599 km de estradas pavimentadas, que são responsáveis por aproximadamente 65% da movimentação das cargas e 90% da movimentação de passageiros (CNT, 2014). Porém, a qualidade das vias nem sempre estão em padrões satisfatórios. Segundo a Confederação Nacional de Transportes (CNT), 62,1% de toda extensão avaliada apresenta algum tipo de deficiência no pavimento, na sinalização ou na geometria da via. Em 2018, 50% dos aproximados 106 mil quilômetros de rodovias apresentam defeitos, ou seja, a condição foi considerada como regular, ruim ou péssima (CNT, 2018a). Desta forma, a melhoria do sistema viário é urgente não apenas para quem exerce a atividade do transporte, mas para todos os setores da economia e da sociedade em geral, que dela dependem para alcançar níveis satisfatórios de desenvolvimento (CNT 2014).

Desta maneira, pode-se verificar que após um curto período de utilização, as patologias começam a se mostrar nas superfícies dos pavimentos, reduzindo a segurança, causando desconfortos e podendo gerar custos de manutenção para os veículos dos usuários. Os principais tipos de defeitos que ocorrem nos pavimentos são as trincas por fadiga e o acúmulo de deformação permanente nas trilhas de rodas. A ocorrência acentuada de deformação permanente nas trilhas de roda se dá, muitas vezes, devido à baixa resistência ao cisalhamento das misturas asfálticas, que depende da susceptibilidade térmica do ligante asfáltico e do esqueleto dos agregados minerais e do acúmulo de água que torna o asfalto altamente plástico, fazendo com que se deformem sob ação de pequenas cargas (Neves Filho, 2004).

De acordo com dados da CNT, os investimentos do governo brasileiro em pavimentação ainda estão muito abaixo do mínimo necessário. Estima-se que são investidos cerca de 2 bilhões de reais por ano para manutenção das rodovias federais, sendo que seriam necessários pelo menos cinco vezes esses valores anuais para manutenção total, tendo em visto que o importante papel que o transporte tem para o desenvolvimento econômico e para a integração nacional. O modal rodoviário também é responsável pela geração de empregos, melhor distribuição da renda e propicia ganhos econômicos para o país (CNT, 2016).

Visando reduzir os elevados gastos com manutenção, a deterioração prematura das estruturas deve ser evitada. Tais motivos levaram a inúmeras pesquisas e testes, que verificam as possíveis causas e principais tratamentos que devem ser aplicados para aumentar a durabilidade do asfalto das estradas. Desta forma, provocando desenvolvimento urbano, trazendo melhores condições de conforto e segurança, e reduzindo custos de manutenção futura.

2 PRINCIPAIS PATOLOGIAS NAS ESTRADAS BRASILEIRAS

No Brasil, cerca de 61% do transporte de cargas e mais de 90% dos deslocamentos de passageiros são feitos pelo modal rodoviário (CNT 2014), tornando a qualidade das rodovias importante para o desenvolvimento econômico do país. As rodovias são predominantemente compostas por pavimentos flexíveis ou asfálticos, em virtude do seu custo inicial e da facilidade construtiva em relação aos outros tipos de pavimentos, como o pavimento rígido. A estrutura é complexa, sendo constituída por camadas com diferentes funções que interagem entre si para garantir as características estruturais indispensáveis ao projeto (MIRELLA TALITHA, 2016).

De acordo com NOGAMI, J. S., VILLIBOR, D. F (1995), o desempenho das rodovias está diretamente ligado ao comportamento do ligante asfáltico, que precisa suportar todos os carregamentos provindos do trafego nas diferentes condições climáticas, e transferi-los para as camadas inferiores. Desta forma, se faz necessário a flexibilidade em temperaturas baixas para evitar as trincas térmicas no pavimento, da mesma forma que precisa ser rígido. Os defeitos podem se apresentar sobre a rodovia por diversos motivos, porém, erros de projeto e execução podem contribuir para o surgimento ou desenvolvimento de patologias que irão prejudicar a funcionalidade da rodovia., assim, serão definidos a seguir os principais problemas encontrados para esses tipos de pavimentos (CNT, 2018a). Portanto, é necessário entender como são causadas as principais patologias nos pavimentos asfálticos, como são causados e como evitar e prolongar a vida útil do pavimento. Segundo a Confederação Nacional de Transporte (CNT), as principais patologias nos pavimentos asfalticos são:  Fissuras, trincas transversais e longitudinais, trincas em malha tipo “couro de jacaré”, trincas em malha tipo “bloco”, afundamento plástico, afundamento de consolidação, ondulação ou corrugação, escorregamento, exsudação, desgaste, panela ou buraco e remendo.

2.1- FISSURAS

São pequenas fendas capilares no revestimento asfáltico que não causam problemas funcionais nem estruturais na rodovia. Elas podem ser posicionadas longitudinal, transversal ou obliquamente e são perceptíveis à vista de quem está a até 1,5 m de distância. A extensão das fissuras é inferior a 30 cm.  As principais causas das fissuras são má execução e dosagem do asfalto, compactação excessiva e excesso de finos ou material de enchimento.

2.2- TRINCA TRANSVERSAL


        
É uma trinca isolada em direção perpendicular ao eixo da via com extensão superior a 30 cm. Se a extensão for de até 100 cm, é denominada trinca transversal curta. Quando a extensão for superior a 100 cm, denomina-se trinca transversal longa. É um defeito funcional e dependendo do tamanho das trincas, podem causar irregularidades e defeitos estruturais, assim como o enfraquecimento do revestimento asfáltico. Adlinge e Gupta (2013) acrescentam que essas trincas são formadas em ângulos aproximadamente retos em relação à linha central da pista, sendo espaçados regularmente. As principais causas das trincas transversais, segundo o DNIT (2005), são contração da capa asfáltica que é causada, principalmente, por causa das baixas temperaturas ou ao endurecimento do asfalto; propagação de trincas nas camadas inferiores à do revestimento da estrada, envelhecimento do asfalto. Logo, verifica-se que as tensões geradas pelas rodas dos veículos não estão diretamente relacionadas com as trincas transversais, porém podem contribuir para uma maior degradação.

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