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RESENHA CRÍTICA DO ARTIGO: “A TEORIA EMERGENTE DE PRODUÇÃO”

Por:   •  22/4/2017  •  Resenha  •  581 Palavras (3 Páginas)  •  404 Visualizações

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RESENHA CRÍTICA DO ARTIGO: “A TEORIA EMERGENTE DE PRODUÇÃO”

Estratégia de produção: 20 artigos clássicos para aumentar a competitividade da empresa / Rafael Teixeira [et al.] – Porto Alegre: Bookman, 2014.

Discente: Luana Cigolini

                        

Neste artigo publicado em 1990, Peter Drucker tenta prever como será a fábrica “pós-moderna” de 1999. Para isso ele sintetiza os conceitos de Controle Estatístico da Qualidade (SQC), da nova contabilidade de produção, da “frota” ou organização modular do processo produtivo e da abordagem da fábrica como um sistema. Drucker afirma que ela será um produto desses quatro princípios e práticas que constituirão uma nova abordagem à produção.

O primeiro conflito a ser discutido é referente à afirmação do autor que a implantação do SQC aumenta o número de operadores na linha de produção, porém diminui o número de não operadores (profissionais da inspeção da qualidade, conserto de peças defeituosas e supervisores de primeira linha). O SQC não irá aumentar o número de operadores na linha e sim os manterá. O SQC ou CEP (Controle Estatístico de Processo) detectar desvios de parâmetros através das cartas de controle, reduzindo os custos de produtos defeituosos e por consequência dos custos. A empresa não necessariamente aumentará o número de operadores na linha, mas os manterá investindo em treinamento sobre as técnicas de qualidade que serão aplicadas.

O segundo conflito é com relação à nova contabilidade de produção. Este conceito foi desenvolvido na década de 1920 por Taylor e Ford, porém naquela época o cálculo dos custos de produção era muito limitado, restringindo-se basicamente à mão-de-obra como custo indireto e o restante dos custos de produção como diretos. Para a nova fábrica proposta por Drucker a análise de custos deverá ser muito mais abrangente que apenas mão-de-obra e matéria-prima, mas deverão englobar a análise minuciosa de diversos outros custos como, por exemplo, os custos gerados pelas sete perdas enumeradas por Shingo (1996).

O terceiro conflito gira em torno do dilema padronização versus flexibilidade. Henry Ford já afirmava em 1920 que era impossível ter flexibilidade a um baixo custo, só era possível ter a padronização a um baixo custo. Ainda é atual este pensamento de Ford, a grande maioria das empresas que proporciona flexibilidade agrega um preço mais elevado por isto, em função do maior custo de produção. Para a flexibilidade não incidir num aumento substancial dos custos é necessária uma reorganização do processo produtivo da empresa e da mentalidade dos operadores e gestores. Uma das propostas elucidada por Drucker é a reorganização do processo produtivo em módulos, proporcionando um equilíbrio entre padronização e flexibilidade. Certamente é um conceito que ainda gera resistência por todos – operadores, gerência e direção – visto que ainda nos dias atuais flexibilidade ainda é sinônimo de custo.

O quarto e último ponto de discussão é a abordagem da fábrica como sistemas. Para os gerentes e diretores administrarem sua fábrica como um sistema eles precisam ter um conhecimento amplo de toda a cadeia que envolve seu processo produtivo, desde o desenvolvimento de fornecedores até o serviço pós venda.

Com estes conceitos o autor conseguiu elucidar no desenvolver de seu artigo o que, para ele, seria uma fábrica ideal. Os quatro conceitos precisam estar integrados para que se consiga constituir uma nova abordagem à produção conforme foi proposto por Drucker. O autor não traz conclusão ao seu artigo, sendo que o mesmo é apenas conceitual.

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