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RESUMO DE INTRODUÇÃO A INTERPRETAÇÃO GEOFÍSICA

Por:   •  19/6/2021  •  Trabalho acadêmico  •  7.190 Palavras (29 Páginas)  •  114 Visualizações

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Universidade Federal do Pará - UFPa

Instituto de geociências - IG

Geofísica

Introdução a interpretação geofísica

Aluno(a): Lohana Eduarda Dos Reis Macedo

Matrícula: 201908340027

 Estratigrafia

Segundo o histórico da estratigrafia os primeiros a escreverem sobre o assunto foram Laurence L. Sloss e Harry E. Wheeler que, entre as décadas de 40 à 60, desenvolveram o conceito de que existiriam discordâncias entre as bacias sedimentares em bacias intracratônicas no território da América do Norte. Além disso, Sloss em 1963, descobriu seis sequências estratigráficas naqueles territórios sendo elas 4 do período Paleozoico, 1 do mesozoico e 1 do cenozoico, ele decidiu nomeá-las com nomes indígenas. Atualmente, com conceitos mais modernos, essas sequências são denominadas de supersequências.

Na sequência da história da estratigrafia, temos David E. Frazier em 1974, que descobriu a existência de ciclos durante a deposição e não-deposição de sedimentos pleistocênicos no Golfo do México, associando elas as mudanças glacioeustáticas em nível do ar. Ele também criou os termos “depositional complex”, este que seriam sedimentos relacionados geneticamente e limitados por inundações, e “depositional episode”, além de ter descoberto que durante de um rebaixamento no nível do mar, a plataforma ficava exposta e sujeita a erosão e dissecação.

 De acordo com conceitos contemporâneos, a estratigrafia é o ramo da geologia que faz o estudo de estruturas, composição química e mineralógica dos estratos, ou camadas de rochas estratigráficas com o intuito de determinar os eventos que sucederam sua formação, possibilitando a interpretação da história geológica. Além da sua organização em unidades mapeáveis distintas com base em suas propriedades, visando estabelecer sua distribuição e relação no espaço e sua sucessão no tempo. Dentre as informações obtidas a partir da descrição e análise das rochas estratificadas estão: o seu ambiente de formação, dados de clima da região em determinado tempo geológico, a datação de rochas e consequentemente a idade de um fóssil.

Os estudos na área da estratigrafia revolucionaram a perspectiva sobre a idade do planeta Terra, que na antiguidade acreditava-se possuir 6.000 anos, possibilitou um novo olhar também sobre os fósseis. Contribuiu em avanços para a biologia com os princípios da evolução darwiniana, com a criação da escala do tempo, um importante instrumento utilizado na geologia e na paleontologia, assim como em estudos de cunho econômico como a prospecção mineral e petrolífera. A estratigrafia evolui e se expande com novas concepções e aplicações no cotidiano, se mostra uma área promissora e que vem atraindo muitos interessados nos últimos anos.

Na estratigrafia existem alguns métodos e algumas classificações utilizadas nos estudos estratigráficos. São estes:

 

  • Litoestratigrafia: Estuda a composição e disposição de camadas sedimentares no espaço e no tempo. Chegando a um agrupamento das unidades em membros, que sucessivamente são agrupados em formações, seguindo de grupos. A relação espaço-temporal estabelecida pela litoestratigrafia, dita estratigrafia genética, engloba a geometria dos depósitos, assim como as descontinuidades que os delimitam, possibilitam correlacionar fácies equivalentes, que seriam pacotes de rochas com características distintas, sejam elas paleontológicas ou litológicos, porém se equivalem a uma mesma época paleogeograficamente falando.

  •  Sismoestratigrafia: É a base para a estratigrafia de sequências. A área da litoestratigrafia se expande e desenvolve principalmente no âmbito das pesquisas petrolíferas, este crescimento é atribuído ao uso de métodos geofísicos aplicados a estratigrafia genética, sendo os principais as diagrafias e a reflexão sísmica. A sísmica permitiu explicar a geometria dos corpos sedimentares, assim como sua a compreensão das suas relações espaço-temporais o que era inacessível numa região de afloramento, interpretações sedimentares em subsuperfície. Implicando dessa forma no desenvolvimento da mesma. A reflexão sísmica pode estar relacionada a discordâncias, contatos paraestratigráficos (óleo, água, intrusões, variações de fácies, etc.), limites de unidades, ruídos e distorções. As diagrafias possibilitam leitura composicional indireta das camadas, correspondem a um conjunto de registros de parâmetros e propriedades físicas dos sedimentos (resistividade, densidade, radioatividade natural, etc). Interpretação das fácies podem ser feitas posteriormente à correlação de amostras de testemunhos, ou amostras de calha de menor custo, com os picos dos sinais diagráficos.

  • A Sismoestratigrafia e a Estratigrafia de Seqüências

A seqüência genética de Galloway (1989)

  • Galloway apresentou critérios diferentes dos de Vail et al. (1977) no estabelecimento das seqüências, cunhando a denominação “seqüência genética”, que, ao contrário da seqüência deposicional, é limitada por superfícies de inundação máxima, que geram descontinuidades não- deposicionais nas porções mais distais das bacias durante as transgressões marinhas.

  • O crescente refinamento da Sismoestratigrafia serviu de base para o aparecimento da Estratigrafia de Seqüências, definida como “o estudo de estratos sedimentares dentro de um arcabouço limitado por significativas superfícies cronoestratigráficas formadas por discordâncias e suas conformidades relativas”. Tal refinamento foi agrupado na publicação especial da SEPM número 42 (Wilgus et al., 1988). A crescente integração entre dados sísmicos e de superfície ou de subsuperfície permitiu aplicar os conceitos e a nomenclatura da estratigrafia de seqüências no estudo de perfis de poços, testemunhos e afloramentos (Van Wagoner et al., 1990; Armentrout, Perkins, 1991).
  •  Bioestratigrafia: Foi criada pois um dos fundamentos da estratigrafia foi estabelecer uma escala do tempo geológico com base na utilização dos fósseis. Os fósseis não fornecem uma idade “absoluta” mas ainda são uma das melhores ferramentas para a cronologia relativa. Os fósseis estratigráficos são os organismos de grande extensão geográfica e de rápida evolução, são exemplos os trilobitas, os criptógamos vasculares, as amonites, etc. Eles permitem uma classificação de um estrato ou um terreno, pelo seu conteúdo biológico.
  • Magnetoestratigrafia: Consiste em uma técnica cronoestratigráfica que permite datar rochas sedimentares e vulcânicas. O campo magnético terrestre vigora no momento da deposição de sedimentos, e como consequência ocorre a imantação remanente natural as rochas sedimentares, que segue a direção do campo. Com isso as séries sedimentares fornecem a sucessão das inversões de polaridade do campo geomagnético, constituída por magnetozonas normais (com direção igual a do campo atualmente) ou magnetozonas inversas. O fornecimento de intervalos iguais de tempo independente do meio, e em função do fenômeno de inversão é o objetivo da magnetoestratigrafia.
  •  Cronoestatigrafia: É o ramo da estratigrafia que estuda a idade dos estratos rochosos em relação ao tempo. O termo geralmente é restrito a processos relacionados à deposição nos quais as propriedades de superposição estão presentes e, portanto, o registro histórico detalhado é acessível. Envolve o desenvolvimento de unidades e hierarquias cronoestratigráficas formalmente nomeadas e definidas, que compreendem o ICS, bem como classificações cronoestratigráficas regionais.
  • Cicloestratigrafia: Consiste no estudo dos padrões deposicionais cíclicos produzidos por processos tectônicos e climáticos, mas o papel principal ao qual ela se propõe é o de definir se os ciclos orbitais do nosso planeta têm ou não capacidade de deixar sua impressão nos sedimentos e se essa impressão pode ser separada, tanto dos ciclos e oscilações gerados de forma randômica, quanto das feições superpostas pela diagênese. Esses ciclos orbitais compreendem desde o ciclo diário, responsável pelos dias e noites, até os de oscilação e revolução do Sistema Solar na galáxia. Poderíamos incluir nessa definição, além dos ciclos orbitais, aqueles ligados às manchas solares, devido às fortes evidências de sua influência no clima.
  • Aloestratigrafia: É o estudo de unidades estratigráficas definidas por superfícies de descontinuidade que envolvem estas unidades e que permitem o seu mapeamento geológico.

Fatores Controladores do Preenchimento Sedimentar de uma Bacia

O preenchimento da bacia acontece a partir da: eustasia, a mudança do nível do mar em escala mundial em relação aos continentes, da tectônica, o ramo da geologia que se dedica à investigar a morfologia e associar as estruturas de tipos similares, realizando a sua classificação e agrupando elas em zonas ou regiões, na esperança de obter uma visão mais completa das estruturas maiores e das suas relações espaciais entre si, e do influxo de sedimentos. Da interação da eustasia com a tectônica resulta nas variações relativas do nível do mar, isso que segundo o paradigma da estratigrafia é o que controla o preenchimento sedimentar das bacias. Após cada um desses fatores acontecer ocorre a acomodação, esta que se for menor que 1 se torna uma progradação, se igual a 1 se torna uma agradação, e se maior que 1 se torna uma retrogradação.

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