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Responsabilidade Empresarial Socioambiental

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Por:   •  26/5/2013  •  Tese  •  1.414 Palavras (6 Páginas)  •  446 Visualizações

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Responsabilidade Social Empresarial é a forma de gestão que se define pela relação ética e transparente da empresa com todos os públicos com os quais ela se relaciona e pelo estabelecimento de metas empresariais compatíveis com o desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando recursos ambientais e promovendo a redução das desigualdades sociais.

Podemos dividir as empresas em três modelos: as que visam apenas o lucro (negócio); as que se colocam como organização social (satisfazendo interesses de um grupo de pessoas); as socialmente responsáveis (visam o lucro e se preocupam também com o social).

A importância e os benefícios da Responsabilidade Social

O termo Responsabilidade Social há alguns anos é pauta de discussões tanto sobre sua importância como o que realmente identifica uma ação desse tipo. Nesta entrevista, Giovanna membro do Conselho de Responsabilidade Social da FIEG, define conceitos e mostra ferramentas e cases que podem ajudar os profissionais de RH. Confira:

LG: O que seria Responsabilidade Empresarial Socioambiental (RS)?

Giovanna: É uma forma de gerir os negócios baseada na ética e transparência em que todas as partes interessadas (colaboradores, acionistas, fornecedores, comunidade, meio ambiente, etc.) saem ganhando e não apenas a empresa. É como se a empresa ganhasse um bolo e, ao invés de comê-lo inteiro, repartisse com todo mundo. E o chamado "ganha-ganha".

LG: Qual a diferença entre uma empresa ser socialmente responsável e ter práticas de responsabilidade social?

Giovanna: Ser socialmente responsável é sinônimo de perfeição e não há empresas (nem pessoas) perfeitas. Ha todo um aprendizado, um caminho a ser percorrido. O que existe são práticas de responsabilidade social, que nada mais são do que ações (pontuais ou continuadas) que beneficiam pessoas, o meio ambiente ou os dois.

LG: Qual a importância das práticas de Responsabilidade Socioambiental nas empresas tanto para as instituições como para seus funcionários?

Giovanna: Toda ação empresarial que visa beneficiar um público específico ou o meio ambiente, naturalmente atrai a simpatia das pessoas - o que é positivo para a imagem das instituições. Trabalhar em uma empresa que tem esta preocupação traz orgulho para os colaboradores, fideliza as pessoas e mantém os talentos.

LG: Existem leis que obrigam algumas empresas, acima de uma determinada quantidade, a terem planos de RS. Diante disso, as empresas que se preocupam com essa área fazem por acreditarem nos benefícios ou porque são obrigadas?

Giovanna: Sejamos sinceros: não existe bondade no mundo dos negócios. A razão de existir de uma empresa é gerar lucro e esta é a razão para a maioria das ações. Há profissionais que enxergam o benefício mútuo (tanto para a empresa como para o público beneficiado) e conseguem obter resultados muito positivos: mídia espontânea gerada pelos projetos apoiados, apoio e simpatia da sociedade, novos apoiadores para a causa escolhida etc.

LG: Muitas empresas não possuem um departamento ou setor que cuide exclusivamente de RS. Em muitas, a RS fica sob responsabilidade do RH. Como os profissionais de RH podem agir nesse contexto? (dê algumas dicas)

Giovanna: Acredito que o profissional de RH deva ter uma visão ampla, buscando o melhor para as pessoas – não somente para os colaboradores da empresa como para todas as demais, sejam elas da comunidade, fornecedores, clientes etc. É necessário ter a preocupação com o bem estar das pessoas, questionar sempre: “eu estaria feliz/ satisfeito se estivesse no lugar dessa pessoa”? Devemos ter a visão da empresa, mas também a visão das demais pessoas envolvidas. Este foco ampliado permite ao profissional de RH interagir com todas as áreas da empresa e propor valiosas contribuições. Além da visão diferenciada, é recomendável ler os conteúdos e materiais disponibilizados gratuitamente no site do Instituto Ethos. Leitura obrigatória para quem está começando no universo da Responsabilidade Social e para quem deseja se manter por dentro de tudo o que acontece.

LG: Como sensibilizar a direção da empresa para a importância dessa área? E como conseguir investimentos?

Giovanna: Números são sempre o que interessa para a alta direção. Mostrar a possibilidade de uso de incentivos fiscais também é uma boa opção.

LG: Como medir o investimento feito? Quanto do retorno obtido é positivo para o balanço social da empresa? Qualquer empresa pode fazer o balanço social ou existem limitações de tamanho?

Giovanna: O investimento feito só pode ser mensurado se houver indicadores. Do contrário, a melhor parte do trabalho fica perdida porque não se consegue mostrar. Todo retorno é útil para o balanço social da empresa, pois mostra transparência na comunicação. Os positivos mostram que estamos no caminho certo. E os negativos, mostram que estamos cientes destes impactos e que temos um logo caminho a percorrer. Para escolha dos indicadores pode-se optar por aqueles já existentes como os do IBASE ou GRI, ou ainda criar indicadores próprios, de acordo com as demandas e realidade da empresa.

LG: Como está a evolução do conceito e da prática de RS nas empresas atualmente? Houve evolução?

Giovanna: Houve evolução, pois cada vez mais empresas se preocupam com as questões socioambientais. Como exemplo podemos citar um trabalho feito pelo banco Santander. Durante quase três anos, o Programa Sustentabilidade na Prática realizou seminários e encontros com 1.483 empresas de vários setores para trocar conhecimentos sobre sustentabilidade. A metodologia escolhida previa a aplicação de um mesmo questionário semestralmente, nos três

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