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Sistema de Irrigação Localizada (gotejamento e microaspersão) para a cultura da bananeira

Por:   •  4/5/2016  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.632 Palavras (11 Páginas)  •  592 Visualizações

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OBJETIVO GERAL

Apresentar informações sobre o Sistema de Irrigação Localizada (gotejamento e microaspersão) para a cultura da bananeira mostrando seu baixo custo, eficiência, tecnologia simples, possibilitando melhoria no sistema de produção agrícola familiar ou micro empresarial.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

  • Apresentar os subsistemas de irrigação alternativos de captação e de aplicação para a cultura da bananeira;

  • Mostrar como funciona o sistema de Irrigação Localizada (gotejamento e microaspersão) bem como sua forma eficiente e seu custo;

  • Apresentar suas vantagens, diferenças e suas limitações.

INTRODUÇÃO

               Um dos importantes desafios da agricultura atual é o aumento da competitividade associada à preservação do meio ambiente. A água é o fator limitante para o desenvolvimento agrícola, sendo que sua falta ou excesso afetam fundamentalmente o desenvolvimento, a sanidade e a produção das plantas. Conforme relatado por Caruso (1998) a água doce própria para consumo humano e produção de alimentos não passa de 1% do total de água líquida encontrada no globo terrestre (97% é água salgada e 2% gelo).

              Segundo CARVALHO (2013) um sistema de irrigação é um conjunto de técnicas que visa distribuir água para as plantas cultivadas em quantidades adequadas para promover um desenvolvimento vegetal adequado, com mínimo de perdas.            

               Um adequado sistema de irrigação deverá ser capaz de propiciar ao produtor a possibilidade de fazer uso do recurso água com a máxima eficiência, aumentando a produtividade das culturas, reduzindo os custos de produção e, consequentemente, maximizando o retorno dos investimentos. Diversos métodos podem ser utilizados para aplicar água às plantas, devendo sofrer adaptações para atender às diferentes situações que podem ocorrer na prática.       

               Na irrigação por sistema Localizado a água é aplicada na superfície do solo próximo à região radicular com pequena intensidade e alta frequência (turno de rega pequeno), de forma a fornecer a quantidade de água necessária às plantas mantendo o solo sempre próximo à capacidade de campo (BERNARDO et al., 2006). Esse método de irrigação tem um consumo menor de energia e necessita de menos mão - de- obra para o manejo do sistema. Além disso, necessita de sistemas de filtragem para seu correto funcionamento e pode apresentar valores de eficiência de uniformidade da ordem de 85 a 95%. (MANTOVANI et al., 2009).

                A utilização dos sistemas localizados de microaspersão e gotejamento são os mais recomendados para a cultura da bananeira uma vez que apresentam uma maior eficiência no uso da água, menores perdas por evaporação, percolação e escoamento superficial, maior eficiência na aplicação de fertilizantes, melhor controle de pragas e doenças, adaptam-se a diferentes tipos de solo e topografia e propiciam à cultura maiores produtividades, pois permitem uma frequência de aplicação de água que resulta em menores variações na umidade do solo, principalmente para culturas sensíveis a déficits (BERNARDO, 2005)

                Observa-se a grande necessidade do uso racional da água para produção de alimentos diante de uma população mundial crescente. Na agricultura irrigada o recurso água é um dos fatores fundamentais. Como o mesmo tem se tornado limitante por causa da implementação de novas áreas irrigadas, ou por falta da disponibilidade de recursos hídricos ou ainda, por desperdícios de água, torna-se urgente a melhoria da eficiência de uso da mesma através de técnicas simples e eficientes para a irrigação.

METODOLOGIA

O presente estudo tem como referências metodológicas a pesquisa bibliográfica, este trabalho tem caráter explicativo tendo como ponto de partida a escolha de um sistema de irrigação no cultivo de bananeiras, apresentando possíveis soluções que podem contribuir para diminuição da quantidade de água gasta na aplicação dessas técnicas de irrigação e para minimização dos impactos ambientais (também foram adotados parâmetros como, vantagens, manutenção, planejamento e comparação desses sistemas de irrigação localizados em relação aos outros sistemas), onde este trabalho foi fundamental por pesquisa bibliográfica. Sendo o projeto o ponto ambiental, que por efeito colateral aponta os engenheiros como determinantes no seu processo de triagem. Os dados deste trabalho foram obtidos através de pesquisas bibliográficas. O desenvolvimento do trabalho consiste na área de educação ambiental para desenvolver a importância da consciência da sociedade, ressaltando técnicas nesse projeto que diminua o gasto de água quando comparados a outras formas de irrigação; desenvolvendo pesquisas que perpassam a temática deste estudo, fim de embasar, teoricamente a pesquisa bibliográfica, consiste na realização de um projeto da função do engenheiro na área ambiental. A revisão bibliográfica e referências possibilitam a fundamentação de todo o estudo deste trabalho.

USO DE AGUA E IRRIGAÇÃO

               A irrigação localizada compreende a aplicação de água em apenas uma fração da área cultivada, em alta frequência e baixo volume, mantendo o solo na zona radicular das bananeiras sob alto regime de umidade. A área mínima molhada deve ser de aproximadamente 1/3 da área sombreada (ou projeção da copa das bananeiras). A área de solo molhado exposto à atmosfera fica bem reduzida e, consequentemente, é menor a perda de água por evaporação direta do solo. A água aplicada por estes sistemas penetra no solo e se redistribui formando um bulbo molhado, cuja forma e tamanho dependem da vazão aplicada, do tipo de emissor, da duração da irrigação e do tipo de solo. A infiltração ocorre em todas as direções, porém, no sentido vertical é mais pronunciado quando o solo apresenta características arenosas. 

               Um sistema completo de irrigação localizada é composto das seguintes partes: emissores (gotejadores, microaspersores, microtubos), tubulações (linhas laterais, secundárias e de derivação) para distribuição da água e cabeçal de controle (conjunto motobomba, sistema de filtragem, injetores de fertilizantes, sistema de controle de pressão e vazão), além de acessórios e conexões indispensáveis para operação e manejo do sistema no campo.

               Os emissores são os dispositivos que controlam a saída da água, desde as linhas laterais, em pontos discretos e contínuos. Distinguem-se em miniaspersores (difusores ou microaspersores), gotejadores, mangueiras ou tubulações de gotejadores (tubo gotejador, mangueira porosa, mangueira perfurada). Os caraterísticas fundamentais que devem apresentar um emissor e que definem sua escolha consistem em vazão uniforme e constante, reduzida sensibilidade a obstruções, elevada uniformidade de fabricação, resistência a agressividade química e ambiental, estabilidade da relação pressão-vazão, reduzida perda de carga nos sistemas de conexão, resistência ao ataque de insetos e/ou roedores e, baixo custo de aquisição. Os emissores, dentro do custo total de um sistema, correspondem por 5 a 10 %. 

               

SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO E MATERIAIS DA TUBULAÇÃO

Em sistemas de irrigação localizada as tubulações são normalmente de polietileno (baixa e média densidade) e de PVC (linha principal), de acordo com a ordem de funcionamento. As Linhas laterais são as tubulações de última ordem no sistema, sobre as quais são conectados os emissores; devem ser dimensionadas de forma a permitir que os emissores distribuam a água com um adequado grau de uniformidade, minimizando a variação de vazão ao longo do seu comprimento; normalmente são de polietileno flexível de baixa densidade, com diâmetros internos de 10, 12,5 e 15 mm, em geral.

 As Linhas de derivação são tubulações que alimentam as linhas laterais; hidraulicamente são iguais a essas, pois são de múltiplas saídas; são dimensionadas e devem permitir uma pressão adequada no início de cada lateral, derivando a vazão necessária para cada uma delas.

As secundárias abastecem as de derivação; nem sempre são necessárias, entretanto, quando a área irrigada é grande, exigindo sua divisão em várias subnidades de irrigação, agrupam-se as subunidades que funcionam simultaneamente, alimentando-as com uma tubulação denominada linha secundária; o dimensionamento deve se basear em critérios econômicos, cujos diâmetros mais comuns são de 20 a 80 mm; podem ser de polietileno ou PVC.

 A Linha principal é a tubulação que conduz a água da motobomba, passando pelo cabeçal de controle, até as linhas secundárias; podem ser de PVC ou até mesmo de poletileno de alta densidade, dependendo das condições de pressão a qual será submetida.        

               A principal diferença entre os sistemas de irrigação localizada e outros sistemas, é que nos primeiros o balanço entre evapotranspiração e água aplicada é mantido em períodos compreendidos entre 24 e 72 horas (maior freqüência de aplicação). O gotejamento e a microaspersão são os principais representantes dos sistemas de irrigação localizada em uso comercial.

               

SISTEMA DE GOTEJAMENTO E MICROASPERSÃO

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