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Transportes Públicos Alternativos: Sistema BRT- Bus Rapid Transit

Por:   •  16/8/2021  •  Artigo  •  2.665 Palavras (11 Páginas)  •  127 Visualizações

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Transportes públicos alternativos: Sistema BRT- Bus Rapid Transit

CUNHA, Izabela Rosi Martins

GUIMARÃES, Thamiris Alves

MARQUES, Fernando de Araujo

MIRANDA, Tamara Vargas

PINHEIRO, Sarah

SILVA, Lucas Orlando Duarte

Resumo: O Brasil será palco de grandes eventos nos próximos anos, e as grandes metrópoles brasileiras correm contra o tempo para deixar uma boa impressão. Problemas cotidianos vivenciados pela população destes grandes centros urbanos vêm sendo tratados com prioridades. O transporte público é um dos assuntos que mais preocupam. Na capital de MG, Belo Horizonte, a situação não é diferente, e por esta razão, suas principais avenidas se tornaram um grande canteiro de obras nos últimos meses, com o objetivo de minimizar os problemas de mobilidade urbana. A Prefeitura Municipal está implantando o BRT, que ganhou repercussão internacional e nacional, por ser um meio de transporte que aponta de maneira objetiva, a agilidade de implantar um sistema rápido e de baixo custo para eventuais soluções do trânsito do nosso País, tendo em vista que já se encontra sendo operado em outros estados. Com suas vantagens e desvantagens o BRT vem acompanhado também de novas tendências, como VLT, monotrilho, expansão do metrô. Este artigo visa apresentar se o sistema BRT será a possível solução de transporte e melhoria para o trânsito de Belo Horizonte ou se precisará ser interligado a outro sistema.

Palavras-Chave: Sistema BRT, Mobilidade no trânsito, Viabilidade do projeto.

Introdução

Proposto como solução para os problemas de mobilidade urbana no município de Belo horizonte, o sistema BRT (Bus Rapid Transit) está em andamento e surge como esperança para àqueles que dependem de transporte público e também o utilizam atualmente, mas desejam que qualidade e transporte sejam conceitos integrados em prol de um trânsito menos caótico.

“A implantação dos sistemas BRT (Bus Rapid Transit) nas cidades brasileiras é sem dúvida um dos passos mais importantes para que o transporte urbano de passageiros seja realmente eficiente e em alinhamento com as expectativas da população. Originalmente concebidos, testados, operados e aprovados em Curitiba, Brasil, os sistemas BRT tornaram-se referências internacionais de transporte coletivo de alto desempenho, qualidade e baixo custo. (CREMA,2012.p.8)[1]

Como toda inovação vem acompanhada de dúvidas e incertezas, não é diferente com este novo projeto. Há aqueles que acreditam na eficiência do BRT, outros que duvidam e ainda aqueles que o consideram insuficiente.

São várias as opções para resolver o problema de mobilidade urbana no município de Belo Horizonte e, dentre estas opções temos o BRT, VLT (veículo leve sobre trilhos), monotrilho e o metrô, dentre essas opções foi escolhido o BRT, segundo o NTU (2012, apud Institute for Transportation & Development Policy – ITDP, 2008 Manual de BRT – Guia de Planejamento; 883 páginas; Brasília) “um sistema BRT custa de 4 a 20 vezes menos que sistemas de veículos leves sobre trilhos e entre 10 a 100 vezes menos que um sistema de metrô...” O projeto pode trazer grandes benefícios, porém pode ser insuficiente tendo em vista a situação do trânsito de BH. Este investimento pode ainda resolver temporariamente o problema, o que tornaria necessário outro projeto em um futuro próximo. Caso sejam necessárias obras complementares, este investimento custará ainda mais aos cofres públicos e ao final resultará em gasto ineficiente.

Como já existem no Brasil alguns municípios onde projetos semelhantes é realidade há anos, propomos avaliar se o BRT será mesmo a solução para o problema de mobilidade urbana, sua viabilidade ou se será necessário um complemento para que ele atinja seu objetivo.

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Fonte: Oliveira: 2009 p 11.

Situação atual do transito em Belo Horizonte

O trânsito é um dos principais focos para quem almeja uma boa qualidade de vida na região metropolitana de Belo Horizonte, portadora da 3ª maior frota de veículos do País, atrás somente de São Paulo e Rio de Janeiro, com 1,44 milhões em sua totalidade corresponde a 6,1 carros para cada grupo de 10 habitantes, em comparação com as outras cidades que apresentam índices menores, São Paulo 5,9 e no Rio de Janeiro 3,5, em comparação o resultado é um trânsito cada dia mais caótico.

        Dados do IBGE demonstram que o aumento no número de veículos foi de 108,5%, sendo maior que a média nacional de 90%, o maior entre as principais cidades do país, e esta tendência é aumentar, sobretudo por causa de políticas de incentivo fiscal e facilidades para compra e financiamento de veículos.

        As políticas de mobilidade e o investimento em obras estruturantes estão longe de acompanhar a velocidade de multiplicação da frota. A tendência é de crescimento acelerado, entretanto, como conseqüência, a infraestrutura oferecida não acompanha esse aumento, mesmo com investimentos exorbitantes.

Meios de transporte como solução

        O caos da mobilidade urbana das grandes capitais brasileira exige das autoridades públicas respostas imediatas para solução dos problemas e coloca em dúvidas sobre qual é o meio de transporte em cada caso, considerando-se o custo do projeto, o tempo para execução das obras, eficiência no transporte de passageiro e os fatores ambientais.

Metrô

O metrô é um meio de transporte sobre trilhos muito usual em grandes centros urbanos, por ser altamente eficiente não disputa espaço com outros meios de transporte e é movida a eletricidade, sendo assim, um meio de transporte não poluente.

De acordo com Oliveira (2009), o metrô tem capacidade de transporte de até 80 mil passageiros por hora e sentido. Trata-se de um meio de transporte rápido e sua velocidade média varia entre 40 e 90 km por hora. O metrô pode ser um meio de transporte altamente confortável, principalmente pelo fato de parar apenas em estações reduzindo o tempo de trajeto. Sua interferência no trânsito é mínima e não concorre com demais meios de transporte, reduzindo assim o caos do trânsito. O custo de desapropriação para sua implantação é médio em relação aos demais meios de transporte. Sua interferência no trânsito durante a execução das obras de implantação é baixo, pois ele não é construído em vias públicas. Por sua agilidade, o metrô é um meio de transporte de passageiros que possui uma alta capacidade de atrair usuários de carros. Este último quesito é importante para a mobilidade urbana uma vez que, atraindo usuários de carros, há uma melhora considerável do trânsito. Já um meio de transporte que não tem esta eficiência não contribui consideravelmente para a melhoria.

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