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Tratramento De Efluentes

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Por:   •  11/11/2014  •  1.663 Palavras (7 Páginas)  •  249 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O tratamento de efluentes industriais consiste em uma série de processos físicos, químicos e biológicos para eliminar os contaminantes presentes. O objetivo é produzir água limpa ou reutilizável e resíduos sólidos, também chamados de lodo, que podem ser usados como matéria-prima para outros processos. Há dois tipos de efluentes: o esgoto doméstico e o que é resultado da atividade industrial. Os efluentes industriais variam de acordo com o tipo de produção das empresas e podem conter óleos diversos, metais pesados, entre outros. Como os efluentes industriais são altamente poluentes, precisam ser tratados antes de voltarem ao meio ambiente.

Tratamento de Efluentes em indústrias.

• Toda indústria é obrigada a ter uma estação de tratamento de efluentes, ou seja, dos resíduos de seu processo produtivo antes de devolvê-lo ao sistema de águas e esgotos do município, onde se localiza (podem variar de uma lagoa ou tanque de retenção, até sofisticadas composições com várias fases de processo).

Estar adaptado às demandas da globalização, por parte das empresas, não significa apenas manter o mesmo nível de competitividade econômica e produtiva do mercado atualmente, significa também ir de encontro às demandas ambientais voltadas ao mundo corporativo. Nesse contexto, o segmento industrial é o principal gerador de resíduos do planeta, seja qual for a atividade desenvolvida. De acordo com o Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, em seu artigo 48, “impacto ambiental é qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas”. Esse cenário se enquadra também quando falamos dos lodos gerados pelas atividades industriais e Estações de Tratamento de Esgoto (ETE), principalmente no Estado de São Paulo, onde se encontra a maior parte das indústrias e população urbana do país.

Atualmente, grande parte desse tipo de resíduo é destinado para aterros sanitários, porém, com a pressão das diretrizes e metas estipuladas pela Política Nacional de Resíduos Sólidos, as empresas passaram a buscar alternativas ambientalmente responsáveis para que esse resíduo seja processado de forma apropriada antes da destinação final. Vale ressaltar que sem a intermediação de um processo ambiental, o material representa graves riscos à saúde e ao meio ambiente, pois em sua composição há a presença de micro organismos patogênicos e, em alguns casos, metais pesados. Alternativas de tratamento do lodo: um desafio a ser enfrentado

O lodo é, basicamente, uma mistura de substâncias que contém minerais, colóides e material orgânico decomposto. De forma geral, o material pode ser classificado em duas categorias: orgânico e inorgânico. Seu tratamento adequado depende de fatores como tecnologia, disposição final e espaço físico disponível, uma vez que cada uma dessas variáveis pode alterar as características físicas, químicas e biológicas do lodo.

De caráter complexo, o tratamento do lodo tem basicamente dois objetivos: a redução de volume e a estabilização de matéria orgânica. Todos os sistemas de tratamento de esgotos geram resíduos: escuma, material gradeado, areia, lodo primário e lodo secundário. A disposição desses subprodutos depende do teor de sólidos presente nos resíduos, já o material gradeado, a escuma e a areia devem seguir para disposição final em aterro sanitário.

Por sua vez, os lodos primários e secundários necessitam de tratamento antes da disposição final. É a resolução 375, de 30 de agosto de 2006, do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) que define os critérios a serem seguidos para a utilização do lodo. Os tipos de tratamento são baseados em consonância com o objetivo pretendido, mas estão divididos em adensamento, estabilização, desaguamento, secagem térmica e incineração.

Vale ressaltar que a destinação final dos resíduos dos sistemas de tratamento de esgoto e água (como é o caso do lodo) é um verdadeiro desafio para os países, tanto do ponto de vista técnico quanto do econômico. O processo, segundo o Programa de Pesquisas em Saneamento Básico (Prosab) é complexo, além de representar 20% a 60% dos custos de operação de uma ETA/ETE (estação de tratamento de água ou de esgoto). Retomando a informação da introdução, como apenas cerca de 40% do esgoto produzido no país recebe o correto tratamento, as perspectivas de aumento na geração lodo são ainda maiores, o que agrava a problemática. Possibilidades de destinação: o que fazer com o lodo?

Em um contexto de crescimento demográfico e a maior demanda por recursos hídricos e o tratamento de efluentes, a preocupação acerca do que fazer com os resíduos do processo, o lodo, também cresce de maneira proporcional. Subprodutos que podem trazer prejuízos ao ecossistema e à saúde, os lodos, se submetidos a tratamento, podem ser destinados para as mais diversas funções.

Nesse quadro, uma das destinações mais nobres é o uso para a produção de fertilizantes orgânicos para a agricultura, visto que o lodo é rico em matéria orgânica. Tijolos cerâmicos, concretos, combustíveis, dentre outros, estão entre os produtos que também podem usar o lodo industrial ou lodo sanitário como matéria-prima. Cumpre notar que há ainda tecnologias que aproveitam o lodo como fonte de energia térmica e elétrica, e as cinzas provenientes da queima do material, graças ao alto teor de fósforo em sua composição. Confira como o lodo industrial e sanitário pode ser tratado.

Os métodos de tratamento podem ser:

Compostagem: processo natural de tratamento de resíduos orgânicos através da atividade de microrganismos aeróbios presentes nos próprios resíduos;

Digestão anaeróbia: tratamento por decomposição que gera biogás, sendo que as sobras de resíduos sólidos podem ser tratadas para formar composto orgânico;

Digestão aeróbia: modalidade para pequenas instalações, onde as bactérias aeróbicas sofrem fermentação, transformando-se em acetato, que irá produzir metano;

Incineração: os resíduos são queimados a uma temperatura de 1200º graus durante o processo, reduzindo o volume e aproveitando a produção de calor e energia.

Todos essas formas de destinação apontam para caminhos diferenciados em relação a destinação do lodo para os aterros sanitários. Com os avanços da tecnologia ambiental e a atual oferta de soluções

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