UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS CAPANEMA

RELATÓRIO: VISITA TÉCNICA A INFRAERO

CAPANEMA-PA

2018

ELIAS VIANA DE OLIVEIRA NETO

MAYKON MASAO YANO TANIYAMA

CARLOS AUGUSTO DE SOUSA ARAÚJO NETO

RELATÓRIO: VISITA TÉCNICA A INFRAERO

Trabalho apresentado para as Disciplina de Tratamento de efluente, orientado pela professora Dr. Mariane Furtado Goncalves, na turma do 7º semestre do curso de Engenharia Ambiental e Energias Renováveis da Universidade Federal Rural da Amazônia, Campus Universitário de Capanema.

CAPANEMA-PA

2018[pic 3]

1. Introdução

Os efluentes constituem atualmente uma das maiores problemáticas para o meio ambiente e a humanidade, uma vez que, na maioria das vezes, não possuem tratamento adequado e são despejados em corpos hídricos, carreando para este local todos resíduos fluidos indesejáveis. Os efluentes podem ser caracterizados como industriais ou doméstico, dependendo do local no qual ele provém que afetará, consequentemente, o tipo de tratamento e diversidade de poluentes.  

As águas residuárias não recebem tratamento adequado e na maioria dos centros urbanizados ele é inexistente, causando grandes poluições em rios e afluentes. Já que os efluentes domésticos são os grandes responsáveis por contaminação por bactérias, principalmente por coliformes presentes nas fezes humanas, e contaminação por substâncias orgânicas recalcitrantes, enquanto que os efluentes industriais promovem a contaminação por compostos orgânicos e inorgânicos, como metais pesados (ARCHELA et al, 2003).

Tendo em vista esses fatores, o tratamento de efluentes estão diretamente ligados a preservação ambiental, promovendo a remoção de impurezas geradas. O tratamento ideal para cada tipo de efluente é indicado de acordo com a carga poluidora e a presença de contaminantes. Existem vários tipos de tecnologias usadas para esse fim, mas os principais tipos de tratamentos de efluentes resumem-se em três: tratamentos primários, secundários e terciários.

Quanto às normas ambientais pertinentes aos aspectos de qualidade da água e efluentes, destaca-se a Resolução CONAMA 357/05, que dispõe sobre a classificação dos corpos d’água e define critérios de enquadramento de acordo com o uso da água, baseando-se nos níveis de qualidade necessários para atender às necessidades das comunidades. A Resolução CONAMA 430/11 dispõe sobre condições e padrões de lançamentos para os efluentes em geral e especificadamente para efluentes.

        Mediante esses fatores, este trabalho tem como objetivo relatar a visita técnica da turma de Engenharia Ambiental e Energias Renováveis do sétimo semestre feita a estação de tratamento de efluente da INFRAERO em Belém-PA, bem como outros programas ambientais da empresa, como o manejo de resíduos sólidos.

1. Metodologia

A visita ocorreu no dia 13/09/2018, com saída da Universidade Federal Rural da Amazônia as 6 horas e chegada a INFRAERO as 9 horas, sob orientação da professora Mariane Furtado. A INFRAERO está localizada a 12 km do centro da cidade, sob condições de aeroporto Internacional de Belém – Val-de-Cans – Júlio Cezar Ribeiro, que movimenta, diariamente, uma média de 9.112 passageiros, 112 voos e 67.940 kg de carga aérea (INFRAERO, 2018).

1. Resultado e Discussão

A visita foi monitorada pela bióloga Lorena Almeida, gestora ambiental da empresa. De acordo com a mesma, a INFRAERO dispõe atualmente de uma política ambiental formal, contando 10 programas ambientais, dentre os quais tem-se: monitoramento da fauna dentro dos aeroportos, visando gerenciamento de risco de colisões entre fauna e aviões; gerenciamento de RS do aeroporto; manejo de efluente; água, visando sua economia; sustentabilidade; monitoramento do ar, com foco nas emissões atmosféricas; monitoramento do ruído; programa de educação ambiental; e energia. Desses, o foco está voltado para estação de tratamento de efluente (ETE) encarregada de realizar todo o tratamento dos resíduos líquidos gerados no aeroporto e no gerenciamento dos resíduos.

1.  A INFRAERO e o tratamento de efluentes

A estação de tratamento de efluente da empresa utiliza o tratamento anaeróbico, com lodo ativado, para tratar todo efluente gerado no aeroporto (Imagem 1). A ETE conta, primeiramente, com tratamento preliminar, utilizando gradeamento (Imagem 2).

Imagem 1: Estação de tratamento de efluente da INFRAERO

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Fonte: Autores

Imagem 2: Tratamento preliminar da ETE

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Fonte: Autores

Após passar pelo tratamento preliminar o efluente é encaminhado para o tanque de aeração com capacidade de 360 (Imagem 3), por meio do qual começa tratamento secundário, onde vai acontecer as reações e os processos de biodegradação ou depuração da matéria orgânica presente no esgoto.  O sistema de aeração é o responsável por fornecer oxigênio necessário para que ocorram essas reações (Imagem 4).[pic 6]

Imagem 3: Tanque de aeração

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Fonte: Autores

Imagem 4: Sistema de aeração

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Fonte: Autores

Passado esse processo, o efluente é encaminhado para um decantador secundário, para sedimentação dos sólidos suspensos (Imagem 5). Posteriormente, o efluente é encaminhado para o processo de desinfecção, onde eles utilizam uma dosagem com quantidade e tempo de reposição pré-estabelecida de cloro. Para diminuir a velocidade de escoamento da água no processo de desinfecção a ETA conta com chicanas, que constituem um conjunto cortinas de concreto horizontais que dificultam o fluxo do líquido (Imagem 6).

Imagem 5: Decantador secundário

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Fonte: Autores

Imagem 6: Chincanas

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Fonte: Autores

Na etapa final o efluente já tratado é encaminhado para calha Parshall (Imagem 7), onde será medido a vazão, um dos parâmetros de monitoramento estabelecidos pela norma vigente. Segundo a Lorena, a vazão diária chega em torno de 190 . Ao final, o efluente tratado é despejado no corpo hídrico conhecido como rio Val de Cans.  Para atender a norma vigente, a empresa ainda faz monitoramento constante de alguns parâmetros de qualidade da água em cinco pontos do rio.[pic 11]

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