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Sistemas De Indicadores De Sustentabilidade: Aplicação Do Ecological Footprint Method No Curso De Bacharelado Em Administração Da Universidade Federal Rural De Pernambuco (UAST) Em Serra Talhada.

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Por:   •  18/9/2013  •  2.872 Palavras (12 Páginas)  •  664 Visualizações

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Sistemas de Indicadores de Sustentabilidade: aplicação do Ecological Footprint Method no curso de bacharelado em administração da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UAST) em Serra Talhada.

Referencial Teórico

1. Mensurando a sustentabilidade

Por que a sustentabilidade é imensurável? Por que em primeiro lugar não existe uma definição universalmente aceita sobre sustentabilidade que possa ser aplicada a todas as situações e que não seja excessivamente genérica e pouco precisa. Em segundo lugar, as estatísticas disponíveis sobre o tema ainda são insuficientes para dar conta desse objeto, mesmo adotando-se definições mais restritas do que seja sustentabilidade.

1.1 O que é sustentabilidade?

Sustentável é o que pode ser mantido. Em ecologia, pode-se dizer que todo sistema tem algum grau de sustentabilidade ou resiliência, que pode ser entendida, a grosso modo, como a capacidade do ecossistema de enfrentar perturbações externas sem comprometer suas funções.

Pela economia, a preocupação com a sustentabilidade surge da discussão de como sustentar o crescimento no longo prazo – premissa conhecida como “critério de Solow”. Para isso é necessário que o estoque de capital total seja mantido constante. O conceito de capital aqui se referindo a tanto o capital natural exaurível quanto o capital reprodutível.

Comumente, os recursos naturais são apresentados como sendo renováveis ou não-renováveis. Esta divisão, embora correta, nos induz a pensar que nossa preocupação deva ser apenas com os recursos não-renováveis, o que é incorreto, pois ambos são exauríveis. Para ambos os casos é fundamental saber quanto o volume do fluxo compromete o nível de estoques e também saber qual seria o estoque mínimo desejável ou imprescindível. Segundo Ekins (1992) e Ekins ET AL. (2002) existem quatro tipos de capital: manufaturado, humano, social/organizacional e natural. O estoque de cada um gera um fluxo de serviços que serve de insumos para o processo produtivo e está associado a algum tipo de sustentabilidade. Capital reprodutível pode ser considerado genericamente como “todas as formas de capital, manufaturado, humano ou natural, passíveis de reprodução”.

Segundo Berkes e Folke (1994), citado em England (2006), o capital natural abrangeria recursos não-renováveis extraídos de ecossistemas, recursos renováveis produzidos e mantidos por ecossistemas e serviços ambientais. Segundo Ekins ET AL. (2002) são quatro as funções do capital natural: prover matérias-primas para a produção; absorver os resíduos gerados pela produção e pelo consumo; prover as funções básicas que tornam possível a vida na terra; e geração de serviços e amenidades. O capital natural crítico pode ser definido como a parte do ambiente natural que desempenha funções importantes e insubstituíveis.

Para a economia ecológica, a sustentabilidade do capital natural é de essencial importância, pois é ela que garante a existência da vida humana na Terra. O objetivo a se buscar então é definir os níveis críticos de capital natural e a partir daí os fluxos necessários à sua manutenção. Assim, os indicadores mostrariam se estamos ou não nos aproximando desse nível crítico.

1.2 O que é desenvolvimento sustentável?

A definição mais usual de desenvolvimento sustentável (DS) é a do Relatório Brundtland, segundo o qual “o desenvolvimento sustentável é aquele que atende as suas necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem a suas próprias necessidades”. Essa definição é conservadora e mais utilizada na dimensão ecológica. Por ser muito genérica, teve grande aceitação em virtude das múltiplas leituras que oferece, mas, por exemplo, não se incluem aí quais seriam as necessidades da geração, além das inúmeras particularidades do tema nas mais variadas culturas e nações.

Essa definição toca num ponto chave que é atender as necessidades (mínimas?) da população e não comprometer a disponibilidade de recursos para as gerações futuras. Normalmente aborda-se o tema sustentabilidade analisando suas inúmeras dimensões reduzindo-as aos três pilares – social, econômico e ambiental – ou até o quarto pilar – o institucional.

1.3 O que são estatísticas e indicadores

A melhor maneira de introduzir esse tema é pela abordagem da pirâmide. Na base da pirâmide temos um oceano de informações (dados primários) dos quais virá um subconjunto, as estatísticas. Os indicadores são um subconjunto das estatísticas e caminhamos assim até chegarmos a um índice sintético, que pode ser entendido como uma agregação de indicadores.

Hammond et AL. (1995) apud Bellen (2001).

O grande funil da pirâmide e o grande desafio da sociedade e dos órgãos produtores de estatística é a transformação de informações dispersas em questionários e registros administrativos.

Retirado do livro de Bellen (2005):

O termo indicador é originário do latim indicare, que significa descobrir, apontar, anunciar, estimar.

A definição de McQueen e Noak (1998), trata de um indicador como uma medida que resume informações relevantes de um fenômeno particular ou substituto dessa medida.

Para a OECD (1993), um indicador deve ser entendido como um parâmetro, ou valor derivado de parâmetros, que apontam e fornecem informações sobre o estado de um fenômeno com uma extensão significativa.

O indicador é a estatística que melhor avalia as condições e tendências relativas a um determinado tema. Um caminho possível para se identificar um bom indicador é saber das propriedades dele. O indicador ideal é aquele confiável, útil e não muito caro. Precisa ter um tema relevante, ter base na teoria, ter uma boa cobertura estatística, ser sensível à mudanças do objeto mensurado, ser específico para esse objeto, ser de fácil entendimento para o público especializado e público em geral.

Propriedades desejáveis de um indicador

Relevância Inteligibilidade de sua construção

Validade Comunicabilidade

Confiabilidade Factibilidade para obtenção

Cobertura Periodicidade na atualização

Sensibilidade Desagregabilidade

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