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Universidade Federal de Santa Catarina

Por:   •  26/10/2022  •  Artigo  •  2.408 Palavras (10 Páginas)  •  79 Visualizações

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ARTIGO DEMANDA

Leticia Voss

Mandy Tayne de Oliveira

Marielly Silva Alberti

Rodrigo Castro Campos

Universidade Federal de Santa Catarina

RESUMO

O transporte é parte indeclinável do dia a dia das pessoas, influenciando a maneira como os indivíduos escolhem se locomover, gerando avultado impacto na execução de suas tarefas diárias. Muitos fatores influenciam nessa decisão, como: conforto e segurança, custo, tempo de viagem, assim impactando de forma considerável a qualidade de vida do usuário. O que leva o acadêmico a escolher uma maneira de se deslocar até a universidade? A pandemia, as novas regras de segurança e distanciamento social foram fatores que influenciaram esta decisão? Os meios de transporte escolhidos anteriormente ainda permanecem adequados para a situação presente? O objetivo deste trabalho é responder essas perguntas, com base nas escolhas feitas por alunos de engenharia de uma universidade federal no norte do estado de Santa Catarina.

ABSTRACT: meios de transporte, universitários, pandemia.

1. INTRODUÇÃO

Os transportes correspondem ao conjunto de materiais e instrumentos técnicos utilizados no deslocamento de pessoas e cargas de um lugar para o outro (PENA). A preocupação de desenvolver meios para possibilitar esses deslocamentos existe desde a Antiguidade, quando os homens já tinham preocupação com as rotas comerciais, com a marcha dos exércitos, com o provimento de água e outros recursos naturais etc. (MUMFORD, 1998). 

Com a pandemia, o impacto no transporte público urbano foi enorme, de acordo com a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), os dados mais recentes sobre o impacto da pandemia, condensados no período de 16 março 2020 a 30 de abril de 2021, mostram um prejuízo acumulado das empresas em R$ 14,2 bilhões até o momento. Segundo Ndmais(2021), na cidade de Joinville, foram suspensas mais de 70 linhas de ônibus desde março de 2020. 

Um levantamento realizado pelo NZN Intelligence e oferecido pelo Summit Mobilidade Urbana 2020 Estadão mostra que o carro particular deve ser o modal mais usado quando a pandemia chegar ao fim. Dos mais de 3 mil entrevistados, 48% disseram que pretendem usar o veículo próprio como principal meio de locomoção ao término do isolamento social. 

Com a necessidade do distanciamento social e de evitar o compartilhamento de espaços fechados com outras bolhas sociais, percursos se tornaram mais curtos e individualizados na pandemia. Deslocamentos a pé, de bicicleta e outros modos da chamada “mobilidade ativa” ganharam espaço por reduzir a exposição à covid-19 e atender a trajetos curtos para

comércios e serviços básicos Cidadeape(2021). 

2. REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capítulo são apresentados os conceitos relacionados ao tema deste trabalho com a finalidade de criar embasamento teórico que sirva de pilar para o seu desenvolvimento.

2.1 Contexto Geral

A pandemia gerada pela Covid-19 no mundo todo têm impactado significativamente nos hábitos e nas escolhas de modo de transporte que os usuários escolhem para fazer seus deslocamentos, sejam esses trajetos curtos ou longos. Com a pandemia muitas pessoas passaram a adotar meios de trabalhos e estudos de forma remota, e isso ocasionou na baixa procura pelos meios de transportes que antes eram amplamente utilizados, principalmente aqueles modos coletivos que ocasionam menor distanciamento social e com isso maior margem para contaminações pela Covid-19.

Segundo o site WRI Brasil, uma pesquisa realizada nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Belo Horizonte mostrou que 50% da população deixaram de realizar os seus deslocamentos em relação ao trabalho e estudo em 2020, passando a realizar essas atividades de forma remota. Para as pessoas que tiveram que manter os seus deslocamentos houve mudança entre os modos que utilizavam diariamente antes da pandemia e o modo que optaram em utilizar durante a pandemia, a principal motivação para que isso ocorra é a alta taxa de transmissão à infecção causada pela Covid-19, a população tenta evitar esses transportes a fim de manter a sua segurança e de seus familiares.

Em uma pesquisa realizada pelo Datafolha em 2020, figura 1, mostra que a utilização de meios de transporte individual pela população que não possui veículo próprio é a opção considerada mais segura, se destacando os modos individuais de bicicleta representando 38% e o carros de aplicativo com 35%, o transporte público aparece na pesquisa com somente uma taxa de 4%, ocupando a quarta colocação entre os meios de transportes apresentados.

Figura 1 – Meio de transporte mais seguro durante a pandemia

[pic 1]

Fonte: Datafolha (2020)

Apesar de a bicicleta ter sido apontada na pesquisa como o transporte mais seguro, o seu uso acaba sendo mais limitado aos deslocamentos mais curtos, até mesmo porque o condicionamento físico da população em geral, conforme uma pesquisa feita pela Fiocruz em 2020, não é mais como anterior a pandemia, conforme a figura 2.

Figura 2 – Dados sobre prática de atividade física antes e durante a pandemia Covid-19 [pic 2]

Fonte: Dados Fiocruz (2020)

O isolamento causado pela pandemia contribuiu para as pessoas pararem de sair de casa e com isso passassem a ter uma vida com menos práticas de atividades físicas, impactando diretamente no seu condicionamento físico.

2.2 Cenário Pré-Pandemia

Segundo estimativas do IBGE divulgadas em Agosto de 2021, Joinville chegou a uma população de aproximadamente 604 mil habitantes, permanecendo ainda como a cidade com a maior população do estado de Santa Catarina, e conforme dados estatísticos do DETRAN, figura 4, atualmente a cidade de Joinville também é a cidade do estado que possui maior número de automóveis particulares cadastrados em circulação com 277 mil veículos, o mesmo ocorre para dados relacionados a motocicletas particulares, com 54 mil cadastradas em circulação.

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