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PREZOTTO, L. L. “Uma concepção da agroindústria rural de pequeno porte”. R. Ci. Hum. Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil, ISSNe 2178-4582

Por:   •  9/5/2015  •  Resenha  •  1.175 Palavras (5 Páginas)  •  692 Visualizações

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Universidade Federal do Rio de Janeiro

Instituto de Geociências

Departamento de Geografia

Disciplina: Geografia Agrária

Professor: Dr. Ana Maria Bicalho

Aluno: Ingrid Albino Ribeiro    DRE: 112078654

Resenha: PREZOTTO, L. L. “Uma concepção da agroindústria rural de pequeno porte”. R. Ci. Hum. Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil, ISSNe 2178-4582

O presente texto faz a caracterização e a análise da concepção da agroindústria rural de pequeno porte (ARPP), situando primeiramente dentro da lógica capitalista e propondo-a como uma alternativa ao desenvolvimento sustentável, depois a caracterização das ARPP com o objetivo de propor um modelo abordando aspectos qualitativos e quantitativos e por fim o autor propõe uma discussão sobre a alocação desse segmento em rede e por fim as  políticas públicas referentes a esse tipo de agroindústria.

A modernização da agricultura brasileira a partir da década 1960 foi desenvolvida de forma dicotômica já que possuí um caráter seletivo onde por um lado com o incremento de tecnologia estimulou o crescimento da produção baseada em produção de larga escala e para exportação levando a outro patamar de produção em escala mundial, por outro trouxe a desigualdade no campo principalmente aos pequenos produtores que não participava dessa lógica de alguma forma.

Nesse contexto teve-se o crescimento das grandes agroindústrias integradoras que são caracterizadas pelas relações intersetoriais indústria-agricultura-comércio-serviços num padrão agrário moderno, no qual o setor agropecuário passa a ser visto de maneira integrada à indústria, e tem como eixo central crescimento econômico pautado na maior produtividade. Esse modelo de desenvolvimento rural implica em problemas sociais e ambientais, já que estimula a concentração de fundiária e renda além do êxodo rural gerando inúmeros problemas na cidade.

O ponto inicial incitado pelo autor é como o pequeno agricultor consegue adentrar nessa dinâmica tendo em vista a reprodução de um modelo rural capitalista desigual e como interagir a reprodução do modelo de desenvolvimento rural com o desenvolvimento sustentável. Nesse sentido é promovido um debate sobre o tipo de desenvolvimento rural que não consideram a realidade local da produção no que tange sua cultura e por isso promovem um tipo de desenvolvimento desigual. Expondo o desenvolvimento sustentável como alternativa ao modelo apresentado de desenvolvimento rural. O desenvolvimento sustentável deve permear o crescimento e o equilíbrio entre os aspectos sociais, ambientais, culturais e econômicos no meio rural devendo abranger o crescimento do econômico em curto, médio e longo prazo sem deixar de considerar e valorizar a história, cultura local e a valorização do meio ambiente.

Tendo em vista a pluriatividade apresentada do meio rural, as ARPPs apresentam-se como forma de desenvolvimento sustentável já esse modelo primeiramente oferece oportunidade ao pequeno produtor se manter através do beneficiamento de suas matérias primas, estimulando à produção local e a utilização da agricultura familiar, gerando o desenvolvimento local devido ao aumento de renda da população local melhorando a qualidade de vida dos agricultores envolvidos. Esse tipo de modelo promove ainda a descentralização regional da produção, já que aproxima as agroindústrias da matéria prima, diminuindo assim o custo de transporte, ampliando e descentralizando a ocupação de mão de obra e assim diminuindo as migrações desordenadas.

        Em segundo momento o autor busca caracterizar esse tipo de agroindústria propondo um modelo possível, já que esse segmento não apresenta um ganho em grande escala, então é levantado aspectos qualitativos e quantitativos para caracterizar as ARPPs.

Esse tipo de agroindústria é marcado pelo domínio dos agricultores na produção primária (matéria prima) e secundária (beneficiamento dos produtos), e pela utilização da agricultura familiar. O importante nesse modelo é que toda decisão da gestão é dos agricultores. A posse e gestão são feita por agricultores individual ou grupo de agricultores se organizando através de associação, cooperativas e afins, no caso das cooperativas ocorre à diminuição dos custos de produção, e quando as agroindústrias são instaladas próximas as propriedades dos agricultores facilitam a gestão. A matéria prima tem como principal característica a produção em sua maior parte pelos agricultores associados, gerando maior autonomia dos agricultores e que possibilita o aproveitamento de matéria prima a menor custo e qualidade adequada. Do ponto de vista gerencial como os dois setores são dominados pelo produtor torna-se mais fácil o planejamento das atividades e autonomia sobre a matéria leva a pouca necessidade de capital de giro transformando-se em renda para os associados. A mão de obra familiar é utilizada nos dois setores dessa agroindústria, podendo utilizar também agricultores próximos. O emprego de mão de obra familiar acaba por gerar maior renda pro próprio associado em diferentes escalas e quando o uso de mão de obra de terceiros acaba por gerar renda pra uma região. A quantidade produzida depende principalmente da demanda e do maquinário empregado. O maquinário empregado é geralmente simples, com baixo nível de sofisticação.

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