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Viabilidade Econômica de Parques Eólicos

Por:   •  10/7/2017  •  Artigo  •  2.628 Palavras (11 Páginas)  •  235 Visualizações

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Viabilidade Econômica de Parques Eólicos

Tamyres Queiroga Silva¹

Yan Paulo Souza de Carvalho²

Universidade Federal da Paraíba – Departamento de Engenharia de Energias Renováveis – Engenharia de Energias Renováveis, Campus I, João Pessoa – PB.

Disciplina Sistemas de Energia Eólica – Professor Alberto Soto Lock.

RESUMO

Toda fonte de geração de energia possui suas vantagens e desvantagens quando comparada com as demais. Os principais critérios de comparação entre elas são: custo econômico, impacto ambiental provocado por sua implantação e operação e sua contribuição para o aumento da confiabilidade do sistema elétrico nacional (SIMIS, 2010). O Brasil possui um grande potencial eólico, principalmente no litoral do Nordeste. De acordo com o Atlas do Potencial Eólico Brasileiro, se estima um potencial de 143,47 GW para uma média anual da velocidade dos ventos de 7 m/s. Atualmente no Brasil existem 93 parques eólicos, em sua maioria concentrados na região Nordeste. Os gastos para implantação de um parque eólico estão na casa das dezenas ou centenas de milhões de reais e o estudo de viabilidade é imprescindível para sua implantação. Assim este artigo tem como objetivo descrever os principais fatores que influenciam na viabilidade econômica de um parque eólico e mostrar um estudo já realizado como exemplo.

Palavras-chave: Energia Eólica, Parques Eólicos, Viabilidade econômica.

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1 Graduando em Engenharia de Energias Renováveis – CEAR/UFPB, Campus I, João Pessoa, PB. E-mail: tamyres.silva@cear.ufpb.br

2 Graduando em Engenharia de Energias Renováveis – CEAR/UFPB, Campus I, João Pessoa, PB. E-mail: yan.carvalho@cear.ufpb.br

1 INTRODUÇÃO

O sistema elétrico de um país é um dos fatores que influenciam diretamente seu sistema econômico. O avanço tecnológico que a humanidade vive nos últimos tempos (desenvolvimento de indústrias, evolução dos processos de produção, etc.), resulta em um alto consumo de energia elétrica, consequentemente um aumento progressivo na demanda, de tal modo que a capacidade de oferta desse recurso deve estar em constante expansão, para que ele não seja um fator de limitação ao crescimento econômico do país.

Logo, faz-se necessário encontrar soluções que viabilizam o aumento da produção de energia elétrica, aliada a minimização de impactos com o meio ambiente, obtendo assim energia limpa de fontes renováveis (ROSSONI, 2013).

Toda fonte de geração de energia possui suas vantagens e desvantagens quando comparada com as demais. Os principais critérios de comparação entre elas são: custo econômico (influencia diretamente no custo da tarifa de energia elétrica para o consumidor final), impacto ambiental provocado por sua implantação e operação e sua contribuição para o aumento da confiabilidade do sistema elétrico nacional (SIMIS, 2010).

O Brasil tem comumente adotado duas opções principais para a expansão de sua capacidade de geração: grandes usinas hidrelétricas e usinas termoelétricas. Segundo BofA Merrill Lynch Global Research, em 2009, quase 75% da capacidade instalada nacional (que totalizava 113,546 MW de potência) era composta por hidrelétricas e, pouco menos de 25%, por termoelétricas (SIMIS, 2010).

Portanto, na falta da geração hídrica, é necessário a implementação de outras fontes que possam atuar no suprimento energético de parte da demanda e, que não causem graves prejuízos ao meio ambiente. Nesse contexto, uma solução que vem sendo muito explorada é o uso de turbinas eólicas, que em parque eólicos, são os responsáveis em transformar a energia cinética oriunda dos ventos em energia mecânica, esta gerada pela rotação das pás em torno de um eixo, que, através de um gerador elétrico, converte a mesma em energia elétrica. Uma forma de energia renovável, que com as constantes evoluções tecnológicas, e com estímulos governamentais, no Brasil com o PROINFA (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica), vem reduzindo seus custos de geração (ROSSONI, 2013 apud CERESB, 2012).

O Brasil possui um grande potencial eólico, principalmente no litoral do Nordeste. Segundo o MINISTÉRIO DAS MINAS E ENERGIA, em 2001, de acordo com o Atlas do Potencial Eólico Brasileiro, se estima um potencial de 143,47 GW para uma média anual da velocidade dos ventos de 7 m/s.

Atualmente no Brasil existem 93 parques eólicos, em sua maioria concentrados na região Nordeste (ROSSONI, 2013 apud PIERROT, 2013), mas até o final de 2013 o governo federal pretende ter 140 empreendimentos que deverão estar em operação. Esta expansão está atraindo grandes empresas internacionais que apostam no crescimento deste tipo de energia no Brasil (ROSSONI, 2013).

Os gastos para implantação de um parque eólico estão na casa das dezenas ou centenas de milhões de reais e o estudo de viabilidade é imprescindível para sua implantação. Assim este artigo tem como objetivo descrever os principais fatores que influenciam na viabilidade econômica de um parque eólico e mostrar um estudo já realizado como exemplo.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O estudo da viabilidade econômica é fundamental para toda instalação eólica para minimizar os riscos de prejuízos. De acordo com o CENTRO DE ENERGIA EÓLICA, para parques eólicos de grande porte (mais de cinco turbinas) o estudo de viabilidade possui as seguintes divisões:

• Investigação local – trata-se de uma visita ao local escolhido com objetivo de determinar as características gerais e específicas do local e da região, identificar os dados essenciais necessários e a disponibilidade dos mesmos e estabelecer com a maior precisão possível a localização mais provável para as turbinas eólicas;

• Avaliação do recurso eólico – consiste na instalação de uma ou mais torres no local. Para coleta e análise dos dados eólicos, recomenda-se no mínimo um ano de medições. O custo de um ano de avaliações do recurso eólico depende da altura da torre, do número e do tipo de instrumentos montados na mesma e se o equipamento é comprado ou alugado;

• Avaliação ambiental – tem como objetivo determinar a existência de impacto ambiental que possa impedir a realização

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