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ESTRATEGIAS PEDAGÓGICAS: PARA ALUNOS DO EJA

Por:   •  13/9/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.763 Palavras (12 Páginas)  •  282 Visualizações

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP

CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

POLO ARAGUIANA - TO

LICENCIATURA EM MATEMÁTICA

Disciplinas norteadoras: Cálculo C, Equações Diferenciais e Aplicações, Estatística e Probabilidade, Competências Profissionais e Educação de Jovens e Adultos.

        

JULIA DIAS DE SOUZA ROSA

2800846811

ESTRATEGIAS PEDAGOGICAS:

 PARA ALUNOS DO EJA

TUTOR A DISTÂNCIA: Tiago Borges

PIÇARRA - PA

22/11/2017


INTRODUÇÃO

No Brasil, a educação é um direito constitucional de todos os cidadãos em idade escolar e, segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9.394/96), mesmo aqueles que não tiveram acesso ou continuidade aos estudos no ensino fundamental e médio, na idade própria, terão esse direito assegurado. Para tanto, os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e adultos as oportunidades educacionais apropriadas considerando as características dos alunos, seus interesses, condições de vida e de trabalho. A educação de jovens e adultos (EJA) se constitui como tema de política educacional pela necessidade de se oferecer educação para jovens e adultos desde a Constituição de 1934. Porém, somente a partir da década de 1950 surgiram iniciativas concretas, juntamente com a preocupação de oferecer os benefícios da escolarização a ampla camada da população, que até então era excluída do convívio escolar.

Na sala de aula da EJA evidenciam-se a timidez dos alunos, as atitudes de irreverência e a transgressão. Esses alunos e alunas demonstram vergonha em fazer perguntas ou responder a elas. O nervosismo exagerado nas situações de avaliação pode, até mostrá-los constrangidos e, por vezes indisciplinados. Pode-se diferenciar ainda o aluno que retoma o estudo depois de adulto, depois de afastado há muito tempo da escola ou mesmo daquele que inicia sua trajetória escolar nessa fase da vida. As escolas que oferecem a EJA nem sempre os recebem tendo consciência das diferenças encontradas nos mais diversos aspectos da vida desses estudantes tais como origem, idade, vivências, históricos escolares, ritmos de aprendizagem muito variados. A cada realidade, um tipo de aluno. São pessoas que mesmo não sendo adultos já vivem no mundo do trabalho ou assumem responsabilidades sociais e familiares, com valores éticos e morais formados dentro do contexto em que estão inseridos. Eles trazem uma noção de mundo mais relacionada ao ver e ao fazer. Abertos à aprendizagem, veem a sala de aula com um olhar receptivo, sensível e ativo, curioso, explorador, um olhar que 9 investiga e pensa. Este trabalho vai mostrar como a educação de jovens e adultos precisa de estratégias, ou seja, precisa de métodos diferentes pra que eles possam tem uma aula diferente e bem produtiva.

DESENVOLVIMENTO

PASSO 1:

Quem é o aluno do EJA? Como o nome já diz “jovens e adultos”, isso significa do ponto de vista da aprendizagem que não são pessoas vazias, elas têm uma trajetória de vida, com conhecimentos acumulados ao longo de sua existência, onde cada aluno é um baú cheio de historias e pensamentos que se entrelaçam no complexo mundo da sala de aula. Em muitos casos, eles estudaram quando crianças por alguns meses ou até alguns anos, durante sua infância, mas tiveram que abandonar a escola por diferentes motivos: porque era longe, porque tinham que trabalhar.

O ensino de adultos no nível médio tem grande procura. A quase totalidade dos alunos de EJA são trabalhadores. Com sacrifício, acumulando responsabilidades profissionais e domésticas ou reduzindo seu pouco tempo de lazer,  estes alunos frequentam os cursos noturnos, na expectativa de melhorar suas condições de vida. A maioria nutre a esperança de continuar seus estudos, e ter acesso a outros níveis de ensino e habilitações profissionais, além é claro de conseguir um emprego melhor. Existem pais e mães que voltam a estudar na esperança de ajudar seus filhos na escola. Numa mesma sala de aula é possível encontrar alunos que não sabem ler nem escrever, e outros que já sabem alguma coisa, mas não dominam o código ortográfico da língua. Do ponto de vista da faixa etária, vemos que os alunos são adultos que depois de muitos anos voltaram a estudar, mas também jovens de 15 a 18 anos que por algum motivo interromperam os estudos, e retornam para o ensino noturno do EJA. A Educação de Jovens e Adultos possui algumas complexidades devido à diferença de idade na mesma turma. A primeira é articular as diferenças culturais geracionais e históricas, e a segunda dizem respeito à postura que ainda se tem em relação aos alunos do EJA, por se tratar de uma população analfabeta e em sua maioria, pobre.

A permanência do aluno adulto em sala de aula só se efetiva quando ele percebe que há cumplicidade entre ele e o educador, só vendo sentido em continuar na escola se ele sente-se bem. Pois ao contrario das crianças, os adultos não possuem um responsável que os obrigue a freqüentar as aulas. Para compreender o perfil do aluno da Educação de Jovens e Adultos (EJA), é necessário conhecer sua história, sua cultura, seus costumes e também é preciso entender que o mesmo passou por diferentes experiências de vida e que em algum momento precisou se afastar da escola por motivos sociais, econômicos, políticos e/ou sociais

Perfil dos alunos

Ao analisar o perfil dos alunos, percebeu-se que a maioria (10 alunos) tem até 35 anos, o que representa 62,5%. Os outros 6 alunos (37,5%) tem idade superior a 40 anos. Torna-se evidente que a maioria dos discentes são jovens, os quais encontram-se novamente num processo de escolarização.

Com relação ao sexo, a grande maioria (11 alunos), representando 68,75%, é do sexo masculino e há 5 alunas, as quais representam 31,25%. Estes dados demonstram que a Educação de Jovens e Adultos apresenta-se como um espaço sem distinção de gênero. Deve-se considerar também, que os homens estão ultrapassando a barreira cultural que dissemina que a EJA é um espaço predominantemente feminino.

Um fato que causa grande indisposição ao sistema educacional, volta-se ao retorno dos jovens e adultos à escola, apesar de terem muitos motivos compreensíveis de para não o fazerem. Embora haja muitos limites e dificuldades na escola, há o retorno e o objetivo de atingir uma trajetória escolar bem-sucedida.

Para vários alunos, além de todas as atividades e obrigações familiares (pois há 4 alunos casados (25%) e outros 4 alunos tem filhos, também representando 25% do total), ainda encontram tempo para estudar e desenvolver suas atividades laborais.

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