A pré história do computador

Introdução

Desde os tempos mais remotos, onde o conceito de tecnologia ainda não tinha sido sequer estabelecido, o ser humano já percebia a necessidade de construir dispositivos para facilitar o seu modo de vida em sociedade, seja para benefício próprio, ou em conjunto.

Tendo isto em mente, a espécie humana, ao longo do tempo, foi trilhando o seu processo de evolução no que se refere a invenções para o seu desenvolvimento e evolução, evento este que ocorre até os dias atuais, e que vem sendo cada vez mais intenso.

Desenvolvendo primeiramente um conceito base para toda essa futura tecnologia, foi possível ter um “caminho” para dar sequência a todo o processo de desenvolvimento dos artefatos destinados à computação.

Vale lembrar que, em todo esse tempo houve imprevistos que possam ter postergado tais inventos de aparecerem mais cedo na história. Foram séculos de invenções e aperfeiçoamentos, que nos proporcionam hoje o deleite de tais tecnologias, bem como o estudo das mesmas para implementação e ensino em todas as partes do mundo.

Primeiros vestígios

Foram os dedos das mãos que temos que proporcionaram o início das atividades de cálculo que realizamos até hoje. Como perceberam que esse método se tornou ineficaz na medida em que a quantidade requisitada para contar aumentava, acabou criando a necessidade de desenvolvimento de técnicas alternativas que possibilitassem a contagem em maior quantidade e em menos tempo. Isso foi se desenvolvendo bastante, com a invenção e adoção de vários sistemas numéricos, e a das operações aritméticas.

Exemplos de sistemas numéricos criados pela sociedade pré-histórica. À esquerda, o sistema numérico egípcio. À direita, o sistema numérico mesopotâmico.

Ábaco

Antigo instrumento utilizado para cálculos, composto por uma moldura com bastões ou arames paralelos no sentido vertical, correspondentes cada um a uma posição digital (unidades, dezenas, centenas,...) e nos quais estão os elementos de contagem (fichas, bolas,...) que podem fazer-se deslizar livremente. Sua provável origem é da Mesopotâmia, há cerca de 5.500 anos atrás.

Réplica de ábaco romano, feita em 1977.

O ábaco foi disseminando por toda a sociedade, com a mesma função, o que mudava era somente sua nomenclatura: O ábaco japonês é conhecido pelo nome de Suanpan(算盤), e na Rússia de SCHOTY (ШОТЫ).

Suanpan, ou ábaco japonês, representando os números 6.302.715.408

Uma pessoa que manuseava um ábaco com agilidade conseguia fazer uma multiplicação de cinco algarismos com a mesma rapidez que uma pessoa faz hoje utilizando uma calculadora digital.

Uso do Ábaco na atualidade

Ainda hoje, depois de três mil anos da sua invenção, comerciantes de algumas regiões da Ásia utilizam ainda esse instrumento.

No Brasil, o instrumento é utilizado de forma didática, apenas para compreensão do funcionamento por parte dos estudantes. Obviamente, não é uma réplica do modelo original; é adaptado para facilitar a compreensão e manuseio do mesmo.

Como funciona

Para cada haste do Ábaco, é representada uma das unidades de contagem. Estas podem estar dispostas tanto na horizontal, quanto na vertical. Vai depender do modelo do produto.

Esquema representativo das unidades em um ábaco dispostas na vertical: UM são Unidades de milhar, C são centenas, D são Dezenas, e U são as unidades base, que compreendem os números de 0 a 9. No caso, o número representado na figura é 2.427

Detalhando o funcionamento na prática, a seguir é apresentada a resolução de uma adição simples usando o Ábaco.

Vale ressaltar que, apesar de no exemplo o mecanismo estar disposto na horizontal, o método para realização do cálculo não muda. O que muda é apenas a apresentação das hastes e bolinhas, que em vez de estarem na horizontal,