Gerenciando Engenheiros de Software radicais

Gerenciando Engenheiros de Software radicais

Inovações em empresas de engenharia de software surgem freqüentemente devido comportamento de risco. Esses riscos são tomados por pequeno percentual da equipe de engenharia de software conhecido como "engenheiros radicais”. Eles deixam e visam experimentar novos métodos ou tecnologias, tendo como missão trazer essas inovações para a realidade da organização. A maioria dessas organizações não gerenciam esses engenheiros idealmente. Organizações bem-sucedidas costumam ser aquelas capazes e equilibrar entre os extremos de gerir engenheiros radicais de forma eficaz.

Inúmeras pesquisas e estudos de caso indicam que a inovação é um negócio de risco. No ambiente econômico de hoje, as organizações e os funcionários enfrentam um dilema, embora tenhamos pressões significativas sobre as organizações para inovar e chegar a novas idéias para melhorar o desempenho e adicionar a riqueza dos acionistas, evita-se investimento em áreas que não a produção. Da mesma forma, os funcionários enfrentam um desafio, eles são pressionados a fazer mais com menos recursos, devido aos tempos difíceis. No entanto, não há pressão sobre eles para inovar, a fim de melhorar os processos de trabalho e desenvolver novos produtos.

O dilema acima se torna maior em empresas de software, peguemos como exemplo o Google que mesmo sendo o padrão de busca e possuindo a maior fatia do mercado de buscadores, investe sempre em inovação sem em seus produtos, o que o mantém no topo. A falta de inovar e permanecer como líder permitirá que empresas como a Microsoft roubem uma parte da fatia de mercado. Atualmente, a Microsoft está fazendo seu melhor para avançar com o seu motor de busca, mas está muito atrás do Google. Inovações podem ocorrer de várias maneiras e formas. Temos inovações em processos, onde se altera a metodologia de execução de certas tarefas, como as metodologias ágeis. Temos também inovações de produto em que a organização desenvolve novas soluções de software.

A engenharia de software é o trabalho do conhecimento, usado para guiar as práticas de trabalho, a forma de produtos e serviços, e inovações. Organizações de software devem inventar novos conhecimentos e reutilizar seu conhecimento existente de uma forma eficaz e eficiente. Inventar é apenas o primeiro passo pois invenções precisam ser traduzidos em inovações, elas são de valor limitado, a não ser que uma organização consiga obter lucro com elas.. As empresas não podem obrigar que se inove e invente, mas podem incentivar seus funcionários a isso. Apenas alguns engenheiros de software dedicam seu tempo e esforço em inovações, e são conhecidos como radicais devido a isso, uma vez que nadam contra o que a empresa costuma seguir, quando a mesma não incentiva. Quando bem sucedidos eles recebem recompensas glamorosas. Porém sabe-se que eles irão falhar mais vezes do que terão sucesso. A falha, contudo, não é uma coisa ruim. Novo conhecimento é muitas vezes descoberto durante uma experiência fracassada, e deve ser utilizada para melhorar as experiências futuras.

As empresas que sabem gerir esses engenheiros radicais, geralmente possuem sucesso, em contrapartida as organizações que lutam contra geralmente os perdem para outras empresas que incentivem sua criatividade. Em organizações onde é pregada a regularidade e repetição de processos, os engenheiros radicais são evitados e raramente recebem espaço para experimentar, o que resulta em inovações de software pobres ou inexistentes. No outro extremo temos empresas que incentivam experimentos, assumem riscos, e conseguem inovações de forma assistemática. Organizações de software bem-sucedidos são aquelas que são capazes de equilibrar esses dois extremos sabendo conduzir os engenheiros radicais de maneira que sejam produtivos para a mesma.

Engenheiros radicais são aqueles que, geralmente, demonstram novas invenções e alavancam o potencial inovador da empresa. Quase toda empresa tem alguns engenheiros radicais, uns mais ousados, outros mais tímidos.

Consideremos o caso de uma organização de software na área de Chicago. Três engenheiros de software se reúnem a cada quinze dias em um café local e gastam quase metade do dia em algo que eles chamavam de "Revolução ABC". ABC, um pseudônimo do software que queriam revolucionar. Eram eles engenheiros radicais, porém escondidos de suas organizações, engenheiros tímidos

Tais Engenheiros têm várias características que os diferem dos demais, prosperam em espaços de trabalho independentes, onde encontram autonomia, ao contrario do engenheiro comum que gosta de seguir caminhos traçados, cronogramas e especificações os engenheiros radicais são vistos normalmente como quem consegue agir de forma independente.

Engenheiros radicais possuem excelentes contatos com a comunidade externa. Eles são mais propensos a recorrer a fontes externas de conhecimento do que aqueles que são internos, são muito apaixonados pelo trabalho que fazem a todo tempo. Seja a paixão por uma plataforma de tecnologia, uma linguagem de programação, ou até mesmo uma tecnologia. Eles vêem o seu trabalho no contexto da comunidade de usuários global.

Engenheiros radicais são um pouco egoístas, geralmente não possuem paciência para explicar suas idéias aos novatos,

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