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Educação

Por:   •  6/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.054 Palavras (9 Páginas)  •  221 Visualizações

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Introdução/ Justificativa

Uma das dificuldades enfrentadas na educação do Brasil encontra-se no ensino de ciências. Sabemos que o grande desafio de um professor é transmitir de forma completa o saber para seus alunos. O ensino de ciências abrange diversos conteúdos, nos quais muitos são alvos de dificuldade para diversos discentes. Além de transmitir o conhecimento ao aluno, o professor deve compreender o quão absorvido foi este conhecimento pelo discente. Vendo esse parâmetro, muitos estudiosos, dentre eles, Vygotsky (1998) e Mortimer (2000; 2002), discutiram sobre a formação de conceitos que ocorre durante a compreensão que os discentes adquirem e formam a partir de vivenciar relações entre o conhecimento que o mundo oferece e as transformações que ao longo do tempo, o indivíduo construirá a aprendizagem, diferindo o aprendizado da memorização.

Uma concepção de ensino de ciência, mais propriamente de ensino de química que vise à alfabetização científica traz em seu bojo um conjunto de práticas as quais permitem que o aluno possa interagir com uma nova cultura, com uma nova forma de ver o mundo, e é essa nova forma de ver o mundo que permitirá que ele conquiste seu espaço tanto no mundo do trabalho, quanto no ambiente acadêmico. Pensando neste contexto Vygotsky, procurou entender causas explicativas do desenvolvimento teórico que trouxesse melhorias de condições de vida através da educação (SILVA, 2004). Hoje sabemos que a principal forma de entrada para o mercado de trabalho é através da qualificação acadêmica. O processo de aprendizagem do indivíduo ocorre rumo a interações educativas a partir da participação em atividades que o induza a procurar entender e aplicar diversos saberes e diversas situações. Para que isso na forma literal aconteça precisamos começar a qualificação nos primeiros ensinos da vida acadêmica.

Com relação ao ensino de ciências percebe-se que a maioria das pessoas não consegue se identificar com a matéria, logo fazendo com que não tenham interesse em seguir carreira em determinadas áreas que requerem muitos cálculos, teorias e práticas. Portanto o grande desafio é preencher essa dificuldade que colocaram sem antes procurarem algum método de ensino-aprendizagem que facilitasse essa compreensão teórica do ensino de ciências.

De acordo com os parâmetros curriculares nacionais para o ensino médio - PCNEM (p.12 e 13) deve procurar ampliar no aluno a habilidade de comunicação; a capacidade de questionar processos naturais e tecnológicos, identificando regularidades, apresentando interpretações e prevendo evoluções; desenvolver o raciocínio e a capacidade de aprender; compreender e utilizar a ciência, como elemento de interpretação e intervenção, e a tecnologia como conhecimento sistemático de sentido prático. Mas seguir essa condição apresentada pelo PCNEM não é fácil, ainda mais para a educação que se oferece hoje das escolas. Contudo não se podem cruzar os braços, os educadores devem constantemente procurar ferramentas, métodos didáticos que supram essa dificuldade em ensinar.

Gaston Bacherlard foi um filósofo que procurou aperfeiçoar a construção do saber científico. De acordo com Bacherlard os obstáculos não necessários para que o indivíduo procure construir um conhecimento científico através da superação que cada um terá a evolução do conhecimento.

“Para Bachelard, o problema do progresso do conhecimento científico deve ser colocado em termos de obstáculos, pois está na essência do próprio ato de conhecer o aparecimento de uma lentidão e de conflitos que provocam momentos de inércia, entendidos como momentos de dificuldade do pesquisador em romper os obstáculos de um conceito e/ou teoria, no progresso da ciência.” (Junior, 2011, p. 23)

Através desta preocupação de fazer com que o aluno supere essas dificuldades, Eduardo Fleury Mortimer traz a ideia de perfil conceitual, no qual consiste em distinguir características ontológicas e epistemológicas existentes em cada conceito. Além disso, Mortimer estabelece a diferença entre perfil epistemológico e perfil conceitual. A elaboração do perfil conceitual prevê a construção das ideias em diversas zonas que demostram diferentes compromissos epistemológicos e características ontológicas distintas. O perfil conceitual pode ser formado em um instrumento para planejamento e análise do ensino de ciências. A partir dele, obstáculos à aprendizagem dos conceitos podem ser detectados e trabalhados em sala de aula numa visão de aprendizagem de ciências como mudança de perfis conceituais, onde o aluno não precisa abandonar as suas concepções ao desenvolver novas ideias científicas, mas tornar-se conhecedor dessas diversas zonas.

Ainda no ensino fundamental o aluno é instruído ao mundo cientifico através da disciplina de Ciências, sendo assim uma disciplina de extrema utilidade e que é de suma importância para a formação do indivíduo. Um dos conteúdos que abrange dificuldades, seria o estudo do pH de diversas substâncias. No ensino médio começa a dificuldade dos alunos em relação ao ensino de ciências. A princípio o aluno deve conhecer os conceitos de ácidos e bases, para terem a inter-relação das características de pH ácido e pH básico e qual a sua importância e contribuição para a sua formação acadêmica. Portanto o intuito deste projeto é estabelecer métodos que facilite a compreensão destes alunos em relação à disciplina de química com ênfase nos conceitos de ácidos, bases e pH apontando a suas características fundamentais. Além de ter uma relação entre professor- aluno para que se quebre o tabu da distância que às vezes ocorre entre docente e discente.

Delimitação do problema / Objetivos

Como foi exemplificado o foco da pesquisa será a pratica que pode ser atribuída para facilitar o conteúdo e apresentar o quão é importante para a entrada no mercado de trabalho. Ao explicar o conteúdo o professor tem nas mãos a grande responsabilidade de atribuir todos os métodos necessários para que se tenha uma total absorção do conteúdo pelo aluno.

Portanto é nessa dificuldade apresentada tanto por alunos como professores em selecionar métodos que facilite a avaliação e a compreensão dos conceitos, promove-se a utilização dos mapas conceituais a fim de levar ao aluno uma opção de estudo que possui uma fácil compreensão e ao professor um método de avaliar o quão foi obtido conhecimentos desses alunos. Para que seja possível investigar esse método avaliativo, precisamos entender em quais zonas do perfil conceitual esses alunos serão classificados. A elaboração do perfil pressupõe a construção das ideias em diversas zonas que exercem diferentes compromissos epistemológicos e características ontológicas distintas. Cada zona do perfil (existe muitas) equivale a uma forma de pensar e falar sobre a realidade, que convive das mais diferentes formas em um mesmo indivíduo. O perfil conceitual pode se constituir num instrumento para planejamento e análise do ensino de ciências. A partir dele, dificuldades à aprendizagem dos conceitos podem ser detectados e aperfeiçoados em sala de aula em relação à aprendizagem de ciências como mudança de perfis conceituais, onde o aluno não precisa abandonar as suas concepções ao aprender novas ideias científicas. Portanto a transformação do conhecimento externo em conhecimento interno prevê o desenvolvimento do indivíduo por meio das interações que se determina na zona de desenvolvimento proximal (ZDP). É a partir dos perfis conceituais que serão observados poderemos destacar em quais zonas os alunos conseguiram se encaixar. Para Vygotsky alcançar essa transformação propõe estratégias de ensino que busca distinguir do abstrato para o concreto.

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