OBSERVAÇÃO, DIAGNÓSTICO E REGISTRO NO DIÁRIO DE CAMPO

OBSERVAÇÃO, DIAGNÓSTICO E REGISTRO NO DIÁRIO DE CAMPO^[1]

Haracemiv, Sonia Maria Chaves

Branco, Veronica

Nessa etapa do estágio o objetivo é a observação, diagnose e registro das situações teórico-práticas de ensino e aprendizagem vivenciadas junto aos professores-regentes e aos alunos da escola de estágio.  A construção do documento elaborado pela tessitura do pensar-fazer, reflexão-ação, será o plano de ação pedagógica, que terá como construtos os registros da observação e diagnose, que deve se desenvolver em parceria com a comunidade escolar (professor regente de classe e pedagogo) e da universidade contendo os seguintes elementos:

- leituras das teorias de base sobre o tema selecionado para a intervenção de docência, definição dos objetivos, seleção dos conteúdos de Química do Ensino Médio estratégias de ensino, recursos didáticos e avaliação do processo ensino e aprendizagem.

OBSERVANDO E DIAGNOSTICANDO A ESCOLA

  Vamos iniciar o processo de orientação de observação e diagnóstico do espaço escolar. Para tanto é necessário elaborar o plano diagnóstico, que você, estagiário, deverá apresentar ao professor da UFPR, responsável pela disciplina. Observar com olhar intencionado possibilita diagnosticar valores educacionais, cultura, formas de relacionamentos, conflitos, enfim a identidade da escola.

É partindo das considerações explicitadas na observação sobre o trabalho pedagógico da escola, que essa etapa se propõe encontrar à luz da teoria, encaminhamentos ao diagnosticado, no interior da sala de aula, possibilitando planejar e intervir, articuladores e mediador o processo ensino e aprendizagem.

 São atribuições da fase de observação:

- do professor responsável pela Prática Docente:

• orientar a elaboração do plano de observação;
• acompanhar a execução das atividades previstas;

- do estagiário:

• elaborar um plano de observação;
• desenvolver as atividades previstas no plano de observação;
• redigir um relatório diagnóstico.

Nesta fase, o estagiário buscará conhecer a realidade da sala de aula do Ensino Médio.

A observação a ser realizada deve levar em consideração o cotidiano escolar, as falas dos docentes em confronto com toda leitura já realizada por você, lembrando que para compreender a complexidade desse cotidiano é preciso métodos de investigação (ALVES, 2002). Portanto, um diagnóstico bem feito, baseado em informações seguras significa ter um ponto de partida, que é a identificação dos elementos constituintes da realidade escolar, importante para estabelecer relações entre a situação observada (como ela se manifesta hoje) e a situação adequada (como ela deveria ser) para subsidiar as decisões do planejamento.

Há aspectos importantes para se levar em conta nessa etapa de observação e diagnóstico: a escola, a prática que a escola vem desenvolvendo, a forma como a escola está organizada e como se dá a convivência em seu interior e os resultados de aprendizagem dos alunos.

Conhecer o contexto da prática pedagógica da escola significa conhecer o público alvo: para quem ensinamos? Por isso é fundamental obter informações seguras sobre ela, levando em conta a diversidade local. Esse é o primeiro passo do exercício da autonomia e da construção da identidade da escola.

1 - OLHANDO A INTEGRAÇÃO ESCOLA & COMUNIDADE

Informar junto a Pedagoga 

1. Localização da escola e seu entorno;

1. Histórico da escola, levando em conta as demandas sociais e educacionais que determinaram sua estrutura e funcionamento;

1. Perfil socioeconômico e cultural;

1. Nível de escolaridade, profissão, naturalidade (procedência) dos educandos e condições de moradia;

1. Ação da escola como um todo, direção, coordenação e secretaria no conhecimento do perfil do educando e da comunidade;

1. Ação do professor em sala de aula (relacionamento professor/aluno) levando em conta as condições culturais e os problemas aprendizagem que os alunos trazem frente a organização dos tempos e espaços pedagógicos;

2 OLHANDO A PROPOSTA PEDAGÓGICA DA ESCOLA

Informar junto a Pedagoga 

Leia, analise e registre:

1. Missão da escola descrita na Proposta Política Pedagógica – PPP e a coerência com a Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional – LDBEN 9394/96 e os Parâmetros Curriculares Nacionais para Ensino Médio;

1. Organização curricular de Química pela qual a escola optou: Ensino Médio Continuo, Regular, EJA, Pós-Médio, Profissionalizante, ou outro.  

1. Base Nacional Comum Curricular e os Itinerários Formativos oferecidos pela escola na PPP.

  3 OLHANDO A ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO, TEMPO E RECURSOS DA ESCOLA

Informar junto a Pedagoga 

     Você deve considerar a forma como a escola organiza e atende às necessidades da comunidade escolar quanto ao tempo, espaço e recursos.

• Calendário Escolar;

• Turnos de atendimentos e horários de aulas;
• Distribuição dos alunos por série e turnos;
• Espaços físicos: Número de salas de aula, sala de vídeo, pátio de recreio, quadra coberta para prática de Educação Física, biblioteca, sala multiuso, laboratórios para Química, Física, Biologia e Informática, sala de direção, sala da equipe pedagógica e dos professores, cozinha, almoxarifado, secretaria, estacionamento e outros espaços identificados na escola;

• Iluminação, ventilação, medidas de higiene e limpeza no espaço da escola;

• Identificação do Corpo Docente e Técnico-Administrativo - formação, tempo de serviço na rede e na escola e espaço de atuação;

  4 OLHANDO E AVALIANDO A AVALIAÇÃO

Informar junto a Pedagoga 

• Conceito de avaliação expresso na proposta pedagógica;

• Critérios de promoção adotados pela escola;

• A dinâmica didático-pedagógica de avaliação em sala de aula;

• Encaminhamentos adotados para superar as dificuldades de aprendizagem dos alunos identificados na avaliação de Química (procedimentos de recuperação, aceleração, acompanhamento pedagógico e/ou psicopedagógico individual e/ou coletivo);

• Plano de acompanhamento da proposta pedagógica e avaliação interna do trabalho da escola;

• O impacto do ENEM na proposta pedagógica e avaliação interna do trabalho da escola.

5 OLHANDO A SALA DE AULA E O TRABALHO PEDAGÓGICO