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A ALEGORIA DA CAVERNA DE PLATÃO

Por:   •  11/4/2018  •  Resenha  •  711 Palavras (3 Páginas)  •  174 Visualizações

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A ALEGORIA DA CAVERNA DE PLATÃO

Crystian Marcos Batista Lima

Bacharelado em Administração Pública

UFVJM – Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

Polo Águas Formosas – MG

Na obra de Platão há duas maneiras distintas de entender a filosofia: a de Sócrates e a de Platão.

No caso da Filosofia de Sócrates, a filosofia é a busca da sabedoria, sendo, portanto, um modo de viver. Filósofo, portanto, é aquele que busca o saber, incessantemente, incansavelmente. È que persegue amorosamente a sabedoria, nunca desistindo de procurá-la. É aquele que sempre procura a verdade de seu eu próprio e do mundo.

Entretanto no caso da Filosofia de Platão, a filosofia não é a busca da verdade, mas a própria verdade. Nesse caso, a filosofia é o encontro da sabedoria, e não a busca por ela. Filósofo, portanto, seria aquele que já alcançou a sabedoria, que já realizou o seu desejo de conhecer a verdade acerca de si mesmo e do mundo. Nesse contexto, a sabedoria já é algo concreto, absoluto, consolidado, e filósofo é somente aquele que já a alcançou.

A fim de compreender melhor essa definição platônica do que é a filosofia, podemos citar o texto mais conhecido da obra de Platão, chamado a Alegoria da Caverna, que ilustra bem o encontro de tal verdade, da sabedoria.

Imaginemos uma caverna subterrânea, onde algumas pessoas permanecem imóveis, acorrentados pelos pés e pescoço, podendo apenas contemplar o fundo da caverna. Atrás deles, há uma fogueira, no plano superior, e entre a fogueira e eles, há um pequeno muro.

Atrás desse muro, passam algumas pessoas carregando objetos que ultrapassam sua altura, de forma a permitir que a chama da fogueira faça com que a sombra desses objetos seja refletida no fundo da caverna que os prisioneiros contemplam, assim, estes imaginam que aquelas sombras sejam de verdade, e que haja um eco no fundo da caverna que induz os prisioneiros a pensarem que a voz dos homens seja das próprias sombras projetadas. Então, um deles é liberto, e forçado a se virar e caminhar para fora da caverna. Em um primeiro momento, fica ofuscado pela luz, pelo brilho emanado por ela, suas vistas doem, ainda assim, ele continua sua difícil jornada, escalando a caverna, até encontrar a luz do sol, essa o ofuscaria, mas ao habituar-se a ela, poderia finalmente contemplá-la como ela é, e então tirar conclusões acerca do sol, estudá-lo, compreendê-lo. Porém, se o mesmo fosse levado de volta à caverna, seus olhos, agora acostumados com a luz, ficariam novamente obscurecidos pelas trevas. Como consequência, seus antigos companheiros cativos que ainda se encontravam na caverna zombariam dele, afinal, para eles, a difícil jornada só serviu para que sua visão piorasse, não valendo, portanto, a pena. Assim, acabariam por matar qualquer um que tentasse libertá-los e conduzi-los para a luz.

Relacionando a alegoria da caverna ao papel de Administrador Público, podemos afirmar que o único que pode administrar corretamente é aquele que tenha contemplado a luz da verdade. Aqueles que vivem à escuridão da ignorância jamais poderão ser bons administradores.

São realidades diferentes muitas vezes projetadas em nossas mentes na busca por mundo onde nós gostaríamos de viver ou em mundo a muito conhecido por nós e que é o único existente. Pensemos aqui no medo e na resistência que temos das mudanças, das novas ações, das novas ideias, dos novos mundos. O paternalismo ainda impera nas administrações atuais, caminhamos para a mudança, caminhamos para a Democracia real e aplicada, mas “como vivemos presos a antigos hábitos, a antigos costumes, totalmente acorrentados”, temos dificuldade de olhar para a luz das ideias novas, temos dificuldades de aceitar pessoas que olhem e trazem essa luz até nós.

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