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A Administração e Gerenciamento de RSS

Por:   •  23/11/2016  •  Artigo  •  3.628 Palavras (15 Páginas)  •  362 Visualizações

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Resumo

        Os resíduos de serviços de saúde (RSS) têm merecido destaque nas discussões de saúde nos últimos anos, devido ao aumento do número de estabelecimentos de saúde e de patologias adquiridas por acidentes de trabalho. As pessoas envolvidas diretamente com o gerenciamento de resíduos devem ser capacitadas na ocasião de sua admissão e mantido sob educação continuada para as atividades de manejo de resíduos, incluindo a sua responsabilidade com higiene pessoal, dos materiais e dos ambientes. O objetivo é apresentar  a  gestão dos RSS principalmente no que diz respeito a movimentação desses resíduos e o impacto que tem na saúde do trabalhador e discutir possíveis soluções. O método utilizado para o artigo é verificação das normas impostas pela ANVISA e CONAMA e artigos relacionados ao tema, em relação a saúde e segurança do trabalhador, com características qualitativas e descritivo-analíticas. Entre os principais pontos trazidos pela legislação e das normas, então fica evidente que os profissionais da área são pessoas capacitadas e treinadas e que fazem o manuseio correto dos resíduos, mantendo-os sempre atualizados, quanto às normas e rotinas do serviço, assim como das medidas de biossegurança.

Introdução

Uma classe especifica de resíduos produzidos pelo homem, e que será explorada nesse trabalho, se refere aos Resíduos de Serviços de Saúde (RSS), denominados “lixos hospitalar”, é aqueles produzidos em unidades de saúde, constituídos de lixo comum, resíduos infectantes ou de risco biológico. O grau de periculosidade de cada material envolvido é perigoso, no entanto, o descarte correto é o mínimo que deve ser feito para amenizar riscos de atração de insetos, e que venham a causar à saúde pública e ao meio ambiente provocado por este tipo de resíduo, principalmente pelo seu potencial infectante. Para isso há órgãos de controle ambiental que têm sido rigorosos em exigir das administrações públicas e empresas privadas uma solução e controle diferenciado para esse tipo de resíduo.

Nos dias atuais o modelo tecnológico e econômico propicia um consumo exacerbado tanto nos países subdesenvolvidos como nos países desenvolvidos, gerando consequentemente resíduos de plásticos, papéis, lixos orgânicos, metais, resíduos do serviço de saúde e resíduos industriais. Entretanto, o problema mais grave não é a geração de resíduos, mas sim o descarte e tratamento dos mesmos, principalmente nos países em que não há investimento maciço em tecnologia para o gerenciamento de resíduos (VILELA-RIBEIRO et al., 2009).

No Brasil, são geradas cerca de 120 mil toneladas de lixo urbano por dia. Um a três por cento desse total é produzido nos estabelecimentos de saúde e, destes, 25% a 10% representam risco ao meio ambiente e a saúde da população (ANVISA, 2004).

A Agencia Nacional de Saúde em 2004 criou uma resolução que regulamenta a gestão de resíduos de serviços de saúde, há também o Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) que juntos dispõe sobre tratamentos finais desses resíduos.  Há também a Lei 12.305, uma política nacional de resíduos sólidos, que dispõe diretrizes aplicáveis aos resíduos sólidos, estabelecendo proteção à saúde e ao meio ambiente, e também para que haja uma forma sustentável e segura no seu manejo, numa perspectiva de ganhos econômicos e claro a promoção a saúde coletiva, para isso é preciso a adoção do gerenciamento logístico, de modo a contemplar as várias variáveis.

Neste contexto, os RSS constituem um desafio com múltiplas interfaces, pois além das questões ambientais inerentes a qualquer tipo de resíduo, incorporam uma maior preocupação no que tange ao controle de infecções em ambientes prestadores de serviços, no aspecto da saúde individual/ocupacional e pública/ambiental. Sendo assim, os RSS encontram-se muitas vezes misturados a outros tipos de resíduos, sendo muitas vezes, descartados na via pública e dispostos de maneira inadequada em aterros sanitários ou controlados, ou a céu aberto, como ocorre na maioria de municípios brasileiros. Nesse sentido, a falta de estrutura para esse depósito residual ocasiona graves problemas para os recursos naturais e converte-se em uma fonte potencial de contaminação que permanece ativa por décadas, uma vez que não há o controle sobre os materiais e substâncias ali depositados (Batista et. al., 2012).

Os trabalhadores que estão diretamente envolvidos com os processos de manuseio, transportes e destinação final dos resíduos são os que estão mais expostos aos riscos que estes resíduos podem oferecer (SALLES; SILVA, 2009). A possibilidade de contaminação do meio ambiente, pacientes, funcionários e comunidade por tais resíduos poderá ser considerada inexistente se medidas básicas de manejo e controle adequado forem devidamente aplicadas (ERDTMANN, 2004; PEREIRA et al., 2010). Tais acidentes poderiam ser minimizados ou até mesmo evitados através de gestão e gerenciamento adequado desse tipo de resíduos.

De acordo com a temática que envolve os RSS, que necessita um olhar disciplinar, uma vez que se encontram relacionadas a esse assunto variáveis pertencentes a diferentes áreas do saber, como o meio ambiente, a química, a biologia e a saúde coletiva. O presente estudo propõe uma exploração sobre aspectos relacionados ao trabalho de administração desses resíduos e a saúde e segurança dos funcionários que lidam diretamente com os RSS na instituição privada Monte Azul que exerce suas atividades na região de Araçatuba.

OBJETIVO DA PESQUISA

O objetivo da presente pesquisa foi analisar a situação da gestão dos resíduos gerados principalmente os Resíduo do Serviço de Saúde da cidade de Araçatuba e conhecer a adequação que a empresa Monte Azul tem na administração desses materiais ligado à legislação, tecnologia usada, procedimentos, acondicionamento, coleta e transportes desses Resíduos, verificar também se as normas que regulamentam a gestão desses resíduos está devidamente sendo seguida pela empresa.

METODOLOGIA EMPREGADA

No presente trabalho utilizou-se como metodologia de natureza exploratória descritiva, através de uma abordagem qualitativa, nas atividades ligados ao tratamento dos resíduos de serviços de saúde, conforme as lei e normas de biossegurança aplicadas saúde e a segurança dos trabalhadores de Resíduos, a pesquisa teve como a participação dos profissionais que desempenham atividades específicas, entrevistando e dialogando, também com a realização de pesquisas bibliográficas e artigos ligadas ao setor, constatamos de como esse processo influência no meio ambiente, que tem como objetivo de organizar a produção de resíduos e proporcionar à redução do lixo gerado, encaminhamento seguro, visando a proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde pública, da otimização recursos naturais e a integridade do meio ambiente.

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