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A EVOLUÇÃO DA MULHER NO ÂMBITO SOCIAL E EMPRESARIAL

Por:   •  5/11/2022  •  Monografia  •  3.917 Palavras (16 Páginas)  •  63 Visualizações

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A EVOLUÇÃO DA MULHER NO ÂMBITO SOCIAL E EMPRESARIAL

Aluna: Regiane Rocha da Trindade

Orientador: Prof. Marcello de Souza Marin

RESUMO

O trabalho em questão buscou analisar o processo de inserção da mulher ao mercado de trabalho, as dificuldades e o porquê das diferenças salarias. Durante o estudo pode se perceber que, a inserção da mulher no mercado de trabalho existe, e mesmo diante de tantos avanços terem sido conquistados no que se diz respeito à inserção da mulher ativamente na sociedade, ainda a muito que ser feito. É muito forte a diferença de gênero, e o preconceito acabam que impedindo a mulher de exercer seu papel como cidadã fora do ambiente familiar. Por meio desse estudo foi possível analisar que as mulheres são a maioria e ainda conseguem administrar sua vida doméstica e profissional, mesmo assim existem diferenças em salários e contratações comparado ao sexo masculino, mesmo as mulheres investindo em aperfeiçoamento profissional. Também pode se concluir que os cargos destinados às mulheres são de perfil administrativo, educação, de áreas sociais e ou saúde.

Palavras-chave: Mulheres, Mercado de Trabalho.

ABSTRACT

The work in question sought to analyze the process of insertion of women into the labor market, the difficulties and why the salary differences. During the study it can be seen that the insertion of women in the labor market exists, and even in the face of so many advances have been made regarding the insertion of women actively in society, still to be done. The gender difference is very strong, and prejudice ends up preventing women from exercising their role as citizens outside the family environment. Through this study it was possible to analyze that women are the majority and still manage their home and professional life, yet there are differences in salaries and hiring compared to males, even women investing in professional development. It can also be concluded that the positions intended for women are administrative, educational, social and / or health.

Keyword: Women, Labor Market.

  1. INTRODUÇÃO

O trabalho é uma atividade fundamental, por meio dele garantimos a existência humana e produzimos riquezas (MARX, 2013). As mulheres tiveram sua entrada no mercado de trabalho devido à emergência de contribuição nos ganhos financeiros da família. A evolução da mulher no mercado de trabalho decorreu da sua participação cada dia mais crescente na economia e na formação da renda familiar. No século XX, era comum apenas o homem trabalhar e as mulheres ficavam com as tarefas dos lares e cuidar do bem estar dos filhos, porém quando as mesmas ficavam viúvas elas recorriam a profissões informais como, lavar roupas para fora, doce e costuras, para que assim seu sustento e de seus filhos pudessem ser mantidos, atividades essas que, até hoje ainda são pouco valorizadas. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), as mulheres estão mais presentes nas vagas de emprego, embora ainda abaixo dos homens, esses dados foram confirmados pelo Mistério do Trabalho no Brasil, que aponta o crescimento da ocupação feminina em postos formais de trabalho de 40,8% em 2007 para 44% em 2016. Contudo apesar do avanço, o dado não condiz com o percentual de mulheres na população brasileira. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), elas já são maioria por aqui, com 51,03%. A razão pelo qual tivemos esse avanço das mulheres no mercado de trabalho é o crescimento da industrialização Brasileira, e também a redução das taxas de fecundidade nas famílias, proporcionando a entrada das mulheres no mercado de trabalho. Muitas dedicam-se tanto ao trabalho quanto o homem e, quando voltam para casa, dedicam-se com a mesma intensidade aos afazeres domésticos e ao cuidado com os filhos. Embora alguns homens ajudem em casa, não chegam nem perto da energia que a mulher tende a dar na hora de realizar esse trabalho. Para Marins (apud RICCIARDI, 2007, p. 18): “a maior qualidade das mulheres é que tem uma visão mais sólida da realidade. Elas não teorizam demais sobre os problemas, mas sim os atacam pelo lado concreto, por isso, são melhores em execução de tarefas que os homens”. A valorização da mulher no âmbito organizacional, só tem a agregar para o desenvolvimento social dentro do país; melhorando a qualidade de vida das famílias e muitas das vezes atuando na eliminação da pobreza extrema. Esse estudo tem por objetivo analisar as dificuldades enfrentadas pelas mulheres para serem inseridas no mercado de trabalho e seus avanços.

  1. CONTEXTO HISTÓRICO DO TRABALHO NO BRASIL

O trabalho no Brasil passou por diversas transformações, no período colonial usava-se a mão de obra escrava. O processo de abolição da escravatura no Brasil foi gradual e começou com a Lei Eusébio de Queirós de 1850 que proibiu entrada de africanos escravos no Brasil, criminalizando quem a infringisse, em seguida veio a Lei do Ventre Livre de 1871, a lei propunha, a partir da data de sua promulgação 28 de Setembro de 1871, a concessão da alforria às crianças nascidas de mulheres escravizadas no Império do Brasil. Em seguida foi promulgada a Lei dos Sexagenários de 1885, que garantia liberdade aos escravos com 60 anos de idade ou mais, cabendo aos proprietários de escravos indenização. A indenização deveria ser paga pelo liberto, sendo, portanto, obrigado a prestar serviços ao seu ex-senhor por mais três anos ou até completar 65 anos de idade. Por fim a Lei Áurea em 1888, oficialmente Lei Imperial n.º 3.353, sancionada em 13 de maio de 1888, que foi o diploma legal que extinguiu a escravidão no Brasil.

  1. As Relações de Trabalho no Brasil

Conforme Furtado (2007) o trabalho escravo foi uma peça fundamental para a possibilidade de uma economia agrícola no Brasil. Em suas palavras: “Mediante recursos suficientes, seria possível ampliar esse negócio e organizar a transferência para a nova colônia agrícola da mão de obra barata, sem a qual ela seria economicamente inviável.” (FURTADO, 2007, p.35). Os escravos trabalhavam de 14 a 16 horas por dia no período da colheita, em condições desumanas, o que acabava acarretando muitas doenças, sem contar que viviam em senzalas amontoados.

Os escravos não possuíam direitos, apenas obrigações, não tinham direitos a educação e viviam reprimidos frente aos seus proprietários. Segundo Meneses (2009), foram assinados vários acordos e varias formas de tratados entre Brasil, Inglaterra e Portugal, a fim de impedir o tráfico de escravos e libertar os povos que aqui já estavam. A diminuição do tráfico de escravos significou uma crise de mão de obra intensa, explicada pela diminuição do tráfico de escravos africanos, e também, pela taxa de natalidade muito inferior a taxa de mortalidade dada as péssimas condições de subsistência deste povo.  Com a escassez da força de trabalho agravando-se cada vez mais, fez com que o governo imperial buscasse por imigrantes europeus para virem ao Brasil, porém a utilização de mão de obra imigrante europeia era vista como uma forma de escravidão forçada. Em 1860 uma mudança foi muito importante para que a imigração europeia fosse vista de uma forma mais atraente, essa forma foi um tipo de remuneração, porém isso dependeria de quanto à colheita do senhor da terra fosse satisfatória, passaria a receber um valor anual exato sobre seu trabalho. Surge assim uma das primeiras modalidades de trabalho assalariado no país. (FURTADO, 2008, p.186). A partir de 1930, o Brasil entra efetivamente em uma fase de industrialização nacional.

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