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A Estratégia Empresarial

Por:   •  7/8/2021  •  Bibliografia  •  1.168 Palavras (5 Páginas)  •  86 Visualizações

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1 EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ESTRATÉGICO

Diversas abordagens têm pautado a literatura sobre a trajetória histórica do

planejamento. Desde aqueles que vinculam sua gênese ao pensamento militar até aqueles

que a vinculam aos movimentos organizacionais da Revolução Industrial. Embora

reconhecendo a diversidade de interpretações, às vezes até contraditórias, o presente

enfoque limita-se a reproduzir uma breve retrospectiva sobre o exercício do

planejamento, enquanto mecanismo administrativo inserido no contexto das

organizações. Mas, não se pode aqui deixar de reconhecer a importância de registros

milenares sobre a atuação de antigos generais e diplomatas, inspirados no pensamento

estratégico.

Alinhando com a mais expressiva parte da literatura sobre o tema, permitimo-nos

arbitrar a abordagem da história do planejamento de acordo com a trajetória descrita nas

páginas seguintes. E para melhor aproveitamento didático, fizemos intercalar no decorrer

do estudo as principais proposições empíricas e os instrumentais analíticos ensejados em

cada um dos momentos dessa evolução.

1.1 ORIGEM NO PENSAMENTO MILITAR E NA DIPLOMACIA

A idéia aqui é focalizar e selecionar estratégias específicas para um contexto

competitivo. Delinear estratégias e as adaptarem às condições mais convenientes, era

uma abordagem de autores antigos, entre eles, grandes estrategistas militares e estadistas.

Sun Tzu em The Art of War, enfatizava a importância da informação sobre o

inimigo e o local da batalha. Dedicava atenção a posições estratégicas específicas, tais

como: localização de batalhões em relação a montanhas e rios; lutar morro abaixo e

ocupar terrenos horizontais ou altos. Identificava condições genéricas, como: dispersiva,

fronteiriça, focal e difícil. Para Sun Tzu a vantagem competitiva era para o “primeiro

que se movimenta” apud Mintzberg et al (2000). Sun Tzu continua particularmente

influente, sobretudo na Ásia Oriental. Seus princípios abrangem todas as situações de

confronto, exércitos contra exércitos e, por analogia, empresas contra suas concorrentes.

Dentre aqueles princípios vale destacar:

OBJETIVO

O objetivo de uma operação militar deverá estar claramente definido e estar ligado aos efeitos que se

espera obter ao final do conflito. Além disto, este objetivo deve ser atingível e ser decisivo para a situação

desejada. Uma vez fixado, todas as ações deverão estar orientadas na sua conquista, e apesar das

Evolução do Pensamento Estratégico Ed Lima

circunstâncias da guerra, não se deve perdê-lo de vista. Em campanha, poderão existir objetivos

intermediários ou parciais. Todavia, a conquista destes objetivos deverá contribuir na conquista do

objetivo principal.

OFENSIVA

A ofensiva é necessária para se obter resultados decisivos, bem como para manter a liberdade de ação.

Uma ação ofensiva assegura a iniciativa das ações, estabelece o ritmo das operações, determina o curso do

combate e explora a fraqueza do inimigo. A iniciativa das ações permite a escolha da hora e do local da

batalha, facilitando a surpresa. Algumas vezes, uma ação defensiva será necessária, mas só deverá ser

adotada como recurso temporário para uma posterior ação ofensiva.

SURPRESA

A surpresa consiste em golpear o inimigo em local, hora ou numa forma para a qual ele não esteja

esperando. Ou, tendo descoberto o seu plano, não tenha tempo útil para reagir. A surpresa altera o

equilíbrio das forças em combate. A surpresa poderá ser obtida por meio da originalidade, da audácia nas

ações, da velocidade da execução, do sigilo, do despistamento e da dissimulação de intenções. Na guerra

moderna, a surpresa pode ser obtida nos níveis estratégico, tático e tecnológico.

CONCENTRAÇÃO DE FORÇAS

A massa compreende a aplicação de forças superiores ao inimigo, em um local decisivo e em momento

mais favorável à realização das ações que se tenham em vista. A aplicação deste princípio permite que

forças numericamente inferiores obtenham superioridade decisiva no momento e local desejado.

ECONOMIA DE FORÇAS

A economia de forças caracteriza-se pela distribuição e emprego judiciosos dos meios disponíveis, para a

obtenção do esforço máximo nos locais e ocasiões decisivos. A economia de forças em uma parte da

frente de combate permite que se obtenha massa em outra parte da frente. Na aplicação deste princípio de

guerra, deve-se evitar o emprego de meios insuficientes, o que implicaria na não obtenção do resultado

desejado, ou ainda, o excesso de meios, o que caracterizaria um desperdício de forças, além do necessário

para obter-se o efeito desejado.

MANOBRA

A manobra caracteriza-se pela distribuição

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