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A Evolução da Mulher no Mercado de Trabalho

Por:   •  4/5/2023  •  Dissertação  •  1.044 Palavras (5 Páginas)  •  77 Visualizações

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1 - A evolução da mulher no mercado de trabalho

A palavra trabalho tem seu significado como conhecemos hoje relativamente moderno, ganhando sua conotação atual apenas no final do século XIX, pois antes o trabalho era usado como forma de tortura feita apenas pela camada mais pobre da sociedade da idade média. Essa visão só iria mudar com a idéia de possuir posses e com a capitalização dos recursos, criando assim o trabalho assalariado, resultando na mobilidade do campo para as cidades recém formadas, mudando a relação do homem com o trabalho ESTEVES (2008).

A revolução industrial iniciou no ocidente, precisamente na Inglaterra no século XVIII, trazendo consigo a idéia do sistema capitalista moderno. O pensador Karl Max em seu livro O Capital analisa o papel do gênero feminino nas fábricas que morriam por excesso de trabalho e pagamentos que não as ajudavam a sustentar os filhos as fazendo os levar para as mesmas fábricas que as exploravam, denunciando as barbaridades que ocorriam. Porém de acordo com FEDERICI (2017) faltou o aprofundamento do olhar sobre o gênero feminino.

Para SILVA (2020) quando olhamos para as mulheres no trabalho percebemos que as trabalhadoras não se encaixam nas características atribuídas pelo Karl Marx, pois a impossibilidade de se organizarem ou terem acesso a informações toldam a sua percepção de se organizar para exigirem melhores condições de trabalho.

Em 1857, 129 operarias se reuniram e protestaram contra as más condições de trabalho de uma fábrica na América do norte;onde seus patrões as fecharam e colocaram fogo onde estavam, as queimando viva, resultando na comemoração do dia das mulheres (TOSCANO; GOLDEMBERG, 1992). Esse fato acabou marcando a entrada das mulheres no mercado de trabalho, mudando a configuração social (CAPELLE; MELO; DE SOUZ A, 2013).

A partir da I guerra mundial intensificou a entrada das mulheres no mercado de trabalho, tanto nos países envolvidos diretamente quanto nos países que forneciam apenas produtos para fabricação de armas como, por exemplo, o Brasil que se envolveu pouco na guerra BETIOL (2000). A mudança no âmbito do trabalho causou mudanças sociais, fazendo com que as mulheres deixassem o ambiente familiar, para se tornarem operárias de fábricas e conseqüentemente provedoras financeiras de suas famílias (CAPELLE MELO; DE SOUZ A, 2013)

O resultado da inserção das mulheres no mercado do trabalho gerou uma série de questionamentos sobre o papel feminino na sociedade e como o sistema capitalista contribuiu para, simultaneamente, integrar esse grupo como membros pensantes e ativos na sociedade e trazer para a luz problemas enfrentados pelas mulheres. A autora FRASER (2009) nos diz que ao olharmos para as mulheres vemos camadas desses problemas afetarem toda a sociedade, percebendo que a subordinação da camada feminina é contribuída por raízes profundas em todas as camadas da sociedade.

 

Desde sempre as mulheres estão presentes nas lutas democráticas por direitos, relacionados à sua cidadania, se tornado protagonistas e lutando para deixarem de serem consideradas cidadãs de segunda classe, colocando assim em evidência o movimento feminista. Nas palavras da autora SOARES(1994) o movimento das mulheres trouxe consigo reivindicações sobre o status quo da sociedade,afetando todas as classes sociais em que as mulheres se inseriam principalmente aquelas da periferia que sofriam mais com falta direitos básicos tanto na esfera social quanto política.

O movimento feminista trouxe uma ressignificação na forma em que entendemos a construção do gênero feminino nos espaços privados, mas principalmente no doméstico. Na visão de LEON (1994) o movimento tem a intenção de trazer para o âmbito da sociedade temas que na visão arcaica são subversivos, trazendo consigo a necessidade de as inserirem nas discussões que as permeiam.

 Para Goldenberg (2001) no Brasil,o feminismo apresenta características diferentes das demais partes do mundo, pois tem suas raízes principalmente no tipo de colonização que o país foi submetido, trazendo consigo o modelo patriarcal e a religião como forças políticas, resultando no conservadorismo da sociedade brasileira.

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