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A Gestão da Produção

Por:   •  10/11/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.701 Palavras (7 Páginas)  •  109 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CARIOCA - UNICARIOCA

ATIVIDADE SUPERVISIONADA

MERCADO AUTOMOBILÍSTICO NO BRASIL

• Panorama do setor

O Brasil, como 4º maior mercado potencial do mundo, segundo a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), faz parte da rota principal do setor automobilístico mundial. Este setor representa 20% do PIB industrial e 5% do PIB total. Na verdade, o mercado automotivo cresceu 145% de 2002 até 2011, com uma média anual superior a 10% ao ano. As vendas no mercado interno cresceram 109% (ANFAVEA 2014), mas em 2015 houve uma reviravolta neste cenário, uma queda acentuada na demanda e consequentemente na produção (média de 22%) em relação aos mesmos meses de 2014. Este novo cenário frustrou todas as expectativas das montadoras que investiram no potencial do mercado brasileiro.

Em meio a uma crise que fez despencar a venda de veículos no Brasil, o faturamento do setor automotivo tem perdido espaço na economia do país. Em relação ao tamanho do Produto Interno Bruto (PIB), o total faturado pelo setor caiu em 2015 para 4,1%, dando sequência a uma trajetória de queda que vem desde 2010, quando a taxa era de 6,3%, e retornando ao nível de 2004.

A queda da receita em relação ao PIB ocorre porque, desde 2011, o mercado de veículos tem apresentado desempenhos inferiores aos da economia como um todo. Os motivos variam em cada período. Em 2011 e 2012, quando as vendas bateram recorde, os preços dos carros estavam mais baratos, em razão da redução temporária do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). O faturamento do setor cresceu, mas não o suficiente para acompanhar a expansão da economia. A proporção da receita bruta em relação ao PIB, portanto, saiu de 6,3% em 2010 para 6,2% em 2011 e 5,8% em 2012.

Perante estes resultados, a indústria automobilística no Brasil perdeu sua posição de destaque no cenário depois de muitos anos de crescimento. A redução da demanda por carros nacionais reflete diretamente na produção e, consequentemente, também, no mercado de trabalho. Diante disso, uma recuperação só seria possível na primeira metade da próxima década, avaliam analistas que defendem que primeiro será necessário uma melhora dos indicadores macroeconômicos do país para depois estimular a recuperação do setor.

Market share das montadoras no Brasil

A General Motors (GM) manteve a liderança na venda de automóveis e comerciais leves em 2016, com 345,87 mil unidades comercializadas -- 17,41% desse mercado. Porém, o grande destaque do ano, foi a Hyundai, que terminou em segundo lugar no segmento de automóveis, impulsionada pelo modelo HB20. A montadora coreana terminou em quarto lugar no ranking geral. A Toyota aparece em quinto e a Ford apenas na sexta posição.

A primeira quinzena de 2016 registrou um total de 76 mil veículos vendidos, retração de 35,8% sobre igual período de 2015.

É a primeira vez no setor automotivo brasileiro que montadoras consideradas novatas, que chegaram ao Brasil no que pode ser considerada a segunda onda de investimentos do setor, após a década de 90, quebram a hegemonia das quatro mais antigas. Volkswagen, GM, Ford e Fiat terminaram 2016 com pouco mais de metade do mercado, exatos 53,33%. A diferença entre a quarta Hyundai e a terceira Volkswagen é de apenas 1,54%. (VALOR ECONÔMICO, 2017).

 

• Oligopólio

Os quatro maiores fabricantes de veículos no Brasil dominavam mais de 90% do mercado nacional até 1999, segundo dados do Morgan Stanley. Desde então, esse número foi caindo ano após ano, de modo que, em 2010, os mesmos fabricantes tinham pouco mais de 70% do mercado.

Até agora, as quatro grandes vinham perdendo mercado principalmente para empresas japonesas (Toyota e Honda), francesas (PSA e Renault) e coreanas (Hyundai). Mais recentemente, os carros chineses têm entrado com força no Brasil. O Morgan Stanley lembra que JAC (sigla que significa Companhia Automotiva de Xangai) não existia no Brasil no começo do ano, e hoje já vende 4 mil veículos por mês. Especialistas reforçam a visão de que o mercado de automóveis do Brasil, depois de passar décadas dominadas por quatro grandes fabricantes, pode estar em um ponto de inflexão devido ao aumento da concorrência.

Acrescido ao aumento da concorrência existe também o aumento do preço da mão de obra. A alta do real nos últimos anos e os reajustes salariais fizeram o custo da mão de obra aumentar quando convertido para dólar, o Brasil deixou de ser um produtor de baixo custo e passou a ser “de médio custo na melhor das hipóteses”, segundo o Morgan Stanley.

• Fatores de Produção

Os principais fatores de produção da indústria automobilística são: aço, plástico, alumínio, borracha e vidro.

Um material que apresente altíssimo desempenho é o único capaz de atender a todos os requisitos, mas este material não existe. O que se tem é um cenário de competição entre os materiais existentes ou um cenário de desenvolvimento contínuo dos materiais clássicos ou, ainda, um cenário de mudanças repentinas com a utilização de novos materiais (CREDIE, 1995). A indústria automobilística é um dos setores da economia no qual a competição é mais acirrada e as mudanças na estrutura das empresas ocorrem mais frequentemente. Os fornecedores da indústria automotiva são constantemente desafiados a suprir a demanda por melhor qualidade, menor custo e melhor eficiência para as linhas de montagem automotivas (CANGUE, 2002). A indústria siderúrgica vem sendo severamente pressionada por materiais alternativos, tais como de alumínio, plásticos e polímeros compostos (materiais poliméricos representam entre 10 e 15% do peso do veículo), ligas de magnésio e ligas de titânio.

O Brasil hoje é o 9º maior produtor de automóveis do planeta, segundo dados da FENABRAVE, à frente de mercados tradicionais como Inglaterra e Itália; muitos automóveis são exportados do Brasil, não só para países do MERCOSUL, mas para a Europa, caso do VW Fox, carro desenvolvido e produzido no Brasil.

  1. • Fatores que impactaram na formação do cenário negativo • Fim dos incentivos fiscais;
  2. • Falta de linhas de financiamento para as exportações;
  3. • O endividamento das famílias, que culminou na redução da venda de carros;
  4. • Crise econômica na Argentina (principal importador de carros e autopeças de empresas brasileiras).
  5. • Competitividade;

Objetivos futuros da indústria automobilística

Em 2017 o mercado automotivo começa a se recuperar, depois de passar por um de seus piores momentos. Esta foi à previsão feita pelos consultores Guido Vildozo (IHS Markit), Vitor Klizas (Jato Dynamics) e Carlos Reis (Carcon Automotive) no primeiro painel do VIII Fórum da Indústria Automobilística, realizado por Automotive Business, em São Paulo.

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